Devemos nos preocupar? Erupções solares causam fragmentação do Sol
Fenômeno é resultado da alta atividade do Sol em 2023.
A astrofísica Tamitha Skov, especialista em Física Solar, postou um vídeo no Twitter mostrando erupções solares no dia 2 de fevereiro de 2023, uma quinta-feira.
O vídeo mostras filamentos de matéria escapando do Sol a 96 quilômetros por segundo. Veja:
Talk about Polar Vortex! Material from a northern prominence just broke away from the main filament & is now circulating in a massive polar vortex around the north pole of our Star. Implications for understanding the Sun's atmospheric dynamics above 55° here cannot be overstated! pic.twitter.com/1SKhunaXvP
— Dr. Tamitha Skov (@TamithaSkov) February 2, 2023
Talvez essas imagens das explosões solares te façam ter saudade do nosso Sol com rostinho amigável dos desenhos da infância. E, apesar do espanto que esse acontecimento causa, as erupções solares são eventos naturais nessa estrela.
Diferentemente das erupções na Terra, as erupções solares são explosões que acontecem na superfície do Sol (sim, praticamente como naquela brincadeira “O Chão é Lava”).
Essas explosões acontecem por causa dos campos magnéticos da estrela que interagem e liberam grandes quantidades de energia. Quando essas explosões são muito intensas, conseguimos visualizar esses filamentos, como o que foi divulgado por Tamitha Skov.
Por que essas erupções solares geraram preocupação?
Primeiramente, vale considerar que esse nível de alta atividade do Sol já era esperado para este ano. Por exemplo, em janeiro, houve erupções solares diariamente.
De modo geral, as erupções são classificadas de acordo com a força delas: as duas mais altas são erupções de classe X e as que conseguimos observar neste ano são de classe M.
A preocupação com esses casos de erupção solar que aconteceram se deve à velocidade do escape dos filamentos que vemos no vídeo.
Nas últimas décadas, astrônomos têm observado o comportamento das atividades solares e nunca haviam testemunhado um filamento se soltar com essa intensidade do Sol.
Como comentou Skov:
“O material pareceu mesmo ter-se soltado, circulando o polo a 60 graus de latitude durante cerca de 8h, a uma velocidade de cerca de 96 km por segundo.”
Isso chamou a atenção da comunidade científica, que está analisando o fenômeno para entender melhor o que aconteceu. No entanto, já existem indícios de que o Sol está mais ativo nesse ciclo do que de costume.