A partir de uma história de “She-Hulk“, foi possível prever a era de horror do “Hulk Imortal” quase 30 anos antes de ela acontecer. A Marvel lançou “Hulk Imortal” em 2018 com o objetivo de ser aclamado pela crítica e pelos fãs. A série, agora, é considerada uma das versões permanentes do Hulk.

Aspectos do gênero de terror, especialmente o horror corporal, fazem parte do personagem desde a sua primeira aparição, há 60 anos, e o artista Joe Bennett e o escritor Al Ewing os trouxeram à tona em “Hulk Imortal”.

Além disso, eles incluíram um elemento sobrenatural ao Hulk, revelando que os mutantes gama, na verdade, eram servos do “Um-Abaixo-Tudo”, uma força destrutiva que reside fora da criação. Para destruir o multiverso, esses servos o ajudaram em uma missão do “One-Below-All”.

O artista e o escritor beneficiaram-se da série para comentar questões sociais pertinentes, como o capitalismo de tragédias. Em “The Immortal Hulk 28-32”, Xemnu, o Titã, tentou destruir o Hulk e substitui-lo com a mais amargurada da corporação, Roxxon.

Essa história foi um tanto perturbadora, a ponto de envolver controle mental, política corporativa e alterações corporais. Entretanto, “The Sensational She-Hulk 7”, um quadrinho definitivamente de tom leve, já havia imaginado tudo isso – em 1989!

Já o quadrinho de “She-Hulk”, em uma edição anterior, estava a bordo de um avião espacial experimental que foi sequestrado por “caminhoneiros espaciais” à procura de um dos seus. Isso, então, acabou fazendo com que “She-Hulk” e companhia ficassem cara a cara com Xemnu, o Titã.

Xemnu tem como ideia aproveitar-se de crianças humanas para repovoar seu mundo natal. Para isso, ele vai beneficiar-se de seus poderes mentais que lhe permitem controlar e manipular mentes. No passado, esse objetivo foi frustrado. Mas, dessa vez, ele optou por uma abordagem diferente: manipular crianças enquanto ainda estavam no útero, através de alteração da estrutura genética para se assemelhar à sua.

Entretanto, She-Hulk tenta colocar um ponto-final ao esquema terrível de Xemnu, mas, por sua vez, ela não consegue, pois Xemnu transforma She-Hulk em uma She-Xemnu! Apesar disso, She-Hulk é capaz de reverter-se à forma original e, para dar um fim em Xemnu de uma vez por todas, ele aplica um amortecedor hipnótico.

Na história ilustrada e escrita por John Byrne, o fim de Xemnu é ser usado como um ursinho de pelúcia após ser doado para uma criança alienígena. E apesar de o tom ser alegre na quarta parede da edição, a história de She-Hulk contém diversas camadas perturbadoras que seriam retiradas por um efeito sensacional em “Hulk Imortal”.

Ao longo desta edição, as ações de Xemnu, como tentar converter She-Hulk e manipular a estrutura genética de crianças em gestação são puro terror corporal, um elemento bem comum na série.

Ewing e Bennett moldaram o personagem para mostrar aos leitores, o horror que está logo abaixo da superfície. Ambos apresentavam uma atmosfera de terror que ao mesmo tempo era divertida e perturbadora. E, então She-Hulk previu esta era para o Hulk quase 30 anos antes.

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