Cuidado! Sua selfie tem mostrado mais do que você pensa

Estudo mostra ser possível desvendar a 'linguagem' por trás das selfies.

Embora o termo “selfie” tenha uma existência relativamente curta, algo em torno de 21 anos, os estudos científicos sugerem que a prática de autorretratos para comunicar informações sobre si mesmo não é uma novidade recente.

Na verdade, essa forma de expressão tem raízes profundas na história da humanidade, estendendo-se por séculos.

Pesquisadores da Universidade de Bamberg, na Alemanha, embarcaram em uma extensa investigação visando compreender mais profundamente por que as pessoas atualmente têm um fascínio tão marcante por esse estilo de fotografia.

Na ocasião, eles buscaram determinar se essa forma de comunicação pessoal era uma característica constante ao longo do tempo.

Selfies entregam toda a sua personalidade

De maneira surpreendente, os autorretratos, hoje popularmente conhecidos como selfies, podem ser rastreados na história da fotografia por quase 200 anos e na pintura por mais de 500 anos.

No entanto, até o momento, não havia uma classificação clara dos diversos tipos de selfies presentes nesses retratos.

Tobias Schneider, o principal autor do estudo e estudante de doutorado na Graduate School of Affective and Cognitive Sciences em Bamberg, destaca essa lacuna.

Imagem: Dean Drobot/Shutterstock

A pesquisa baseou-se em dados coletados por meio de um programa denominado “Selfiecity”, que analisou autorretratos desprovidos de texto, capturados com câmeras de celular, seja segurando o dispositivo com as mãos ou utilizando um bastão extensor.

As 1.001 selfies resultantes foram exibidas em tamanho padrão, em um fundo cinza liso. Para coletar informações sobre a percepção das selfies, um grupo de 132 participantes foi convidado a selecionar aleatoriamente 15 selfies.

Em seguida, ofereceram-se cinco caixas de texto por imagem para que eles registrassem suas reações espontâneas.

A análise resultou na identificação de cinco categorias de selfies, agrupadas sob o termo “perfis semânticos”. A categoria mais predominante foi a “estética”, que se concentra em avaliações relacionadas à aparência pessoal e à composição visual das selfies.

Já a segunda categoria, intitulada “Imaginativa”, envolvia imagens que despertavam a imaginação dos observadores, instigando-os a questionar o contexto da selfie e as atividades da pessoa retratada na imagem.

Por último, a terceira categoria, chamada “Traços”, estava ligada a selfies que revelavam características pessoais distintas do retratado.

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