Com mais de 110 anos de naufrágio, o Titanic ainda é cercado por perguntas sem respostas e mistérios não revelados. Em abril de 1912, o navio mais famoso que já existiu afundava com seus 899 tripulantes, aquele que nem Deus poderia afundar, como alegam os comentários populares da época, teve um fim aflitivo e angustiante.

Foi entre 14 e 15 de abril que o acidente aconteceu, muitas pessoas mal sabiam que o navio tinha colidido com um iceberg, enquanto outros já se encontravam desesperados em busca de salvar suas vidas.

O trágico fim de uma das embarcações mais bem-feitas é um drama mundial, bem como um sucesso de bilheteria com a adaptação de James Cameron.

E foi na última quarta-feira (15) que a instituição oceanográfica Woods Hole (WHOI) disponibilizou mais de uma hora de filmagens nunca antes divulgadas dos destroços do Titanic nas profundezas do mar.

Imagens inéditas

Embora tenham sido reveladas agora, as imagens foram feitas em 1986 pelo submarino tripulado DSV Alvin e outro veículo não tripulado, o Jason Jr.

O submersível Alvin era conectado ao Jason Jr. por um cabo de 91 metros, e juntos eram guiados por uma equipe para fotografar e filmar o local, principalmente em ambientes em que o Alvin não conseguia entrar, era o Jason Jr. que fazia o trabalho.

Alvin é da Marinha americana, comandado pelo WHOI. Os destroços do navio estão a uma profundidade de 3.780 metros da superfície e a 685 km da costa de Newfoundland, no Canadá.

O encontro entre WHOI e os destroços ocorreu em 1985, junto da Exploração Oceanográfica Francesa (Institut Français de Recherche pour L’Exploitation de la Mer).

E, em julho de 1986, uma tripulação humana, composta de 3 membros, voltou ao local onde antes só o submersível e o Jason Jr. haviam ido, para descobrir mais detalhes e conferir por si mesmos.

Foram eles os responsáveis pelas filmagens que hoje podemos vivenciar. A experiência, no entanto, foi um pouco pesada e aterrorizante, embora tenha sido acompanhada de emoção e êxtase.

Por trás das imagens inéditas de Titanic

Nas imagens disponibilizadas, foi possível ver sapatos abandonados, e Robert Ballard, um dos exploradores, pôde descrever um pouco da sensação de estar ali:

“Era como se houvesse olhos voltados para nós, foi uma experiência assombrosa na verdade.” — Robert Ballard

Ele também descreveu como era olhar para os destroços da embarcação e como tudo era esplêndido como costumam dizer:

“A primeira coisa que eu vi saindo da escuridão a 9,1 metros foi esse muro, essa enorme parede de aço rebitado que se levantava por 30 e poucos metros acima de nós. Eu nunca olhei para o Titanic de cima para baixo. Eu o olhei de baixo para cima. Nada era pequeno” — Robert Ballal

As gravações foram liberadas sem narração e acompanhada de uma música instrumental que nos envolve na experiência de adentrar os destroços no fundo do mar. É possível conferir compartimentos e sentir como foi a noite em que tudo aconteceu.

Parece que há males que não podemos vencer, e o Titanic é o exemplo e lembrete perfeito disso! A experiência é descrita como uma viagem realista e centenária, um tanto nostálgica e arrepiante. Você pode conferir o vídeo completo clicando abaixo:

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