Deu ruim: dupla suspeita de vazar mangás é presa
Editora responsável pela publicação lamentou os vazamentos e se pronunciou sobre o caso: 'extremamente problemático'.
Os vazamentos envolvendo mangás não lançados viraram algo frequente na internet. No entanto, o que parecia uma prática considerada normal, até então, virou caso de polícia.
No último dia 4 de fevereiro, a polícia do Japão prendeu dois suspeitos estrangeiros de vazar spoilers da revista Shonen Jump, que inclui capítulos de ‘Jujutsu Kaisen’ e ‘One Piece’.
De acordo com o canal NHK, que noticiou o fato, a dupla de suspeitos teria divulgado imagens na internet antes do lançamento oficial, que sempre ocorre aos domingos.
Para piorar, as imagens foram traduzidas para outros idiomas, como o inglês, o que facilitou a publicação subsequente em diversos sites e páginas na internet.
Mangás são alvos recorrentes de vazamentos na internet – Foto: Reprodução
A ação
Conforme a investigação, a dupla é a mesma que havia conspirado para publicar o último capítulo de um mangá da Weekly Shonen Jump, em março do ano passado. Os suspeitos já eram alvos de investigação.
No dia 31 de janeiro deste ano, eles voltaram a agir. A dupla fotografou e copiou o último capítulo da mesma publicação, com a intenção de vazar o conteúdo antes do lançamento.
Um dos suspeitos é Musa Samir, de 36 anos. Ele trabalha como gerente da empresa Japan Deal World LLC, em Tóquio. A polícia acredita que, além dele e do parceiro de vazamento, haja outras pessoas envolvidas no esquema.
Pronunciamento: ‘muito triste’
Diante da repercussão do caso, a Shueisha, responsável pela publicação das revistas Jump, divulgou um comunicado no dia seguinte às prisões.
“Em 4 de fevereiro de 2024, gerentes de uma corporação em Tóquio foram presos pela Polícia da Prefeitura de Kumamoto e pela Sede de Investigação Conjunta da Polícia da Prefeitura de Niigata por suspeita de violação da lei de direitos autorais.O suspeito é acusado de ter digitalizado e publicado em um site pirata uma edição da Weekly Shonen Jump sem permissão. Uma investigação sobre a origem dos vazamentos está em andamento”, diz o texto.
O comunicado explicou ainda a definição de ‘haybare’, algo quando o conteúdo de uma revista ou mangá é publicado ilegalmente na internet antes da data de lançamento. Ele se caracteriza pela rápida disseminação nas redes sociais.
“O autor está muito triste e nossa empresa considera isso extremamente problemático. Portanto, acreditamos que a prisão do suspeito dessa vez é um passo importante para a resolução do problema e esperamos que a descoberta precoce do ato garanta a prevenção de danos futuros”, expôs a editora Shueisha.