Entenda o impasse que pode tirar os canais da Globo da grade das operadoras de TV paga
Operadora está reavaliando sua programação, e os dias da emissora podem estar contados na TV fechada. Saiba mais.
Os canais da Globo podem ser retirados dos planos de TV por assinatura da Claro em breve. Segundo uma reportagem do NaTelinha (via Oficina da Net), a operadora tem considerado seriamente a possibilidade de encerrar a prática de pagar pelos quase 20 canais da rede televisiva em sua programação.
A decisão foi tomada em um contexto bastante popularizado pelas tecnologias modernas, como a IPTV e, claro, os serviços de streaming.
O mercado de televisão por assinatura mudou significativamente com o avanço da internet e do conteúdo sob demanda. Isso tem levado as concessionárias de televisão e banda larga a reavaliarem seus acordos para enfrentar essa nova demanda do público. É claro que o objetivo também é aumentar a eficácia financeira em meio a essa nova forma de consumir entretenimento.
Anteriormente, a Claro pagava por cada assinante para incluir os canais da Globo em seus pacotes de assinatura. Agora, a operadora está avaliando a proposta de um novo modelo, no qual ela apenas distribui o sinal e deixa a venda de espaços publicitários sob a responsabilidade dos produtores de conteúdo.
Foto: Reprodução
Mudança deve afetar outras emissoras no futuro
A discussão surge por conta de um debate no Pay-TV Fórum, realizado pelos sites Tela Viva e Teletime no final do mês de agosto. O presidente da Claro, José Felix, relatou que essas mudanças “começarão a doer um pouco mais para alguns fornecedores de conteúdo”.
“Temos que renovar alguns contratos e aquele modelo antigo de venda e aquisição de conteúdo não existe mais. Estamos indo para uma proposta mais voltada à parceria com os provedores.
Com aqueles com quem conseguirmos montar um modelo, vamos continuar; com os que não conseguirmos montar um modelo, não sei o que vai acontecer”, declarou ele (via Oficina da Net).
De acordo com Felix, a televisão por assinatura perdeu 2 milhões de usuários apenas em 2023. A decisão da operadora decorre disso, visando reduzir custos de conteúdo e operacionais, explorando um novo modelo de envio de sinal que não dependa de satélites, o que gera maior custo para a concessionária e produtores de conteúdo.