Ciência afirma: sua música favorita pode estar afetando sua inteligência
Entenda como diferentes estilos musicais influenciam sua inteligência e quais gêneros mais estimulam o cérebro.
Quando o assunto é música, muitos imaginam logo os efeitos positivos que ela pode causar. Estudos comprovam que ela pode ativar várias áreas do cérebro, promovendo memória, atenção e até habilidades cognitivas.
Só que nem todos os estilos são tão benéficos assim para o desenvolvimento intelectual. Certos tipos de música, por mais animados e populares que sejam, podem ter um impacto menor na inteligência, segundo a ciência.
Uma pesquisa realizada por Virgil Griffith mostrou uma relação entre algumas preferências musicais e o desempenho acadêmico. Isso traz à tona uma questão importante: o estilo de música que você ouve pode influenciar o quanto seu cérebro é estimulado e, consequentemente, sua inteligência.
Mas será que isso significa que devemos cortar certos ritmos da playlist?
Saiba qual estilo musical menos estimula a inteligência
Foto: KinoMasterskaya/Shutterstock
De acordo com a pesquisa de Virgil, o reggaeton e certos estilos de hip hop estão entre os que menos contribuem para a inteligência. Por quê? Basicamente, a estrutura repetitiva e a simplicidade das letras limitam a estimulação cognitiva.
É como se o cérebro ficasse no modo “automático”, recebendo pouca novidade para processar e, com isso, criando menos novas conexões neurais. Mas calma, isso não significa que você deve parar de ouvir suas músicas favoritas. A batida enérgica desses estilos pode ser perfeita para animar o seu dia e melhorar o humor.
Além disso, músicas animadas podem aumentar a motivação e, indiretamente, melhorar o foco e a produtividade. Ou seja, tudo depende do momento e do que você busca ao apertar o play.
Quando a música pode promover inteligência?
Por outro lado, gêneros como a música clássica podem ser seus grandes aliados quando o assunto é estimular o cérebro. Nesse sentido, o “efeito Mozart” é a maior prova disso: músicas com estruturas mais complexas, variações de ritmo e melodia ajudam a ativar mais áreas do cérebro.
Um estudo publicado na revista Nature em 1993 mostrou que estudantes que ouviram Mozart antes de uma prova tiveram um desempenho melhor em raciocínio espacial. Esse efeito, no entanto, é temporário.
A dica é apostar em estilos mais complexos durante atividades que exijam concentração e raciocínio lógico, como estudos e trabalho.
Outros fatores a se considerar
Mesmo que a pesquisa de Virgil traga um ponto importante, é bom lembrar que a relação entre música e inteligência não é algo simples. Há uma série de fatores em jogo, como o ambiente em que a pessoa cresceu, a educação e até o tipo de atividades realizadas junto com a música.
Além disso, o gosto pessoal também conta: se você ama um estilo específico, ele pode fazer muito mais por sua saúde mental e motivação do que qualquer outro gênero.
A ciência apenas sugere que, para quem busca estimular mais o cérebro, talvez seja interessante diversificar a playlist e incluir músicas mais desafiadoras.
Mas, no final das contas, o equilíbrio entre diversão e desenvolvimento cognitivo é o segredo para aproveitar os melhores benefícios da música.