Energia renovável: Portugal lança estrutura que converte ondas em energia
Além de cooperar com a economia do país, a empresa à frente desse projeto também visualiza a criação de novos empregos.
A empresa finlandesa AW-Energy implantou o ‘WaveRoller’ em Portugal, uma tecnologia revolucionária que converte a energia das ondas em eletricidade.
Tais máquinas operam em áreas próximas à costa, em profundidades que variam entre 8 e 20 metros. Dependendo das condições das marés, podem ficar parcial ou totalmente submersas, ancoradas ao leito marinho.
Cada unidade individual do WaveRoller possui capacidade para produzir até 1 MW de potência máxima, e estima-se que gerem entre 624 e 813 MWh de energia por ano.
Dispositivo que transforma onda em energia – Imagem: Reprodução
Ao longo da próxima década, a AW-Energy prevê um acréscimo de € 275 milhões à economia europeia e a criação de 500 empregos, graças ao pipeline global de projetos que totaliza 150 MW para sua solução WaveFarm.
Portugal anuncia dispositivo que converte ondas em energia
Matthew Pech, diretor financeiro da AW-Energy, afirmou que o ‘WaveRoller’ tem o potencial de fornecer eletricidade mais próxima à potência básica em comparação com outras fontes renováveis.
Ele enfatizou ainda que isso mantém a Europa na liderança das tecnologias inovadoras de energia renovável.
Pech destacou também que o projeto WaveFarm permitiu à AW-Energy avançar significativamente em direção à geração positiva de caixa, tanto para a empresa quanto para o setor europeu de energia oceânica.
Isso ocorre através da preparação da tecnologia e da empresa para a implantação comercial dos dispositivos, bem como pelo desenvolvimento do pipeline de vendas.
Cientistas explicam o funcionamento do dispositivo
Proveniente da Universidade de Coimbra (UC), uma equipe conseguiu criar um dispositivo revolucionário que converte a energia das ondas do mar em eletricidade, alcançando um feito notável que já foi protegido por uma patente internacional.
De acordo com o cientista responsável, o dispositivo opera convertendo o movimento oscilante das ondas em um fluxo de água contínuo dentro do conversor REEFS.
Esse fluxo, gerado entre a crista e o vale das ondas, é capaz de acionar turbinas mini-hidráulicas de ultrabaixa queda.
O avanço tecnológico representa um grande salto, pois permite a adaptação de tecnologias hidrelétricas já existentes, sem a necessidade de desenvolver algo completamente novo.