Aventura FATAL: entenda as possíveis causas da tragédia com o Submarino Titan
No último dia 19, um submarino rumo a uma expedição ao destroços do Titanic desapareceu. Nesse sentido, muitos estão se questionando: quais seriam as possíveis causas desse desaparecimento? Veja a seguir.
Na última segunda-feira (19), uma notícia abalou as redes sociais. Um submarino turístico que tentava chegar até os destroços do Titanic, navio naufragado em 1912, a 3,8 km de profundidade, desapareceu.
Com o objetivo de conhecer de perto o Titanic, que inspirou uma das obras cinematográficas mais conhecidas do cinema, cinco bilionários partiram em uma expedição no veículo submarino, denominado Titan, que foi projetado pela empresa OceanGate Expeditions.
De acordo com a empresa, esse submarino era capaz de descer a uma profundidade de aproximadamente 4 km abaixo do nível do mar.
Desde 2009, a OceanGate Expeditions tem se dedicado a oferecer serviços de turismo submerso, utilizando submarinos civis de pequeno porte para possibilitar visitas aos restos do famoso naufrágio.
Diante desse histórico, muitas pessoas se questionavam: quais poderiam ser as causas do desaparecimento do submarino que estava em uma missão para alcançar o Titanic?
Segundo informações da própria OceanGate, o submarino já havia realizado visitas bem-sucedidas aos destroços do navio entre 2021 e 2022.
Mesmo que o submarino tenha passado por vários testes e expedições bem-sucedidas, o veículo experimental com capacidade para cinco pessoas ainda era considerado em fase de desenvolvimento.
No ano passado, o jornalista David Pogue, da CBS, pode conhecer de perto o submarino e pode participar de uma expedição até o Titanic.
Na reportagem, Pogue explicou que foi necessário assinar um termo afirmando que o Titan ainda era considerado “experimental” e que o submarino “ainda não havia recebido aprovação de nenhum órgão regulador”.
Mais recentemente, em uma entrevista ao NewsNation, Pogue revelou que o documento também destacava o risco de morte durante a expedição no veículo, que ele descreveu como um cilindro do tamanho de uma minivan.
Além disso, o submarino contava com apenas uma janela com vista para o exterior e um botão para emergir e submergir. De acordo com o CEO da empresa, Stockton Rush, o objetivo é que o veículo funcione “como um elevador”, não exigindo muita habilidade por parte do piloto.
Outro aspecto importante a ser destacado é que o Titan é controlado debaixo d’água por meio de um dispositivo semelhante a um controle de videogame.
O submarino também não possuía sistema de navegação. A coordenação da rota era feita por um navio que flutua na superfície.
A comunicação entre o submarino e o navio se dava a partir de ondas sonoras em mensagens curtas, transmitindo instruções ao Titan sobre a direção a ser seguida em direção ao destino da viagem.
Também não havia cabos de guia ou dispositivos de segurança conectando o submarino ao navio.
Possíveis causas do desaparecimento do submarino
Foto: OceanGate/Reprodução
Diante do exposto, é evidente que o Submarino Titan não estava apto para realizar essa expedição. No entanto, existem muitas possibilidades referentes à causa do desaparecimento dele.
Desafios das correntes marítimas
Nesse sentido, uma das possibilidades é que o submarino tenha sido desviado da rota devido a correntes marítimas intensas, visto que o Titan não é projetado para enfrentar correntes marinhas fortes.
Obstáculos submarinos
Como bem sabemos, a maior parte do oceano permanece inexplorada pelo ser humano. Por ser desconhecido, isso pode representar perigos até mesmo para os pilotos mais experientes.
Elementos desconhecidos, como redes de pesca abandonadas e até mesmo destroços do Titanic representam um grande risco para o veículo, que pode ter ficado preso no leito marinho.
Possível falha no sistema de energia
Pode ter ocorrido uma pane elétrica no sistema, resultando na interrupção da distribuição de energia. Isso não apenas impediria o controle do submarino, mas também tornaria impossível o contato com a superfície.
Incêndio
Um curto-circuito poderia desencadear um incêndio dentro do submarino, produzindo fumaça tóxica que poderia levar os ocupantes a perder a consciência e, potencialmente, resultar em fatalidades.
Embora o Titan possua medidas de segurança, como tanques de oxigênio individuais, sua capacidade de fornecer ar respirável é estimada em apenas 96 horas.
Perigo de inundação
O Titan foi construído com materiais avançados, como fibra de carbono e titânio, capazes de suportar as altas pressões do fundo do mar. No entanto, qualquer problema estrutural poderia levar a uma inundação.
Nesse caso, há o risco de uma implosão, o que seria inevitavelmente fatal.