Cirurgia de angioplastia recebe o auxílio de Inteligência Artificial; saiba mais sobre o procedimento
O Hospital InCor se destacou entre os demais ao redor do mundo por ser o primeiro a realizar o procedimento.
Hoje trazemos até você uma notícia que está surpreendendo os pacientes e vários especialistas em Cardiologia. Um procedimento cirúrgico que é bastante comum para o hospital InCor, localizado em São Paulo, recebeu o auxílio de um “profissional” que está ganhando cada vez mais adeptos, não só na área da saúde, mas também em outros setores.
Nós estamos falando da inteligência artificial, que é treinada para avaliar casos antigos para então oferecer respostas novas, geradas pela própria máquina.
Antes de prosseguirmos para a matéria em si, precisamos entender como é realizada a Angioplastia, procedimento que é comum e bastante conhecido no meio dos médicos.
Depois que você compreender no que consiste esse método, então estaremos prontos para ver como a inteligência artificial aprimorou ainda mais esse método de cirurgia.
Angioplastia
A angioplastia é um procedimento médico que visa restaurar o fluxo sanguíneo em artérias obstruídas ou estreitadas. É uma técnica minimamente invasiva que pode ser realizada em ambulatório ou em ambiente hospitalar.
Durante o procedimento, um médico especializado em intervenções cardiovasculares insere um cateter em uma artéria do braço ou da perna do paciente e o direciona até a artéria obstruída ou estreitada.
Em seguida, é inflado um balão no local da obstrução ou estreitamento, comprimindo a placa de colesterol que causou a obstrução contra as paredes da artéria.
O balão é então desinflado e retirado, deixando a artéria com um diâmetro maior e permitindo a passagem do sangue com mais facilidade.
Em alguns casos, o médico pode optar por colocar um stent, que é um dispositivo em forma de mola, para manter a artéria aberta.
O stent é posicionado no local da obstrução ou estreitamento e, em seguida, é expandido com um balão. Sendo assim, este tem basicamente a mesma função do cateter normal.
Como a IA ajudou?
Agora que já vimos como funciona o procedimento minimamente evasivo, é hora de saber que os médicos são auxiliados por máquinas de raio X, os quais mostram em uma tela qual é a posição do cateter.
Outro equipamento também auxilia o profissional a enxergar, basicamente, o nível de obstrução das artérias, para que assim possam ver e avaliar que diâmetro de stent colocar no paciente, de forma que, ao ser inflado, não rompa, por ser muito grande ou ainda, que não tenha o efeito desejado, caso ele seja muito pequeno.
Lembramos que estamos falando de imagens quase que microscópicas, as quais auxiliam os médicos. Porém, o ser humano pode ser falho ao analisar as imagens oferecidas por esses aparelhos.
E é aqui que uma inteligência artificial, chamada Ultreon 1.0, entra para ajudar: analisar essas imagens e sugerir o melhor tamanho de cateter para o médico. O paciente que recebeu esse procedimento pela primeira vez na América do Sul foi Raimundo Aparecido Victor, que está com 70 anos.
O médico do departamento de Cardiologia Intervencionista do InCor, Carlos Campos, explicou a função da inteligência artificial no procedimento da seguinte maneira:
“Esse algoritmo faz uma fusão das imagens de raio X e da tomografia e identifica os locais de maior gravidade da obstrução, as características da placa, se há calcificações, as espessuras e o ângulo dessas calcificações, além de avaliar, depois da colocação do stent, se está corretamente expandido”.
A diferença no uso do Ultreon reflete quando as estatísticas de infartos, óbitos ou novos procedimentos de Angioplastia caem drasticamente, já que com a ajuda da inteligência artificial, o procedimento é perfeitamente executado.