Dos males, o menor: existem ultraprocessados que são aceitáveis?
Não é preciso eliminar ultraprocessados totalmente da sua dieta, mas é possível escolher os menos nocivos.
Alimentos ultraprocessados se tornaram parte integrante da dieta de muitas pessoas, devido à conveniência que oferecem. No entanto, o consumo frequente de tais produtos industrializados implica vários riscos relacionados a doenças graves.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso de ultraprocessados na alimentação está relacionado a problemas de saúde, como câncer e doenças cardiometabólicas. Porém, nem todos os produtos são igualmente prejudiciais. Entender as diferenças entre eles pode ajudar na escolha de opções menos nocivas.
Alimentos ultraprocessados são cheios de açúcar e gordura – Imagem: reprodução/iStock
Definição dos alimentos ultraprocessados
Os ultraprocessados são produtos que passam por processos intensos de industrialização e contêm muitos aditivos químicos. São feitos para durar mais nas prateleiras e conquistar consumidores pelo sabor. Exemplos incluem refrigerantes, biscoitos e comidas congeladas.
Produtos ultraprocessados são reconhecidos por rótulos confusos e longas listas de ingredientes, cheias de nomes técnicos como “glutamato monossódico”.
Muitos deles, aparentemente saudáveis, também se encaixam nessa categoria. Por isso, é fundamental analisar atentamente os ingredientes.
Opções “menos prejudiciais”
Nenhum ultraprocessado é verdadeiramente saudável, mas alguns são menos nocivos. Opções com menos aditivos e ingredientes mais conhecidos pelo consumidor são preferíveis. Veja alguns exemplos:
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Iogurtes sem açúcar;
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Pães integrais sem aditivos;
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Chips de grãos;
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Bebidas vegetais sem aditivos
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Pastas naturais sem aditivos;
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Barrinhas de cereais naturais
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Molhos caseiros simples;
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Snacks assados integrais.
Estes, embora ainda sejam ultraprocessados, têm um perfil nutricional mais equilibrado, sendo assim menos prejudiciais que outros alimentos da mesma categoria.
Impactos negativos dos ultraprocessados
O consumo frequente de ultraprocessados pode levar a ganho de peso e carências nutricionais. Alimentos assim são ricos em calorias vazias e pobres em nutrientes essenciais, além de afetarem negativamente a microbiota intestinal e a saúde mental.
Além do impacto físico, eles são capazes de gerar dependência alimentar. O teor elevado de açúcar, gordura e sódio faz com que o apetite por alimentos naturais diminua, afetando o comportamento alimentar de forma adversa.
A frequência e a quantidade de ingestão de ultraprocessados são importantes. Não é necessário eliminá-los, mas consumi-los de forma equilibrada e planejada. Uma dieta baseada em alimentos frescos e integrais é sempre a melhor escolha.
Compreender os rótulos e a composição dos alimentos é crucial para tomar decisões informadas sobre o que consumir. Maior entendimento significa mais controle sobre o que você coloca dentro do seu corpo e sua saúde pessoal.