No final do ano passado, cientistas na Nova Zelândia fizeram história ao apresentar o mapa mais completo de um continente que, por muito tempo, permaneceu envolto em mistério sob as águas do Oceano Pacífico Sul: a Zelândia.

Essa descoberta abriu novos horizontes para a comunidade científica, alimentando a crescente paixão por desvendar os segredos que envolvem os continentes perdidos.

Em busca de continentes desaparecidos

A busca por esses continentes desaparecidos não é apenas uma aventura geográfica, mas uma exploração profunda da história da Terra.

Contrariando as noções tradicionais, a definição de continente passou a se basear mais em critérios geológicos do que em características geográficas.

Sendo assim, a composição da crosta continental, seja ela emergente ou submersa, define esses blocos de terra misteriosos.

É nesse contexto que a tecnologia desempenha um papel vital nessa busca, com cientistas utilizando avançados softwares de imagem, sismógrafos e métodos de campo tradicionais para desenterrar pistas escondidas nas profundezas dos oceanos.

O exemplo mais recente, Zelândia, revelou-se como um continente que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, com 95% de sua massa submersa.

Mapeamento do território da Zelândia – Imagem: GNS Sciente/Reprodução

Entretanto, Zelândia está longe de ser o único continente perdido, e os cientistas estão ávidos para explorar outros enigmas enterrados sob as ondas.

A geologia torna-se a chave-mestra para desbloquear esses segredos, e a abordagem multidisciplinar dos cientistas promete revelar mais continentes há muito tempo esquecidos.

Além de mapear meticulosamente essas terras submersas, os cientistas estão empenhados em entender os processos que levaram ao seu desaparecimento e subsequente ocultação.

Outra questão são as descobertas magnéticas no fundo do mar, que revelaram uma gigantesca região vulcânica sob a Zelândia e sugerem um passado tumultuado de erupções e movimentos tectônicos que datam de dezenas de milhões de anos.

Os cientistas estão ansiosos para enfrentar os desafios e as perguntas mais intrigantes que aguardam nas profundezas desconhecidas.

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Pesquisadores do mundo geológico foram surpreendidos por uma revelação surpreendente: a Terra abriga um continente anteriormente desconhecido, escondido majoritariamente sob as águas.

Chamado de “Zelândia“, essa massa terrestre permaneceu escondida durante milênios, apenas esperando para ser desvendada.

Zelândia: saiba mais sobre o novo continente

A pesquisa, divulgada pela prestigiada revista Tectonics, teve como foco principal a “Zelândia do Norte”. Através da coleta de material no Mar de Coral, especificamente na área de Fairway Ridge, os cientistas conseguiram mapear de forma minuciosa esse território.

A dimensão da Zelândia é surpreendente, cobrindo uma vastidão de quase 5 milhões de quilômetros quadrados. As evidências coletadas foram harmonizadas com dados prévios e anomalias magnéticas da região.

Imagem: Tecnogames/Reprodução

A história desse continente também é fascinante: cerca de 60 milhões de anos atrás, ele se desprendeu do supercontinente Gondwana. Durante o período Cretáceo Superior, enfrentou seu declínio.

Uma série de eventos geológicos resultou no seu quase completo afundamento, formando, assim, o Mar da Tasmânia. Dentre os principais contribuidores para este trabalho, destaca-se Nick Mortimer.

Em conversa com a TVNZ, principal emissora da Nova Zelândia, Mortimer expressou seu entusiasmo:

“A identificação da Zelândia como um continente geológico, em vez de uma coleção de ilhas continentais, fragmentos e fatias, representa mais corretamente a geologia desta parte da Terra.”

Apesar de suas características peculiares, como ser um dos continentes mais finos e cobrir uma superfície um pouco menor que o estimado inicialmente, a Zelândia promete ser um tópico de debate e estudo nos próximos anos.

Suas características, incluindo sua área ligeiramente abaixo das estimativas iniciais e a espessura da crosta variando entre 10 e 30 quilômetros, tornam a Zelândia única.

A descoberta de um novo continente traz não apenas um avanço na geografia mundial, mas também nos lembra de que, por mais que acreditemos conhecer nosso planeta, ele ainda tem muito a nos ensinar.

Essa descoberta oferece novas oportunidades para entender melhor a dinâmica terrestre e os processos geológicos do passado.

