A misteriosa e trágica história de Madeleine McCann, a pequena garota britânica que desapareceu em 2007 durante uma viagem de férias com sua família em Portugal, continua a intrigar o mundo.

Recentemente, um novo capítulo foi adicionado a esse enigma, quando um procurador revelou a descoberta de uma mensagem intrigante no computador de um suspeito relacionado ao caso.

Essa revelação levanta questões sobre a investigação em curso e pode ser a peça-chave para um desdobramento desse caso, que se arrasta por quase duas décadas.

Procurador encontra mensagem que pode mudar o rumo do caso

Imagem: Reprodução/Metrópoles

O desaparecimento de Madeleine McCann ocorreu em 3 de maio de 2007, quando a menina britânica de três anos desapareceu do quarto de hotel em Praia da Luz, no sul de Portugal, onde estava de férias com sua família.

O caso rapidamente ganhou proporções internacionais, tornando-se um dos mais notórios desaparecimentos de crianças.

Apesar das intensas investigações e da atenção da mídia, o paradeiro de Madeleine permanece desconhecido.

Diversos suspeitos foram apontados ao longo dos anos, mas o mistério persiste e o caso continua a ser objeto de especulações e análises.

Agora, uma nova pista surgiu com a descoberta de uma mensagem intrigante no computador de um suspeito, destacando-se como um possível desdobramento do caso.

A descoberta de uma conversa online pela polícia alemã pode ser crucial para desvendar o desaparecimento de Madeleine McCann.

O procurador da investigação, Hans Christian Wolters, revelou que chats entre o suspeito Christian Brueckner e outro pedófilo mencionam as letras “mm”.

Brueckner explicitou o desejo de sequestrar e matar uma menina, discutindo a destruição de evidências, ao que o pedófilo respondeu com “mm”.

Essa revelação, feita em uma entrevista ao programa BBC Panorama, lança uma nova luz sobre o caso e destaca possíveis elementos importantes para a investigação.

“Só posso dizer que só temos um suspeito no momento. [Ela morreu] em Portugal e achamos que talvez saibamos onde isso aconteceu.”

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Em abril de 2011, uma tragédia chocou o Brasil e o mundo: o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.

Um ex-aluno invadiu a escola e atirou em estudantes, predominantemente do sexo biológico feminino, resultando na morte de doze crianças e deixando outras tantas feridas.

Esse evento se tornou um marco na história do país e levantou questões importantes sobre segurança nas escolas, saúde mental e misoginia, principalmente nos discursos de ódio promovidos pelos fóruns on-line, como 4chan e Reddit.

Agora, a HBO traz uma série que aborda essa tragédia de forma sensível e realista. A produção busca lançar luz sobre o massacre de Realengo e suas consequências ao mesmo tempo que faz um alerta sobre a importância de identificar e tratar problemas de saúde mental.

HBO Max produz série documental sobre massacre de Realengo

Imagem: HBO Max/Reprodução

O massacre de Realengo, ocorrido em 7 de abril de 2011, foi um evento trágico que abalou o Brasil e o mundo. Naquela manhã, um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, invadiu o local armado com duas pistolas.

Armado e usando um colete à prova de balas, o ex-aluno entrou nas dependências da escola e começou a atirar indiscriminadamente em estudantes, quase todas garotas.

Seu ataque deixou doze crianças mortas, com idades entre 12 e 14 anos, e deixou outras onze feridas. Os relatos daquele dia descrevem cenas de pânico e desespero, com estudantes e funcionários tentando se proteger e fugir do atirador.

A série documental foi intitulada de “Massacre na escola – A tragédia das meninas de Realengo” e estreia em 9 de julho no catálogo do streaming.

A produtora Bianca Lenti falou ao site Omelete sobre os impactos desse massacre na sociedade e sobre o que espera da série documental. A produtora também destacou a importância da atenção dos pais sobre seus filhos e da sociedade com a segurança dos alunos.

