Conheça Lysa, o inovador cão-guia robô desenvolvido no Brasil

No ano de 2011, em uma escola brasileira, uma professora com a intenção de auxiliar uma aluna conseguiu criar um cão-guia robô.

Hoje em dia, é muito comum ver em uma casa a presença de robôs-aspiradores, que são capazes de detectar obstáculos e mudar sua direção para evitar colisões, ou que tais obstáculos os atrapalhem em seu trabalho.

Mas em algum momento você já pensou que talvez esse tipo de tecnologia poderia estar ajudando pessoas com deficiência visual? Pois essa pergunta também foi feita pela professora de computação Neide Sellin.

Em 2011, ao conversar com uma de suas alunas na Escola Municipal Clóvis Borges Miguel, localizada no município de Serra (ES), a professora percebeu, pelas informações que sua aluna deficiente visual compartilhava com ela, que seria possível criar uma tecnologia capaz de auxiliá-la.

A partir disso, com o auxílio de seus alunos nas oficinas de robótica da escola, a professora conseguiu desenvolver o primeiro protótipo do que seria hoje conhecido como Lysa.

Lysa é nada mais do que uma espécie de cão-guia robótico. Apesar de não possuir o formato canino, o instrumento possui a mesma finalidade: guiar pessoas com deficiência visual por espaços públicos sem que a pessoa acabe trombando com alguém ou algum objeto.

Lysa, o cão-guia robótico

Anos após a sua construção, o robô hoje já é comercializado e pode ser comprado tanto por empresas quanto por pessoas físicas.

O robô pode ser utilizado em dois locais de forma pública, sendo eles o Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Aeroporto Internacional de Florianópolis Hercílio Luz. Além desses, também há um modelo no Hospital Israelita Albert Einstein. No entanto, esse é utilizado por um dos funcionários do local, não estando disponível para o público.

Fora as opções públicas, o robô pode ser comprado pelo site oficial, pelo valor de R$ 23.800,00. É possível ainda fazer uma assinatura mensal por R$ 1.800,00.

Além da óbvia função de detectar e avisar ao usuário sobre a existência de obstáculos em seu caminho, o robô também pode oferecer uma descrição sobre o seu entorno. Essa função é utilizada pelo robô presente no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que informa sobre a exposição “Ianelli 100 anos: o artista essencial”.

No entanto, o robô não foi feito de forma que permita a sua utilização em ambientes exteriores. Isso porque ele não está preparado para terrenos disformes e/ou irregulares, sendo necessário, para sua utilização, circular em locais lisos e planos.

Contudo, a empresa já está buscando formas de superar essa questão, apresentando um novo modelo do robô, desta vez com uma aparência muito mais similar à de cães, o que permite a sua utilização independentemente do terreno.

Foto: Lysa/Divulgação
você pode gostar também