Dormir com celular: o que a ciência diz sobre riscos e mitos
Muita gente tem o costume de dormir com o celular no móvel do lado ou com o aparelho embaixo do travesseiro. Mas será que isso causa algum risco?
Dormir com celulares próximos tem sido um tópico frequente em discussões sobre saúde e tecnologia. Tal questão torna-se ainda mais pertinente, ao considerar a nossa crescente dependência de smartphones em várias esferas da vida cotidiana, inclusive trabalho e lazer.
Vamos esclarecer algumas dúvidas e desfazer mitos sobre o assunto, com base em informações científicas. Veja a seguir!
É perigoso dormir com o celular?
Inicialmente, é importante entender como funcionam as redes de comunicação dos smartphones. Quando falamos de chamadas telefônicas, as ondas de rádio envolvidas são de baixa potência, especialmente quando o aparelho está inativo.
De acordo com informações da Futura Science, essa baixa emissão torna praticamente insignificante o risco associado à presença do aparelho próximo durante o sono.
No que diz respeito ao wi-fi, a preocupação também parece ser infundada. Não há evidências científicas que associem o uso de tal tecnologia ao desenvolvimento de câncer cerebral.
O mesmo vale para recursos como Bluetooth e NFC, que operam bem abaixo dos limites de frequência estabelecidos por organizações de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O verdadeiro perigo dos celulares
Contudo, embora as ondas eletromagnéticas dos smartphones não representem uma ameaça significativa à saúde física, há outros aspectos que merecem atenção.
Qual o risco de dormir com o celular próximo? – Imagem: RyanKing999/Canva Pro/Reprodução
A utilização excessiva de celulares é associada a problemas de saúde mental. Estudos apontam uma correlação entre o uso de smartphones e questões como a diminuição da atenção, aumento da ansiedade e insônia.
Tais efeitos são particularmente notáveis em adolescentes, que tendem a se sentir mais ansiosos e insatisfeitos, devido ao uso intenso das redes sociais.
Portanto, o principal risco associado aos smartphones, especialmente antes de dormir, não é físico, mas sim psicológico.
A maneira como interagimos com as redes e o conteúdo digital podem ser muito impactantes em nossa saúde mental.
É essencial gerenciar a utilização desses dispositivos de modo consciente, ao buscar um equilíbrio que minimize seus danos, ao mesmo tempo em que aproveitamos os benefícios oferecidos pelos aparelhos.