Como funcionam as 'ondas adormecidas', fenômeno mortal que abalou o RJ

Perigo silencioso das 'sleeper waves' recentemente desafiou a segurança dos banhistas em praias cariocas.

No majestoso cenário das ondas, no qual a natureza exibe sua força, existe um fenômeno perigoso que merece nossa atenção: as chamadas ‘sleeper waves’ ou ‘sneaker waves’.

Essas ondas singulares, muitas vezes imperceptíveis em meio às águas calmas, podem se transformar em eventos mortais, como foi evidenciado recentemente em uma praia no Rio de Janeiro.

Veja abaixo como o fenômeno ocorre:

O que são ‘ondas adormecidas’?

O termo ‘sneaker waves’ descreve essas ondas que atingem a costa com uma intensidade muito superior ao esperado, surpreendendo até os observadores mais atentos.

Seu perigo reside na sua capacidade de pegar banhistas desprevenidos, emergindo de forma repentina após períodos de ondas aparentemente inofensivas.

Visualmente, elas camuflam sua potência, escondendo uma energia que pode ser fatal.

A origem desse fenômeno reside na intrincada dança entre o vento e o mar. Ventos de longo alcance, persistentes ao longo do tempo, desencadeiam ondas mais imponentes.

Essas ondas, quando combinadas com ventos de maior intensidade e direção constante, tornam-se verdadeiros desafios para os amantes das praias.

Os perigos associados a essas ondas adormecidas são tridimensionais e demandam cautela. Dentre eles, destacam-se:

  • Hipotermia: em praias de águas frias, a imersão rápida pode levar à hipotermia e paralisia das extremidades em minutos.
  • Exaustão: se arrastado para o mar, lutar contra correntes e ondas pode resultar em exaustão, agravando o risco de afogamento.
  • Movimento de objetos: a força da água pode arrastar objetos volumosos, transformando a praia em um campo de perigos imprevisíveis.

Cuidados a serem considerados

Em meio a esses desafios, medidas de segurança são cruciais. Consultar previsões meteorológicas, seguir as orientações dos socorristas e estar ciente de sinais de alerta são passos iniciais.

Posicionar-se de frente para o mar, monitorando mudanças no vento e nas ondas, e manter uma distância segura da costa são práticas essenciais.

Estas precauções são especialmente fundamentais em praias notoriamente perigosas, como a Praia de Reynisfjara, no sul da Islândia.

Essa praia, famosa pela sua areia negra, é também conhecida por suas ondas traiçoeiras e correntes mortais. Incidentes fatais, como o ocorrido em 2021, sublinham a importância de respeitar os limites do mar, mesmo em ambientes aparentemente idílicos.

Nesse contexto, a conscientização e a prudência emergem como os melhores aliados contra as ‘sleeper waves’.

Que este alerta sirva como farol, guiando todos os amantes das praias para um desfrute seguro das maravilhas naturais que, por vezes, escondem perigos imprevistos.

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