De olho no futuro: União Europeia regula os próximos passos dos novos consoles portáteis

Decisão afetará o desenvolvimento de novos videogames e suas respectivas fontes de carga, em busca da sustentabilidade. Entenda!

Uma das maiores opções de entretenimento da sociedade atual é o videogame. Os grandes consoles tecnológicos fazem um sucesso absoluto entre o público. No entanto, por possuírem limitação de espaço para uso, muitas vezes, os portáteis são considerados, pois levam a diversão e a experiência dos jogadores para qualquer lugar.

O crescimento nas vendas desse tipo de console elevou-se muito nas últimas décadas, especialmente com os lançamentos da Nintendo, como o Nintendo Switch, ou o Steam Deck, da Valve Corporation. Neste contexto, uma recente decisão da União Europeia (UE) pode mudar o futuro desses e de outros portáteis sucessores.

UE faz novas exigências e atinge indústria dos consoles portáteis

Foto: Valve/Reprodução

Embora os videogames portáteis façam muito sucesso, um grande problema comum entre eles, que também acontece com os smartphones mais atuais, é a falta de acesso às fontes de carga desses produtos. Ou seja, as baterias são embutidas e o design dos aparelhos não dispõe de livre acesso por parte dos consumidores.

O problema é que, sendo assim produzidas, a reutilização e reciclagem de baterias se torna um processo mais complicado. Por isso, o Conselho da União Europeia regulamentou que todos os consoles portáteis deverão possuir baterias substituíveis. O prazo máximo para a adesão ao novo design é até o ano de 2027.

Essa decisão aplica-se às empresas e afeta o desenvolvimento de novos eletrônicos, porém, permite que os modelos já existentes não sejam prejudicados. Além disso, a medida representa um passo importante em direção à sustentabilidade e oferece benefícios aos consumidores.

Como será a partir de agora?

De acordo com a ministra espanhola Teresa Ribeira, as empresas possuem prazo suficiente para se adaptar ao modelo estabelecido. Além disso, esse novo tipo de bateria auxilia nos processos de emissão zero e descarbonização.

“As baterias no fim de vida possuem muitos recursos valiosos. Devemos ser capazes de reutilizar essas matérias-primas críticas, ao invés de depender de países terceiros para seu suprimento”, explica Ribeira.

Os jogadores também serão beneficiados, pois poderão trocar baterias estragadas sem a necessidade de um técnico ou de uma nova compra de console. Isso ocorre porque as exigências definem que o acesso deve ser livre ao consumidor final.

A medida ainda estabelece que o uso de ferramentas comerciais deve ser empregado para a remoção, caso contrário, as ferramentas devem ser fornecidas gratuitamente junto ao produto.

Portanto, os próximos modelos portáteis da Nintendo e da Valve deverão ser adaptados para que não ocorram problemas burocráticos, mesmo sem uma previsão para o lançamento de algum console das duas marcas.

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