Chegada da rede 6G no Brasil pode atrasar; entenda o motivo

Previsto para outubro de 2026, o leilão do 6G no Brasil pode enfrentar dificuldades devido à disputa pela faixa de 6 GHz.

O Brasil se prepara para a chegada da tecnologia 6G, com a previsão do leilão de frequências para outubro de 2026. Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), anunciou que o edital deverá ser publicado até lá, mas há expectativas de eventuais atrasos.

A disputa pela faixa de 6 GHz pode complicar ainda mais o processo. O uso dessa faixa, atualmente dedicado ao Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7, levanta discussões entre as operadoras de internet e a Anatel.

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) já cogita ações judiciais, caso suas demandas não sejam atendidas, o que pode impactar diretamente a agenda do leilão.

Consulta pública e desafios antecipados

A primeira etapa crucial para o 6G no Brasil é a consulta pública, marcada para ser encerrada em 7 de agosto deste ano. Esse momento permitirá que a sociedade e empresas do setor expressem suas preocupações e sugestões.

Após fechar a consulta, a Anatel avaliará e responderá às manifestações recebidas. O cronograma previsto é o seguinte:

  • Consulta pública até agosto de 2025.
  • Publicação do edital do 6G em 2026.
  • Leilão previsto para outubro de 2026.

Além do edital e do leilão em si, as empresas vencedoras terão a responsabilidade de realizar investimentos para garantir a implementação eficaz da rede 6G. Isso é essencial para que a tecnologia funcione adequadamente no país.

Possíveis atrasos repetem leilão anterior

A previsão do leilão do 6G em outubro de 2026 não elimina a possibilidade de adiamentos, como no caso do leilão do 5G. A disputa pela faixa de 6 GHz é um ponto de tensão.

A Anatel propõe manter metade da faixa para padrões Wi-Fi, enquanto os provedores defendem seu uso completo.

Com a resistência dos provedores e a possibilidade de ações judiciais por parte da Abrint, a Anatel pode enfrentar desafios para manter o cronograma.

O futuro da tecnologia 6G no Brasil depende dessas decisões estratégicas e de negociações com as partes envolvidas.

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