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Em um mundo onde a superfície da Terra parece amplamente mapeada e explorada, surpresas geográficas ainda podem emergir das profundezas dos oceanos. Entre esses achados intrigantes está a Zelândia, um continente submerso situado nas águas remotas do Oceano Pacífico.

Embora grande parte de sua vastidão permaneça oculta sob as ondas, avanços na tecnologia nos permitem agora vislumbrar esse continente oculto de uma maneira fascinante: por meio de uma animação em 3D.

Veja como é o continente submerso da Zelândia

Imagem: Kostack Studio/Reprodução

A Zelândia é um continente submerso localizado no sudoeste do Oceano Pacífico. Ele foi oficialmente identificado como um continente em 2017 por geólogos. Embora grande parte de sua massa terrestre esteja submersa, a Zelândia é significativa devido à sua origem geológica e ao seu papel na compreensão da dinâmica das placas tectônicas.

Esse continente submerso é uma parte remanescente do supercontinente Gondwana, que começou a se dividir há cerca de 85 milhões de anos. A Zelândia é composta principalmente de crosta continental e está separada da Austrália e da Antártica.

A maior parte da Zelândia permanece inexplorada devido à sua profundidade e inacessibilidade, mas sua descoberta é crucial para os cientistas que buscam entender a dinâmica das placas tectônicas, a evolução dos continentes e os processos de formação de bacias oceânicas.

Além disso, essa região submersa abriga ecossistemas marinhos únicos e desempenha um papel na circulação oceânica global.

Embora a maior parte da Zelândia permaneça inexplorada devido à sua profundidade e inacessibilidade, os cientistas estão cada vez mais interessados em estudar essa região para entender melhor a geologia da Terra e a história de seu desenvolvimento.

Um vídeo produzido pelo estúdio de animação Kostack revela a topografia da Terra em torno do oitavo continente, a Zelândia.

Ele mostra as partes mais altas do continente submerso, que se assemelham às ilhas da Nova Zelândia, cercadas por plataformas continentais, contrastando com as profundas bacias oceânicas próximas.

Esse modelo 3D se baseia na Carta Batimétrica Geral dos Oceanos (GEBCO). Assista à animação a seguir:

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Há alguns séculos, existiu um marinheiro que estava convencido de que existia mais um continente, além dos que já conhecemos. Entretanto, ele nunca conseguiu provar isso de fato. Agora, a ciência descobriu que ele estava completamente correto, mas levou 375 anos para confirmar isso.

De acordo com as publicações da BBC Future, Abel Tasman – o marinheiro – foi quem sugeriu em 1642 que existia um continente desconhecido por todos. Era uma terra completamente inexplorada, que nem nome tinha direito. Assim, ela foi chamada de Terra Australis, e Tasman partiu em uma expedição para provar seu ponto.

Partindo de Jacarta, na Indonésia, ele conseguiu atravessar o mar e chegar onde desejava. Entretanto, seu barco foi atacado por Maoris, o povo nativo da Nova Zelândia, e quatro de seus tripulantes acabaram morrendo. Abel Tasman retornou para sua casa e desistiu de desbravar o local que ele dizia existir.

Afinal, o continente desconhecido realmente existe?

A resposta é sim! Em 2017, um grupo de geólogos descobriu a Zelândia, uma região que acabou desaparecendo sob as águas. Esse foi um dos motivos para que muitos estudiosos não conseguissem encontrar esse novo continente.

Chamada de Te Riu-a-Māui, na linha Maori, a Zelândia é 94% submarina e apenas algumas ilhas ganham destaque, entre elas, a Nova Zelândia. A área mede 4,9 milhões de quilômetros quadrados, sendo aproximadamente seis vezes maior que Madagascar. E, com isso, este pode ser considerado o continente mais jovem do mundo.

Depois de muitos estudos, os cientistas chegaram à conclusão de que a Zelândia é um continente independente, definido pelo tipo de pedras que foram encontradas ali, uma característica das massas continentais.

Porém, como esses estudos levam muito tempo, ainda há algumas questões que precisam ser respondidas. Entre elas a origem, extensão total e a natureza que está submersa nas águas.

Infelizmente, de acordo com Andy Tulloch, geólogo do Crown Research Institute GNS Science da Nova Zelândia, essas pesquisas exigem muito tempo e dinheiro. Então, os estudiosos terão um longo caminho para explorar um pouco mais sobre a Zelândia e seus mistérios.

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