Erupção solar é vista pela 1ª vez atingindo Terra, Lua e Marte ao mesmo tempo

Uma gigante ejeção de massa coronal atingiu os planetas e Lua, intrigando a comunidade científica. Saiba mais!

Os eventos que ocorrem na vasta imensidão do nosso Universo fascinam cada vez mais os cientistas e astrônomos, que observam com curiosidade os fenômenos cósmicos para obter o máximo conhecimento possível sobre a infinitude que nos cerca.

A nossa estrela mãe, o Sol, cuja presença possibilita a vida na Terra, embora muito estudada, continua sendo alvo de pesquisas devido à sua natureza imprevisível e assustadoramente impactante, da qual não temos o menor controle.

As erupções solares, que liberam fortes ondas de energia eletromagnética no espaço, não são previstas com precisão. Resta à humanidade apenas analisar os resultados de seu impacto nos corpos celestes, buscando obter avanços ainda maiores e aproveitá-los para o benefício da exploração espacial.

Não é incomum que aconteçam tempestades solares; contudo, de maneira curiosa, uma única erupção colossal do Sol recentemente conseguiu atingir a Terra, a Lua e a superfície de Marte, despertando o interesse da comunidade científica.

Terra, Marte e Lua são atingidos por enorme erupção Solar

Foto: Pixabay/Pexel/Reprodução

Uma ocorrência um tanto incomum foi presenciada pela humanidade em outubro de 2021. Uma vasta quantidade de plasma foi lançada pelo Sol em direção ao planeta em que vivemos, num ato conhecido na astronomia como “ejeção de massa coronal”.

Esse evento libera, por meio de uma erupção na superfície solar, uma grande quantidade de partículas gasosas carregadas (íons) que, ao atingir o campo magnético da Terra, pode impactar, significativamente, os meios de comunicação.

Pesquisadores observaram o evento há dois anos e publicaram, recentemente, um estudo no Geographical Research Letters, revelando a sincronia cósmica onde o vento solar atingiu a Terra, a Lua e Marte ao mesmo tempo.

Detecção do evento

As sondas e equipamentos espaciais lançados pela humanidade foram capazes de nos fornecer essas informações acerca da simultaneidade dos eventos, sendo as principais: O rover Curiosity Mars da NASA e o ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) da ESA.

Essa foi a primeira vez que algo do tipo foi visto, e os resultados podem auxiliar nos estudos do impacto solar nos campos magnéticos e superfície dos planetas, além de ajudar no desenvolvimento de equipamentos para a próxima viagem dos astronautas à Lua. Jingnan Guo, principal autor do estudo, explica que:

“Compreender esses eventos é crucial para futuras missões tripuladas à superfície da Lua.”

Os impactos da erupção solar

Esse evento foi o 73° registrado desde 1940, conhecido como melhoria do nível do solo, onde os raios solares foram capazes de penetrar o campo magnético da Terra.

Por outro lado, a Lua e Marte não possuem essa proteção magnética, o que permite que os raios de maior energia atinjam diretamente suas superfícies. No entanto, o planeta vermelho possui uma atmosfera que desacelera as partículas radioativas, atenuando também as de menor energia.

Vale ressaltar que nenhuma lei da física foi violada e a simultaneidade não foi exata, devido à distância dos planetas em relação ao Sol e a limitação da velocidade da luz. O evento foi filmado e divulgado pela ESA.

Foto: ESA/Divulgação

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