No frenesi da indústria dos videogames, no qual inovação e expectativas se entrelaçam, o palco é frequentemente tomado por verdadeiros épicos ao passo que vários títulos lutam para encontrar seu lugar sob os holofotes.

Neste ano, o panorama dos games testemunhou não apenas triunfos e sucessos estrondosos, mas uma coleção inigualável de decepções.

Com base na meticulosa observação do cenário pela equipe do IGN Brasil, foram destacados os cinco maiores deslizes de 2023, os ‘flopados’ do ano, que deixaram uma marca de desapontamento e expectativas frustradas na comunidade gamer.

Games lançados em 2023 que floparam amargamente

5º – ‘Call of Duty: Modern Warfare III’

Considerado o principal fracasso entre os jogos AAA, ‘Modern Warfare 3‘ desapontou enormemente. Embora não seja tecnicamente ruim em mecânicas de jogo, é mais um reúso de conteúdo de títulos anteriores do que uma inovação real.

Seu modo história é um dos mais curtos e menos envolventes da franquia, resultando na pior recepção da história da série.

‘Call of Duty: Modern Warfare III’ – Imagem: Activision/Reprodução

4º – ‘The Lord of the Rings: Gollum’

Inicialmente considerado o pior jogo do ano, Gollum acabou sendo superado por outros lançamentos desastrosos.

Com visuais ultrapassados e uma jogabilidade extremamente repetitiva, o jogo falha em explorar e expandir a rica lore do universo de Senhor dos Anéis, levando ao fracasso e contribuindo para o declínio do estúdio Daedalic.

‘The Lord of the Rings: Gollum’ – Imagem: Xbox/Reprodução

3º – ‘The Walking Dead: Destinies’

Mais um exemplo de um jogo baseado em uma propriedade intelectual popular que falhou estrondosamente.

Apesar de uma premissa inicialmente interessante, o jogo é criticado por sua mecânica fraca, visuais defasados e uma experiência travada, desapontando tanto os fãs da série como os jogadores em geral.

‘The Walking Dead: Destinies’ – Imagem: PlayStation Store/Reprodução

2º – ‘Skull Island: Rise of Kong’

Mesmo tendo um tema atrativo envolvendo King Kong, o jogo decepciona devido à jogabilidade pobre, visuais abaixo da média e combate repetitivo.

O valor de mercado agravou ainda mais a decepção, tornando-o um desrespeito ao ícone cinematográfico que tentou representar.

‘Skull Island: Rise of Kong’ – Imagem: PSX Brasil/Reprodução

1º – ‘The Day Before’

Este jogo foi retirado das lojas logo após seu lançamento em acesso antecipado devido à sua má qualidade. Prometendo ser uma revolução nos jogos online de sobrevivência, acabou se revelando um desastre completo.

Com um mundo sem vida, personagens sem personalidade e críticas severas, o título foi um dos pontos mais baixos do ano, encerrando seu desenvolvimento após uma recepção terrível.

Cena de ‘The Day Before’ – Imagem: Reprodução

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Após um lançamento problemático, o estúdio responsável pelo game “Gollum” recorreu à inteligência artificial (IA) para redigir seu pedido de desculpas. O jogo, inspirado na obra de J. R. R. Tolkien, enfrentou críticas negativas tanto de críticos quanto de jogadores, levando a uma reação inusitada por parte da desenvolvedora.

O jogo “O Senhor dos Anéis: Gollum” não conseguiu conquistar a crítica e os jogadores após seu lançamento, sendo alvo de críticas em relação à sua jogabilidade e falta de fidelidade à obra de Tolkien. Em resposta a essa recepção negativa, a desenvolvedora Daedalic Entertainment emitiu um pedido de desculpas público.

No entanto, uma revelação surpreendente indica que esse pedido de desculpas não foi redigido por membros da equipe de desenvolvimento, mas, sim, pelo ChatGPT.

O Game Two, um canal de videogame alemão, foi o responsável por descobrir esse fato, lançando uma investigação detalhada sobre o jogo intitulada “Por que Gollum TINHA que falhar”. As críticas negativas dirigidas a “O Senhor dos Anéis: Gollum” se concentraram em diversos aspectos do jogo.

