INÉDITO! Cientistas encontram um novo planeta em formação

A pesquisa é uma cooperação entre universidades da Bélgica e Austrália.

Pesquisadores da Universidade de Liège, na Bélgica, e da Universidade de Monash, na Austrália, fizeram uma publicação conjunta da descoberta de um novo planeta em formação. A pesquisa foi realizada a partir da análise de dados de imagens do instrumento SPHERE, pertencente ao Observatório Europeu do Sul (ESO).

Até o momento, somente dois planetas em formação, ou protoplanetas, haviam sido identificados. Com essa nova descoberta, soma-se um terceiro protoplaneta. Eles são formados a partir de aglomerados de material em discos ao redor de estrelas recém-nascidas.

O protoplaneta foi encontrado no disco de gás e poeira em torno de HD 169142, uma estrela que fica a 374 anos-luz do nosso sistema solar. No vídeo a seguir, é possível observar o protoplaneta em movimento em sua órbita ao longo do tempo.

Repare no braço em espiral brilhante que pode ser visto na esteira do planeta. Ele é o resultado da interação dinâmica entre o planeta e o disco em que ele se encontra. Observe:

De olho no futuro

Uma vez que confirmar a existência de um protoplaneta é muito difícil, a descoberta desse planeta em formação é importante porque ajuda a entender melhor como outros planetas se formam (sobretudo gigantes como Júpiter, que está na nossa Via Láctea).

Como identificar um planeta em formação?

Algo que ajuda no processo de identificação de um planeta em formação é sua assinatura térmica. Com o auxílio do telescópio que tirou fotos infravermelhas de HD 169142, os pesquisadores conseguiram identificar o protoplaneta por meio da sua temperatura – geralmente, espera-se que os planetas sejam quentes quando estão se formando.

Outro dado que foi confirmado por meio da observação de imagens de luz polarizada do protoplaneta é que ele é cercado de poeira. Valentin Christiaens, pesquisador do PSILab da Universidade de Liège, fala um pouco sobre as observações:

“Parece que o capturamos em um estágio mais jovem de sua formação e evolução, pois ele ainda está completamente enterrado ou cercado por muita poeira.”

Agora, observações futuras com o telescópio espacial James Webb podem facilitar a caracterização adicional do protoplaneta e a confirmação independente.

Ademais, a expectativa é a de que a alta sensibilidade do telescópio à luz infravermelha permita que os pesquisadores consigam identificar a emissão térmica da poeira quente ao redor do planeta.

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