De tão boa, série de ficção científica da Netflix paga sozinha o valor da assinatura
Série 'Altered Carbon' explora um futuro onde a imortalidade é possível, mas apenas para os mais ricos e poderosos.
E se você pudesse viver para sempre, trocando de corpo sempre que quisesse? Esse é o cenário de “Altered Carbon“, uma série de ficção científica que explora como a imortalidade pode moldar o mundo – e nossas vidas.
Ambientada em um mundo onde a consciência humana pode ser armazenada e transferida para novos corpos, a série explora o que aconteceria se tivéssemos a possibilidade de viver para sempre. Mas, será que esse avanço seria mesmo tão positivo?
Tecnologia avançada e desigualdade social
Foto: Reprodução
Em “Altered Carbon”, as pessoas não apenas vivem várias vidas, mas podem trocar de corpo, chamados de “capas”, sempre que desejarem. Porém, a imortalidade não é para todos.
Apenas os mais ricos podem arcar com o luxo de reativar suas mentes em corpos jovens e saudáveis constantemente, criando uma divisão ainda maior entre as classes sociais. Enquanto os mais abastados desfrutam de infinitas segundas chances, os menos favorecidos são condenados a reencarnações em corpos indesejados ou danificados.
Esse cenário gera um conflito central na trama: a desigualdade social exacerbada pela tecnologia. A série nos leva a refletir sobre como o poder e o dinheiro poderiam perpetuar desigualdades, mesmo em um futuro onde a morte fosse opcional.
Um protagonista cheio de dilemas
O protagonista Takeshi Kovacs, interpretado por Joel Kinnaman (na primeira temporada), é reativado após 250 anos de sua última morte para resolver o assassinato de um dos homens mais ricos da Terra, Laurens Bancroft.
Kovacs, que já foi um guerreiro e mercenário, é um personagem cheio de camadas. Ele precisa lidar com um mundo totalmente diferente daquele que conhecia, ao mesmo tempo em que tenta descobrir quem está por trás da morte de Bancroft e seus próprios dilemas pessoais.
A série apresenta uma interessante discussão sobre identidade e moralidade. Se o corpo é apenas um “invólucro”, o que nos faz realmente humanos? Kovacs, com suas memórias e traumas, nos leva a questionar se seria possível continuar sendo a mesma pessoa após tantas mudanças físicas.
Série é uma distopia que nos faz refletir
Altered Carbon vai além da ação e do mistério. Ela nos faz pensar sobre as consequências éticas e sociais de tecnologias que parecem ser tão distantes, mas que talvez estejam mais próximas do que imaginamos.
Afinal, o que significa viver eternamente em um mundo onde o corpo se torna uma mercadoria? E, será que esse futuro é realmente desejável?
Independentemente das respostas que encontramos, uma coisa é certa: “Altered Carbon” nos leva a pensar de maneira profunda sobre o que realmente significa viver – e até onde estaríamos dispostos a ir para evitar o fim.