Brasil está prestes a ter o único laboratório de biossegurança máxima do mundo
Comunidade científica brasileira está à beira de um novo capítulo no quesito pesquisa: saiba em que situação se encontra Órion, o primeiro laboratório de biossegurança máxima do mundo.
Em um contexto de forte compromisso com a ciência e a pesquisa, o governo federal do Brasil anunciou recentemente o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), alocando mais de R$ 7,89 bilhões para promover o desenvolvimento nessa área.
Entre os projetos notáveis contemplados nesse financiamento encontra-se o Órion, um planejado laboratório de biossegurança máxima (NB4) que será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas, São Paulo.
Entenda o real motivo do investimento milionário
Foto: CNPEM/Divulgação
Com um investimento de R$ 1 bilhão, o projeto Órion se destaca por uma característica única que o coloca à frente das outras sessenta instalações semelhantes em todo o mundo: será o primeiro laboratório de biossegurança NB4 a ser conectado diretamente a uma fonte de luz síncrotron, especificamente ao acelerador de partículas Sirius.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) emitiu um comunicado informando que o complexo de contenção biológica máxima do Órion possibilitará a condução de pesquisas envolvendo patógenos altamente perigosos e transmissíveis, classificados como de risco biológico 3 e 4, conforme a versão mais recente.
O laboratório vai permitir que o Brasil integre o seleto grupo de países com a capacidade de monitorar, isolar e conduzir pesquisas envolvendo esses agentes biológicos de alto risco. Atualmente, apenas Estados Unidos e Canadá possuem instalações semelhantes no continente.
A conexão do laboratório Órion com a fonte de luz síncrotron Sirius também promete abrir portas para pesquisas ainda mais avançadas e multidisciplinares, aproveitando essa poderosa ferramenta que permite a análise da estrutura atômica e molecular de materiais com uma precisão sem precedentes.
O Órion marca um momento significativo para a pesquisa científica no Brasil, consolidando o país como um protagonista no cenário global dos estudos sobre patógenos perigosos.
A sua integração com a fonte de luz síncrotron Sirius também promete impulsionar descobertas e inovações que têm o potencial de trazer benefícios substanciais para a saúde humana.