Análise do DNA de Beethoven traz revelações bombásticas sobre saúde do artista

Pesquisa também revela que existe um membro da família de Beethoven fruto de um relacionamento extraconjugal.

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Foto: Shutterstock

O avanço significativo da ciência permite que mistérios do passado sejam revelados. Agora, Ludwig van Beethoven foi o centro de uma pesquisa em que 33 cientistas fizeram um sequenciamento do genoma do artista.

Esse estudo revelou que o pianista tinha uma tendência genética a doenças hepáticas. Ele teve uma hepatite B e, além disso, fazia consumo de álcool, o que deve ter contribuído para sua morte, segundo os pesquisadores.

Também foi extraído DNA de cinco mechas de cabelo de Beethoven, revelando que na família do artista havia um ancestral possivelmente fruto de um caso extraconjugal. Uma hipótese levantada é a de que o pai do pianista, na verdade, não era filho biológico do avô de Beethoven.

Além do mais, uma análise de oito mecanismos de cabelos que eram relacionados ao pianista apontou que três não eram independentes. Essa análise afirmava que o compositor havia sofrido uma intoxicação por chumbo.

Por sua vez, a intoxicação era a principal hipótese da causa da surdez de Beethoven. No entanto, o detalhamento do DNA mostrou que a mecha que havia sido analisada, na verdade, é de uma mulher.

A surdez do músico também não é por fator genético, portanto o motivo que o levou a essa condição física continua sendo um mistério.

Pesquisa sobre DNA de Beethoven é realizada na Inglaterra

Fruto de mais de uma década de trabalho, a pesquisa foi executada pelo geneticista Tristan Begg, da Universidade de Cambridge. De acordo com Begg, houve também uma investigação sobre seus problemas de saúde, pois o compositor sofria com crises no intestino.

Beethoven revelou, em uma carta endereçada a seus irmãos que nunca chegou a ser enviada, que pediu a seu médico que descobrisse sua condição física e tornasse sua doença pública. Entretanto, isso não aconteceu, pois o médico J. Adam Schmidt morreu antes de seu paciente.

“Em 1802, Beethoven pediu que, após a sua morte, sua doença fosse descrita e tornada pública”, escrevem os cientistas em estudo publicado pela revista Current Biology.

“Apesar de não termos conseguido identificar uma explicação genética para seu comportamento auditivo nem para seus problemas gastrointestinais, descobrimos que Beethoven tinha uma predisposição genética para doenças do fígado.”

Beethoven se tornou referência mundial na música

O impacto de Beethoven na música clássica não pode ser exagerado. Ele expandiu o escopo e o alcance emocional da sinfonia, trouxe novas possibilidades expressivas na sonata para piano e abriu caminho para a era romântica com suas composições intensas e pessoais.

As obras de Beethoven são conhecidas por sua intensidade emocional, inovação técnica e poder dramático. Ele escreveu nove sinfonias, incluindo a famosa “Nona Sinfonia”, que apresenta um final coral com a célebre melodia “Ode to Joy”.

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