Cérebro de goleiros é diferente: estudo aponta habilidades únicas

Pesquisa revela que goleiros de futebol processam informações sensoriais de maneira única, fato que contribui para o desempenho deles em campo.

Um estudo recente realizado por pesquisadores irlandeses revelou um fato inusitado sobre os goleiros. Segundo a pesquisa, os goleiros de futebol processam informações sensoriais de maneira diferente quando comparados a outros jogadores ou indivíduos que não jogam futebol.

A descoberta sugere que goleiros possuem habilidades cognitivas distintas, as quais são fundamentais para seu desempenho no campo de futebol.

Pesquisa joga luz sobre goleiros

O estudo foi conduzido na Dublin City University e analisou 60 indivíduos. Esses indivíduos foram divididos em três grupos: goleiros profissionais, jogadores de campo e pessoas sem experiência em futebol.

Michael Quinn, neurocientista comportamental e ex-goleiro profissional, destacou que goleiros precisam tomar decisões rápidas com base em informações sensoriais limitadas ou incompletas.

Imagem: phillipkofler/pixabay

A pesquisa, portanto, confirmou que goleiros possuem uma capacidade superior de combinar informações de diferentes sentidos.

Para avaliar essa habilidade, os participantes foram submetidos a testes que mediam a rapidez com que conseguiam processar e integrar informações visuais e auditivas.

Os resultados mostraram que, em situações onde havia estímulos conflitantes, como um flash visual acompanhado de dois bipes sonoros, a maioria das pessoas errava ao perceber dois flashes.

No entanto, goleiros demonstraram uma janela de ligação temporal mais estreita, indicando um processamento multissensorial mais eficiente.

Além disso, goleiros mostraram menor interação entre estímulos visuais e auditivos. Este resultado sugere uma tendência a separar sinais sensoriais.

Isso levanta questões sobre se essa habilidade multissensorial superior é uma característica inata que leva os indivíduos a se tornarem goleiros ou se é um resultado da prática e treinamento na posição.

O estudo também abriu caminho para futuras investigações em outras posições do futebol, como atacantes e defensores.

Dessa forma, dará para entender se existem diferenças significativas no processamento multissensorial nessas áreas.

A pesquisa fornece uma nova perspectiva sobre a posição de goleiro, frequentemente vista como única no futebol, e agora, apoiada por evidências científicas.

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