Cortex: Elon Musk revela o supercomputador da Tesla usado para treinamento de IA

Elon Musk revela o Cortex, novo supercluster de IA da Tesla, com 70.000 servidores e grande impacto ambiental.

Elon Musk não para de avançar em suas ambições com a Tesla, e agora o bilionário voltou os olhos para a supercomputação. Esta semana, ele revelou o “Cortex”, o maior supercluster de inteligência artificial (IA) já desenvolvido pela empresa, com planos de dominar o campo de aprendizado de máquina.

No vídeo postado por Musk, vemos a montagem dos racks de servidores que abrigam a potência por trás dessa novidade. O Cortex vai contar com 70.000 servidores de IA e precisará de uma estrutura de refrigeração impressionante de 130 megawatts, número que saltará para 500 MW até 2026.

Expansão da fábrica Giga Texas mostra a força da Tesla

Crédito: Reprodução

A tecnologia que alimenta o Cortex começa com 50.000 GPUs Nvidia H100, além de 20.000 servidores com hardware próprio da Tesla, embora essa parte ainda vá demorar um pouco para entrar em ação.

O plano é treinar sistemas de inteligência artificial, como o piloto automático dos veículos Tesla (FSD) e até o robô humanoide Optimus, que promete transformar o cenário industrial a partir de 2025. Ah, e quem diria que esse monstro tecnológico vai precisar de ventiladores gigantes para não sobreaquecer?

A Tesla está expandindo sua fábrica Giga Texas para acomodar esse monstro tecnológico. Musk deixou claro que, para operar o Cortex, serão necessárias estruturas robustas tanto de energia quanto de refrigeração, com sistemas de ventilação e resfriamento líquidos preparados para até 500 MW.

Se isso parece muita coisa, é porque realmente é! Para ter uma ideia, uma usina de carvão média gera cerca de 600 MW de energia. Ou seja, a Tesla vai precisar de uma verdadeira planta energética só para alimentar e resfriar seus servidores.

Mesmo com esse grande investimento, ainda é cedo para saber se a aposta vai compensar. A Tesla pretende competir diretamente com outras gigantes da tecnologia no campo da inteligência artificial, e a estratégia de Musk é simples: quanto mais servidores, mais potência para treinar suas IAs.

O Cortex se junta a outros projetos ambiciosos de Musk, como o Memphis Supercluster, que também está equipado com milhares de Nvidia H100s e utiliza a mesma tecnologia de refrigeração da Supermicro. Até 2026, a ideia é que o Cortex atinja sua capacidade máxima e se torne o coração tecnológico da Tesla.

Impacto ambiental é preocupante

Com tanta energia envolvida, é impossível não pensar no impacto ambiental de um projeto dessa magnitude. Para funcionar o mais rápido possível, o Cortex vai consumir energia equivalente a uma pequena cidade.

Isso, claro, levanta a questão de como a Tesla lidará com as emissões de carbono geradas pela demanda energética. A empresa, que sempre se promoveu como campeã da sustentabilidade, enfrenta agora o desafio de manter sua imagem verde enquanto investe pesado em supercomputadores.

Musk já prometeu que a energia utilizada virá de fontes renováveis, mas a transição completa pode levar tempo. De qualquer forma, o tamanho do projeto já colocou os ambientalistas em alerta. Afinal, um sistema de refrigeração que demanda 500 MW de energia não é nada pequeno, e a Tesla vai precisar de mais do que palavras para compensar o impacto ambiental de seus novos brinquedos tecnológicos.

Tesla: dos carros elétricos aos supercomputadores

Fundada em 2003, a Tesla começou sua jornada no mercado de carros elétricos, mas hoje é muito mais do que isso. Sob o comando de Elon Musk, a empresa se tornou sinônimo de inovação, com projetos que vão desde baterias sustentáveis até inteligência artificial.

Seus carros, como o Model S, o Model 3 e a futurística Cybertruck, estão entre os mais avançados do mercado e dominam o cenário de veículos elétricos de luxo.

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