“Até quando vamos fechar os nossos olhos para essa nossa responsabilidade enquanto sociedade? Não devemos fiscalizar apenas o que nossos filhos estão consumindo nos seus quartos. Isso é uma responsabilidade nossa enquanto sociedade. E que masculinidade é essa que precisa ser perseguida? Essa masculinidade violenta e bárbara? Por que esses meninos são excluídos e acabam sendo escutados por aliciadores porque não estão sendo escutados em outros lugares? Por que a gente não debate mais sobre essa masculinidade que leva a tragédias como essa? É uma discussão que vai muito além do crime em si. É um alerta geral. A sociedade precisa se mobilizar e falar sobre isso.”

Discussão sobre masculinidade foi esquecida pela mídia?

Na época, durante as coberturas jornalísticas sobre o caso, pouco se falava sobre os impactos dos padrões de masculinidade da sociedade sobre a tragédia.

O massacre foi muito veiculado como consequência de bullying na escola, visto que o perpetuador foi um ex-aluno que tinha histórico de ter sofrido tal violência.

Porém, pesquisas posteriores mostraram que o mesmo frequentava fóruns de discurso de ódio contra mulheres e minorias sociais, que promovem e são a causa principal, até hoje, de outros massacres.

Na nova série documental da HBO Max, o assunto não passará em branco. Confira no trailer:

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Muitas pessoas têm uma fascinação por histórias de crimes reais, desde os assassinatos mais infames até os mistérios sem solução.

No entanto, a psicóloga Dra. Thema Bryant alerta que devemos estar atentos aos efeitos que o relaxamento ao curtir essas tramas pode ter para nossa saúde mental.

Enquanto mergulhamos na complexidade dessas histórias, muitas vezes nos encontramos envolvidos em um mundo sombrio, repleto de intriga e violência.

Mesmo com histórias horrendas e às vezes macabras, muitos espectadores gostam que assistir a esse tipo de conteúdo como entretenimento. O fato pode gerar graves problemas à saúde mental.

Psicóloga faz alerta aos fãs de true crime

Imagem: Reprodução/Canal Ciências Criminais

A psicóloga Thema Bryant falou no podcast de Mel Robbins sobre a forma como as pessoas têm buscado se entreter, relaxar e aproveitar o tempo livre assistindo conteúdos de crimes reais, os quais muitas vezes são carregados de detalhes pesados.

A especialista em saúde mental levou os ouvintes a se questionarem “por que o trauma é relaxante para mim?” e falou o seguinte:

“Alguns de nós cresceram em situações de alto estresse, então as pessoas confundem paz com tédio. Para se reconectar consigo mesmo, é preciso enfrentar o desconforto, porque vai parecer desconhecido.”

Um ouvinte respondeu à doutora afirmando que:

“O trauma não é relaxante para mim – é a justiça que os personagens ou pessoas reais geralmente conseguem, algo que nunca tive na minha própria vida.”

Enquanto outro ouvinte confessou que:

“Isso me distrai da dor que estou sentindo na minha vida.”

Apesar do assunto pesado, crimes reais atraem cada vez mais espectadores

Afinal, por que os conteúdos de crimes reais têm atraído cada vez mais amantes e espectadores? A Dra. Elizabeth Jeglic, professora do John Jay College of Criminal Justice deu sua opinião sobre o assunto.

Para a especialista, as pessoas que sofreram algum forte trauma podem buscar refúgio em true crime porque esses conteúdos oferecem aos espectadores um sentimento de controle da situação, o qual não tiveram em suas próprias vidas.  

Portanto, se você se identifica com essas pessoas que têm os crimes reais como seus gêneros preferidos de produções televisivas ou cinematográficas, é importante estar atento ao que pode estar por trás desse fascínio pelo horror.  

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Hoje, vamos falar de um programa de TV que fez muito sucesso nas gerações passadas: “Linha Direta“. Entre 1999 e 2007, essa foi uma programação exibida pela TV Globo que certamente marcou presença no gosto de muitas pessoas.