Os críticos e jogadores expressaram desapontamento com a falta de fidelidade à obra de Tolkien e uma jogabilidade considerada rasa, o que diminuiu a qualidade da experiência do jogo. Veja abaixo uma das críticas sobre “Gollum”:

O resultado foi uma recepção extremamente desfavorável e a necessidade de uma resposta da desenvolvedora em face desse fracasso. O relatório afirma que a carta foi produzida pela editora Nacon, utilizando o ChatGPT como ferramenta de redação.

Segundo fontes anônimas ligadas ao desenvolvimento do jogo, a carta foi gerada automaticamente e divulgada sem alterações, o que resultou em uma resposta pública que não refletiu devidamente a situação.

A repercussão da descoberta

A revelação de que o pedido de desculpas foi gerado por uma IA causou agitação na comunidade de jogadores e entre aqueles que estavam acompanhando a história do jogo.

A ideia de que uma resposta formal a um lançamento problemático tenha sido produzida sem revisão humana levantou questões sobre a transparência e a autenticidade das declarações feitas pelas empresas de jogos.

Nesse sentido, essa revelação levanta questões mais amplas sobre o uso de IA na indústria de jogos e como as empresas podem manter a integridade de suas comunicações com os jogadores.

À medida que a tecnologia de IA se torna mais difundida, é provável surgirem debates sobre a responsabilidade e a ética de seu uso, especialmente em situações sensíveis, como em pedidos de desculpas públicos após lançamentos problemáticos.

Imagem: Yandex/Reprodução

A utilização do ChatGPT para redigir um pedido de desculpas após o lançamento de “O Senhor dos Anéis: Gollum” destaca o papel crescente da inteligência artificial na indústria de jogos e em diversos setores atualmente.

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O novo jogo da franquia “O Senhor dos Anéis” foi lançado recentemente pela Daedalic Entertainment. “The Lord of The Rings: Gollum” chegou às plataformas digitais na última quinta-feira (25).

O game acompanha a história original de Gollum escapando de Mordor em busca do anel do poder. Visto que Gollum não é um grande guerreiro, a jogabilidade do game é focada na “clandestinidade”. Entenda a seguir.

Após o lançamento, não demorou muito até que baixa recepção do jogo por parte do público se espalhasse. Muitas pessoas que antes estavam ansiosas pela chegada do novo jogo terminaram decepcionadas. Os comentários sobre o game são majoritariamente negativos.

Mas não se engane, afinal, não foram apenas comentários do público em geral, mas da crítica especializada que a produção recebeu.

The Guardian, PushSquare, PCGamesN e GameSpot avaliaram o jogo, e as notas baixas surpreenderam a todos. Como principais problemas, os críticos destacaram que o enredo é desinteressante e a jogabilidade, repetitiva.

Daedalic Entertainment pede desculpas por ‘Gollum’

Diante da grande pressão do público, na última sexta-feira (26), um dia após o lançamento, a desenvolvedora do novo título veio a público para se desculpar pelo jogo.

A declaração foi publicada no Twitter e diz o seguinte:

“Gostaríamos de pedir sinceras desculpas pela experiência abaixo da esperada que muitos de vocês tiveram com The Lord of the Rings: Gollum no lançamento.

Nós reconhecemos e sentimos muito que o jogo não tenha atendido as expectativas que definimos para nós mesmos ou para nossa dedicada comunidade. 

Valorizamos suas opiniões e estivemos ouvindo atentamente ao que vocês têm para dizer, lendo seus comentários e analisando as críticas construtivas e sugestões que vocês deram.”

Confira o comunicado na íntegra:

A few words from the ” The Lord of the Rings: Gollum ” team pic.twitter.com/adPamy5EjO

— The Lord of the Rings: Gollum (@GollumGame) May 26, 2023

Por fim, de acordo com a Daedelic, a equipe de desenvolvimento está trabalhando para corrigir os bugs e problemas técnicos reportados pela comunidade:

“Continuaremos mantendo vocês atualizados sobre nosso progresso e a ter uma comunicação transparente em relação a futuros patches e melhorias.”

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