Crise climática: 1º país a desaparecer do mapa será recriado no Metaverso

Acredita-se que, entre 50 e 100 anos, Tuvalu deixe de existir.

As crises climáticas tornaram-se uma preocupante realidade ao redor do planeta. Mudanças consideráveis já podem ser sentidas e alguns fatos bastante assustadores foram comprovados.

Um exemplo disso é a notícia de que o país Tuvalu pode ser o primeiro a simplesmente desaparecer por consequência das mudanças climáticas.

No entanto, as autoridades estão buscando uma maneira para que, de alguma forma, a nação continue existindo. A resposta para isso está na tecnologia.

Imagem: Reprodução

O primeiro-ministro de Tuvalu, Kausea Natano, foi quem deu a notícia de que o país, um arquipélago, seguirá sendo uma nação, mesmo após o desaparecimento.

“Nossa soberania não é negociável”, disse ele em uma Assembleia Geral da ONU.

Ele também explicou que fará uma migração do país para o Metaverso.

Tuvalu: uma ‘pequena grande’ nação

Tuvalu é um pequeno país insular localizado no oceano Pacífico, na região da Oceania. Situa-se a nordeste da Austrália, a leste das Ilhas Salomão e a oeste das Ilhas Gilbert, que fazem parte de Kiribati.

A nação possui uma população de cerca de 11 mil pessoas e é formada por uma extensão de 560km divididos em 9 ilhas.

A bandeira de Tuvalu exibe um fundo azul-claro adornado com onze estrelas amarelas, cada uma simbolizando uma das ilhas que formam o arquipélago.

Mesmo com a submersão de duas ilhas devido à elevação do nível do mar, as estrelas permanecem firmes na bandeira.

Entenda o desaparecimento do país

O país tem liderado iniciativas importantes, desde a proposição de um imposto global sobre combustíveis fósseis até o estabelecimento de um fundo dedicado à mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas.

Atualmente, Tuvalu está desenvolvendo um projeto destinado a digitalizar todo o patrimônio cultural do país e disponibilizá-lo online. Isso permitirá que, no futuro, qualquer pessoa interessada possa acessar e explorar essa riqueza cultural.

Além disso, divulgaram planos para desenvolver uma representação do país no metaverso, possibilitando que os refugiados e outros interessados possam visitar o país virtualmente a qualquer momento, contribuindo, assim, para a preservação de sua história.

O primeiro-ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores da nação, Simon Kofe, proferiu uma simples frase que explica a motivação para a migração ao Metaverso.

“Não temos outra escolha senão nos tornarmos a primeira nação digital do mundo.”

De acordo com projeções de especialistas, o país enfrenta a perspectiva de desaparecer nas próximas cinco a dez décadas. Isso torna a atual geração, possivelmente, a última a vivenciar o país antes de sua completa submersão.

Diante desse cenário, surge a ideia de transferir a nação para o metaverso, permitindo às gerações futuras uma forma de preservar e explorar a história e a cultura de Tuvalu.

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