Ao longo de sua vida, Vladimir Lenin se destacou como líder do socialismo russo, desempenhando um papel crucial na Revolução de Outubro e assumindo o governo da Rússia em 1917.

Influenciado pela teoria marxista, tornou-se um revolucionário moldado pela morte do irmão e por seu contato com princípios marxistas na universidade em que estudou.

Ao liderar a Rússia pós-revolução, ele adotou medidas para consolidar o poder, neutralizar influências e combater desigualdades.

O legado de Lenin foi interrompido em 1924, com sua morte por sequelas de um derrame cerebral. O ocorrido deixou um impacto duradouro na história russa, marcando uma era de transformação política e social.

Desde então, o governo russo vem tentando mantê-lo eternizado, mas quanto será que isso custa aos cofres públicos do país? É isso o que você descobrirá a seguir.

Centenário do corpo de Lenin na Praça Vermelha

À esquerda, está a múmia preservada de Lenin; já à direita há uma fotografia dele em vida – Reprodução/YouTube/BBC News/Domínio Público via Wikimedia Commons

A Praça Vermelha é um dos pontos mais emblemáticos da Rússia, impactada pela imponente estrutura de mármore e granito no seu centro: o Mausoléu de Lenin.

Este monumento preserva os restos mortais do líder fundador da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Vladimir Lenin, cujo falecimento completa 100 anos.

Após sua morte, em um gesto para eternizar sua memória na história, decidiu-se preservar o corpo de Lenin. No entanto, manter um corpo preservado por décadas apresenta desafios notáveis.

Inicialmente, considerou-se a opção de congelamento, mas essa abordagem não seria suficiente para evitar a decomposição.

Assim, optou-se pelo método clássico de embalsamamento, no qual um líquido contendo formol, álcool, glicerina e outras substâncias é injetado nas veias, substituindo o sangue. Esse procedimento é repetido a cada 18 meses.

Custo para manter múmia de Lenin surpreende

De acordo com um relatório do governo russo em 2016, o Kremlin investe anualmente cerca de 13 milhões de rublos, equivalente a aproximadamente R$ 650 mil ou US$ 200 mil na época, exclusivamente para a preservação do corpo.

A complexidade e a delicadeza do embalsamamento, especialmente para uma figura histórica de tamanha importância, tornam o processo dispendioso.

A discussão sobre se Lenin deveria ser enterrado e aceitar a decomposição começou a surgir devido aos consideráveis gastos envolvidos.

No entanto, em 2019, o presidente russo Vladimir Putin reafirmou que, na sua opinião, não se deveria interferir nesse aspecto, afirmando:

“Não devemos tocar nisso [enterro de Lenin] enquanto ainda houver pessoas que conectem suas vidas com isso, com as conquistas do passado, dos anos soviéticos.”

Apesar das controvérsias em torno dos custos e métodos de preservação, o Mausoléu de Lenin permanece como um grande monumento, homenageando o impacto que ele teve na história russa.

Por fim, relatórios indicam que cerca de 450 mil pessoas visitam anualmente a múmia do líder soviético.

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