Criador da famosa HQ 'Calvin e Haroldo' declara: 'nunca farei um desenho animado dela'

Criador de uma das tirinhas mais bem-sucedidas do mundo explica a razão de não transformar sua obra em desenho animado.

Publicada ao longo de dez anos nos mais famosos veículos de comunicação impressa e coletâneas, “Calvin e Haroldo” criou uma legião de fãs do atentado garoto e seu amigo imaginário de pelúcia.

Embora ainda seja bastante famosa, a tirinha criada e ilustrada por Bill Watterson nunca teve os direitos de seus personagens licenciados para qualquer tipo de produto. Em uma entrevista, o autor afirmou que sua obra nunca será adaptada para desenhos animados.

Apesar do estrondoso sucesso, Watterson jamais cedeu à pressão de licenciar sua criação para jogos, roupas, brinquedos ou adaptações para desenhos animados e filmes. Em uma entrevista concedida ao The Comics Journal em 2013, o quadrinista abordou esse assunto, explicando seus motivos.

“Realmente, não entendo, já que nunca tive a intenção de tornar Calvin e Haroldo uma tirinha popular. Eu simplesmente desenho para mim mesmo. Acho que tenho o dom de expressar gostos comuns. De certa forma, é um pouco deprimente”, afirmou.    

Segundo Watterson, o licenciamento é incompatível com o que ele está tentando fazer com “Calvin e Haroldo”.

“Levo as histórias em quadrinhos a sério como uma forma de arte, então acho importante considerar o que minha tirinha representa e o que a faz funcionar”, completou.

Na mesma entrevista, o autor disse que seria bastante fácil transferir a essência de uma tirinha de humor para produtos diversos, como camiseta, caneca, cartão de felicitações ou em produções de outras mídias. No entanto, esclareceu que seu trabalho, em sua visão, não se encaixa no merchandising e nunca irá se encaixar.

“Minha tirinha funciona de forma diferente. Calvin e Haroldo não são apenas piadas. Ela tem uma piada, mas vai além disso. O humor é situacional e muitas vezes episódico. É baseado em diálogos e no desenvolvimento de personalidades e relacionamentos. Essas não são preocupações que possam ser resumidas em ditados inteligentes para as pessoas enviarem umas às outras ou pendurarem nas paredes”, finalizou.

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