No alto do maior vulcão do Havaí, o telescópio solar Daniel K. Inouye registrou uma imagem impressionante do Sol. Um novo instrumento, o Filtro Visível Ajustável, capturou uma mancha solar com dimensões equivalentes às da Terra.

A possibilidade de registro foi uma conquista que levou 15 anos e marca um feito notável na astronomia moderna.

Localizado no topo do Haleakala, esse telescópio é o maior de seu tipo e agora está equipado com tecnologia de ponta.

A recente captura revelou manchas solares cobrindo impressionantes 624 milhões de quilômetros quadrados da superfície solar, com cada pixel da imagem representando minuciosos 10 quilômetros.

Detalhe obtido pelo telescópio solar Daniel K. Inouye, da Fundação Nacional de Ciências. (Imagem: VTF/KIS/NSF/NSO)

O papel das manchas solares

Manchas solares são distúrbios magnéticos que ocorrem na superfície do Sol. Elas são cruciais para os cientistas, pois frequentemente geram explosões solares e ejeções de massa coronal (EMCs).

Com o novo equipamento, será possível entender melhor como esses mecanismos impulsionam o clima espacial e ameaçam infraestruturas na Terra, bem como a origem das auroras boreais.

Impacto das explosões solares

As explosões solares que se originam dessas manchas são intensas rajadas de radiação e podem atingir a Terra em questão de minutos. Já as EMCs, compostas por partículas carregadas, levam mais tempo, mas são responsáveis por tempestades geomagnéticas.

Frequentemente, estas tempestades resultam em espetaculares auroras boreais.

Tecnologia de ponta em ação

O Filtro Visível Ajustável (VTF), instalado no telescópio, é uma inovação do Instituto de Física Solar de Freiburg, Alemanha. Ele capta frequências da luz solar para mapear fenômenos específicos, como explosões solares e campos magnéticos, com incrível detalhe.

Capacidades avançadas do VTF:

• Escaneia diferentes comprimentos de onda.
• Tira centenas de imagens por segundo.
• Produz visualizações 3D do Sol.

Com o VTF, cientistas esperam entender melhor as origens das explosões solares e EMCs. Esse avanço possibilitará prever mais eficazmente as tempestades solares que afetam infraestruturas críticas na Terra.

Conforme Carrie Black, as observações em alta resolução são vitais para aprimorar essas previsões.

Segundo Sami K. Solanki, do Instituto Max Planck, a imagem capturada inaugura uma nova era na pesquisa solar. Essa tecnologia sem precedentes promete desvendar a intrincada dinâmica entre o plasma quente e os campos magnéticos solares.

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