O objetivo do programa era investigar e esclarecer casos de crimes não resolvidos ou que geraram grande repercussão na sociedade.

E, para isso, a equipe do programa realizou entrevistas com familiares, testemunhas e autoridades envolvidas nos casos retratados, além de apresentar reconstituições dos acontecimentos chocantes dos episódios.

O programa contava com a participação de jornalistas e especialistas em áreas como Criminologia e Psicologia, que ajudavam a elucidar os casos.

Ao longo de seus oito anos de exibição, o “Linha Direta” ajudou a solucionar diversos casos e se tornou um dos programas de maior audiência da TV Globo.

Nova temporada, programa repaginado

Após uma pausa de alguns anos, a TV Globo anunciou recentemente que o programa “Linha Direta” retornaria à sua grade de programação. A estreia da nova temporada ocorre hoje (4), com uma novidade: o apresentador escolhido para comandar o programa é o jornalista Pedro Bial.

Com o retorno do “Linha Direta”, a emissora traz de volta um formato de grande sucesso que se consolidou ao longo dos anos como referência na televisão brasileira.

A nova temporada promete trazer uma abordagem atualizada e dinâmica, com a presença de especialistas e entrevistas com familiares, testemunhas e autoridades envolvidas nos casos.

Pedro Bial é um profissional com vasta experiência em jornalismo e televisão, tendo passado por diversas emissoras ao longo de sua carreira.

Assim, sua presença na nova temporada promete trazer um olhar refinado e crítico para a investigação dos crimes que apresentará no programa.

O gênero ‘true crime’

O sucesso do “Linha Direta” não se deu apenas devido ao grande público que o acompanhou. É preciso lembrar, além disso, que a fama do gênero true crime se deve muito ao programa.

True crime refere-se a obras de não ficção, como livros, documentários e podcasts, que retratam casos reais de crimes. O objetivo dessas obras é investigar e relatar detalhadamente os eventos que levaram aos crimes, bem como os desdobramentos e as consequências desses eventos.

Os casos retratados no gênero true crime geralmente são crimes violentos, como assassinatos, sequestros, estupros, roubos a mão armada, sendo que, muitas vezes, causam grande repercussão na mídia.

Essas obras buscam explorar as motivações dos criminosos e o impacto dos crimes nas vítimas e em suas famílias, bem como as falhas do sistema de Justiça que podem ter permitido que os crimes acontecessem.

Como protagonista dessa nova temporada, Pedro Bial declara:

“O ‘true crime’, o crime verdadeiro, é febre mundial. Além disso, essa hiperconexão que a gente vive hoje ainda não tinha se consolidado naquela época, e isso também tem implicações e consequências na nossa linguagem.

Hoje em dia é muito difícil qualquer coisa acontecer numa grande cidade sem que tenha sido captada por duas ou três câmeras de segurança, ou por alguém com celular filmando o momento. Isso tudo determina a investigação, os registros e a linguagem do programa”.

Veja abaixo a chamada na íntegra do programa que tem retorno à televisão brasileira hoje (4/5):

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Durante a década de 1990, um programa de televisão na Rede Globo alcançou enorme sucesso junto aos telespectadores, o que acabou gerando a sua permanência até o ano de 2007.

Com anos de exibição, o programa em questão era o “Linha Direta”. A função era apresentar crimes que aconteceram naquela época e debater sobre eles.

Na época, o programa tinha como apresentadores Domingos Meirelles e Marcelo Rezende. Se você for um dos espectadores que acompanharam a transmissão do programa naquela época, agora poderá voltar a assistir a ele.

No entanto, não será uma reprise dos episódios, e sim haverá casos que aconteceram nos últimos 15 anos. Pedro Bial será o apresentador oficial do programa, que vai ao ar todas as quartas-feiras, a partir das 23 horas, na Rede Globo. A estreia acontecerá no próximo dia 4 de maio.

