Essa câmera é tão poderosa que precisaria de 400 TVs pra mostrar uma só foto; resultado é absurdo

A LSST, instalada no Chile, captura imagens com resolução inédita de 3.200 megapixels, revolucionando a observação astronômica.

A maior câmera digital já construída revelou suas primeiras imagens, e os resultados prometem transformar a forma como observamos o cosmos.

Com uma impressionante resolução de 3.200 megapixels, a câmera do projeto LSST (Legacy Survey of Space and Time) oferece um nível de detalhe tão elevado que seriam necessários 400 televisores 4K para exibir uma única imagem em tamanho real.

Instalada no Observatório Vera C. Rubin, no Chile, a LSST tem dimensões comparáveis às de um automóvel e pesa cerca de 2.800 kg.

A câmera foi desenvolvida no SLAC National Accelerator Laboratory, na Califórnia, e conta com três lentes de alta precisão, um conjunto rotativo de filtros e 189 sensores de imagem ultrassensíveis.

Imagens impressionantes e precisão sem precedentes

Durante o evento First Look, realizado no dia 23, o público teve acesso às primeiras imagens registradas pela LSST, incluindo formações estelares como a Nebulosa da Lagoa e o Aglomerado de Virgem.

As imagens evidenciam o potencial dessa tecnologia para expandir significativamente o conhecimento sobre o universo. Além disso, a proposta do projeto LSST é realizar um mapa em _time-lapse_ do céu do Hemisfério Sul ao longo dos próximos dez anos.

Com capacidade para capturar até mil imagens por noite e gerar cerca de 20 terabytes de dados diariamente, a câmera irá registrar alterações em tempo real, fornecendo dados cruciais para o estudo da matéria escura, da estrutura da Via Láctea e da origem do Sistema Solar.

Câmera do projeto LSST (Foto: Jacqueline Ramsayer Orrell/SLAC)

Tecnologia a serviço da astronomia moderna

Diferente dos telescópios convencionais, que focam em alvos específicos a pedido de pesquisadores, a LSST atuará como um observador autônomo, escaneando o céu de forma contínua. Seu sistema é capaz de comparar instantaneamente as imagens captadas com registros anteriores, identificando variações sutis no firmamento.

A expectativa é que a câmera emita entre um e dez milhões de alertas automáticos por noite, alertando astrônomos de todo o mundo sobre eventos relevantes, como supernovas, movimentações de asteroides e possíveis novas descobertas no campo da astrofísica.

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