De forma bizarra, nenhum corpo foi encontrado até hoje nos destroços do Titanic; entenda por quê

Muitos se perguntam onde estão os corpos das vítimas que faleceram na tragédia envolvendo o Titanic; neste post, vamos lhe explicar o motivo.

O trágico naufrágio do famoso Titanic, que ocorreu em 1912, ainda desperta fascínio e curiosidade em muitas pessoas. Após colidir com um iceberg, o navio luxuoso que partiu de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova York, afundou a cerca de 600 km do Canadá, levando consigo aproximadamente 1.500 vidas.

Por que nenhum corpo foi encontrado até hoje?

Imagem: Reprodução

Durante as operações de resgate, as equipes enfrentaram grandes desafios diante do elevado número de corpos encontrados flutuando na água. A falta de recursos adequados impossibilitou o resgate de todos.

Inicialmente, os corpos foram preservados em líquido de embalsamamento e colocados em caixões.  No entanto, quando os suprimentos se esgotaram, os corpos restantes foram envoltos em lonas e armazenados em gelo no porão do navio.

Com o espaço limitado e a necessidade de priorizar a sobrevivência dos resgatados, alguns deles foram pesados e lançados de volta ao mar, onde foram submetidos a um processo de decomposição no fundo do oceano, a uma profundidade de cerca de 4 mil metros.

Nessa região, uma série de fatores contribuíram para a decomposição dos corpos ou para o seu consumo por organismos marinhos adaptados ao ambiente subaquático. Nesse contexto, peixes, crustáceos e bactérias desempenharam papéis fundamentais nesse processo.

A vida marinha que habita as profundezas oceânicas teria se alimentado da pele e dos tecidos humanos presentes nos corpos. E a  água salgada, por sua vez, acelerou a degradação dos ossos, compostos principalmente de hidroxiapatita, uma substância que contém cálcio e fosfato, além de outras moléculas menores.

Decomposição dos corpos

A velocidade de decomposição e o grau de preservação dos corpos humanos, o que envolve também os ossos, depende de fatores como a acidez da água e a atividade dos microorganismos presentes nela. Após mais de 100 anos, ainda é possível encontrar ossos relativamente intactos nos destroços do Titanic, embora isso seja raro.

No entanto, é importante ressaltar que a ação contínua das correntes marítimas e dos microrganismos que consomem o ferro do navio está acelerando a deterioração dos materiais, tornando cada vez mais difícil preservar quaisquer vestígios do trágico naufrágio.

Enquanto o Titanic permanece como um lembrete sombrio de uma das maiores tragédias marítimas da história, a natureza implacável do oceano continua a desempenhar seu papel na decomposição dos corpos e no processo de deterioração dos destroços, levando consigo os vestígios do passado e deixando-nos com memórias e lições aprendidas a partir dessa terrível experiência.

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