Mas isso não será tudo. Há informações de que existirá também um podcast de “Linha Direta”. Os mesmos casos poderão ter aprofundamento, com comentários a respeito dos fatos.

Gênero ‘true crime’

Desde sua criação, o programa “Linha Direta” sempre esteve associado ao pensamento, às teorias intrigantes e, mais especificamente, ao gênero conhecido como “true crime” (crimes reais, em português).

Esse gênero tem sido popular tanto no cinema quanto na literatura e na televisão. Além disso, pode-se dizer que existe desde os anos 1960, quando Truman Capote fez história ao narrar histórias verdadeiras e sangrentas, incluindo um caso envolvendo o assassinato de uma família no Meio-Oeste americano.

Apesar do passar dos anos, as produções que se enquadram nesse gênero nunca perderam sua cultura, mantendo uma audiência fiel e admiradores fervorosos. O “Linha Direta” é um exemplo disso, tendo conquistado um grande público durante seu tempo de exibição e ainda sendo lembrado até hoje.

Com o retorno do programa, agora com apresentação de Pedro Bial e com a adição de recriações de cenas por atores, é possível que essa tradição continue a ser apreciada pelos espectadores que buscam histórias intrigantes e emocionantes da vida real.

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A série “Dahmer: Um Canibal Americano“, que narra a história de Jeffrey Dahmer, foi lançada esse ano na plataforma da Netflix, como a maioria das pessoas sabe, afinal, a série se tornou um fenômeno de audiência e recentemente recebeu a confirmação de outras duas temporadas.

Contudo, o que tem intrigado a muitos não é apenas o crime horrendo cometido pelo criminoso, mas também o alto índice de interesse por assuntos como esses, em que são exibidas cenas brutais, capazes de chocar a qualquer um que estiver assistindo.

A onda, que começou com a série focada em contar a história de Jeffrey Dahmer, acabou desencadeando uma criação de diversos conteúdos relacionados a outros serial killers, uma vez que os produtores compreenderam que conteúdos como esses possuem a atenção do público.

Contudo, um questionamento ainda fica: por que o interesse do público em assuntos como esse? Uma das teorias que podemos considerar é que o grande interesse por produções criminais como essa de Jeffrey Dahmer é em razão da curiosidade.

No momento em que foi instaurada a lei, houve alguém que desejou quebrá-la, mas aqueles que não dão lugar a isso passam a almejar compreender como é para quem ousadamente o faz.

Sendo assim, pode-se concluir que o grande interesse parte da necessidade de compreender o que acontece na mente de uma pessoa disposta a fazer tais atos tão maldosos.

Mas, afinal, a quem a lei protege?

É nítido que na produção de Ryan Murphy, responsável por conduzir a trama, há vários momentos em que a lei não protegeu quem ela deveria proteger, muito pelo contrário.

No entanto, por outro lado, Jeffrey Dahmer não é enaltecido por seus atos, assunto que constantemente deve ser levado em consideração na hora de desenvolver um projeto como esse.

Ao longo da trama, é muito complexo o entendimento a respeito dos anseios e medos de Dahmer, pois eles não estão presentes na vida cotidiana.

É muito mais fácil encontrar algo semelhante com as vítimas do que com o criminoso cruel que vemos na obra, principalmente com a vizinha de Jeffrey Dahmer, que constantemente liga para a polícia em busca de ajuda, mas nada recebe.

O que mais poderia nos atrair?

Outro ponto que pode ser considerado um motivo que eleva o interesse em produções como essas, é olhar para dentro de si e perceber que também há coisas ruins dentro de nós, sentimentos e desejos dos quais não nos orgulharíamos se viessem à tona.

Mas, que ao assistir conteúdos como esse, poderíamos chegar um pouco mais perto desse lado inconsciente, que normalmente não poderia ser mencionado em conversas banais.

Independentemente do que resulta no interesse por conteúdos deste tipo, estamos cientes de que é muito mais profundo do que podemos meramente imaginar.

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