Estrela de Belém: um mistério que a ciência ainda não conseguiu resolver

A história natalina sempre encantou gerações e um de seus elementos mais intrigantes é, sem dúvida, a Estrela de Belém.

Esse corpo celeste, mencionado nas narrativas bíblicas, teria supostamente guiado os três Reis Magos até o local do nascimento de Jesus.

Mas o que realmente era essa estrela? Uma variedade de teorias científicas e históricas tentam desvendar esse mistério.

Imagem: Glamurama/Reprodução

Uma jornada celestial

Historiadores e astrônomos têm especulado sobre a natureza desse fenômeno há séculos. A possibilidade menos factível é a de uma estrela recém-formada, dada a raridade desse fenômeno. A maior parte das estrelas visíveis já existe há milhões de anos.

Outra hipótese é que a luz dos magos seria o resultado de uma supernova, uma explosão estelar maciça. Esses eventos são extremamente luminosos e podem ser vistos a grandes distâncias, durando várias noites.

No entanto, não há registros antigos que documentem uma supernova no período correspondente ao nascimento de Cristo, o que torna essa teoria questionável.

Alternativamente, uma das interpretações sugere que a Estrela de Belém poderia ter sido uma conjunção planetária.

Essa teoria propõe que os planetas Vênus e Júpiter, dois dos mais luminosos no céu noturno, teriam se alinhado de tal maneira que pareciam ser um único e brilhante astro.

Este fenômeno, no entanto, não explica completamente a descrição bíblica, uma vez que uma conjunção como essa seria visível apenas por um curto período, ao passo que a Estrela de Belém teria guiado os magos por várias noites.

Sinal divino ou fenômeno natural?

Uma explicação mais plausível pode ser a de um cometa. Cometas são conhecidos por serem interpretados como sinais divinos ou presságios em várias culturas.

Eles se tornam mais brilhantes quando se aproximam do Sol e podem ser visíveis por várias noites, uma característica que se alinha com a descrição bíblica da Estrela de Belém.

Além disso, sua visibilidade ao amanhecer ou ao entardecer e a trajetória que aponta para o leste poderiam explicar como um cometa guiou os Reis Magos.

A ausência de registros de grandes cometas na época, no entanto, sugere que poderia ter sido um cometa de longo período ou até mesmo um já extinto.

Enquanto a ciência busca respostas, a Estrela de Belém continua sendo um fascinante mistério que une fé, tradição e curiosidade científica.

Seu verdadeiro significado talvez resida mais na simbologia que carrega do que em sua identidade astronômica.