No cenário atual das telecomunicações brasileiras, estamos testemunhando mudanças importantes que afetarão tanto as operadoras quanto os usuários.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, aponta para uma nova realidade em que as empresas do setor consideram substituir a prática do zero rating.

Esse termo se refere à oferta de acesso gratuito a determinados aplicativos, como WhatsApp, TikTok e Instagram, sem que o uso deles conte para o consumo de dados do plano contratado.

Em vez disso, as operadoras agora consideram cobrar individualmente pelo uso de tais softwares.

No futuro, empresas de telefonia vão cobrar por toda internet usada – Imagem: Nextpit/Reprodução

Empresas querem se precaver

Recentemente, as principais empresas de telecomunicações do país, incluindo Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom, emitiram uma carta aberta.

No documento, elas solicitam uma contribuição mais igualitária dos gigantes da tecnologia, como Google, Meta e Netflix, para ajudar a financiar os custos relacionados à infraestrutura de internet.

Isso se deve ao aumento esperado no consumo de dados por smartphone na América Latina, que pode quadruplicar até 2028.

As operadoras argumentam que essa demanda crescente exigirá investimentos significativos, e as receitas atuais não são suficientes para sustentar esse aumento na infraestrutura.

Tais mudanças têm causado algumas preocupações entre as pessoas, especialmente em relação a possíveis acréscimos de custo.

A maneira como as empresas comunicaram essas alterações aos clientes ainda não está claramente definida.

Carlos Baigorri reconheceu a incerteza e destacou que a Anatel conduz uma avaliação sobre os deveres dos usuários de redes de telefonia, tanto para pessoas físicas quanto para provedores de aplicativos online.

Mudanças sorrateiras para lucrar mais

O que já se observou é que os grupos de telefonia estão modificando alguns pacotes. Por exemplo, a Claro removeu aplicativos ilimitados dos novos planos, isso indica uma possível transição para o fim do modelo de zero rating.

As operadoras percebem os desafios do 5G e o aumento do uso de internet, assim pensam em novas formas de garantir que consigam manter seus investimentos em infraestrutura a longo prazo.

Tais alterações podem deixar os consumidores em dúvida sobre quanto vão pagar pela internet e como vão acessá-la.

Mas, ao mesmo tempo, mostram que as empresas estão se ajustando para atender às necessidades cada vez maiores de dados e conexão.

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A Nomo, operadora de telefonia móvel que utilizava a infraestrutura da Vivo, surpreendeu seus clientes com a notícia do encerramento das operações voltadas a pessoas físicas.

Em uma comunicação via e-mail, a empresa anunciou a migração dos clientes para a Fluke, outra operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) que compartilha a mesma base estrutural.

Desativação com data marcada

A transição para a Fluke está programada para iniciar já na próxima semana, a partir de 27 de dezembro. Trata-se de uma alteração importante, porém, sem a necessidade de substituir o chip.

Os clientes da Nomo receberão instruções para instalar o aplicativo da Fluke a partir de 26 de dezembro para começar a administração dos novos planos móveis.

Operadora utiliza a infraestrutura fornecida pela Vivo – Imagem: Vivo/reprodução

Enquanto a Nomo direciona seu foco para o mercado corporativo, ao impulsionar o NomoWave, uma plataforma tecnológica e de infraestrutura, os usuários da operadora enfrentarão ajustes nos valores e serviços.

A transição acarretará um aumento de até 12% nos custos para os clientes da Nomo, além de uma redução nas opções de pacotes de dados disponíveis na Fluke.

A Fluke se posiciona com serviços como WhatsApp, Waze e Google Maps sem descontá-los da franquia, além de ligações ilimitadas e 10 SMS por mês em todos os planos.

No entanto, a empresa assegura que as condições comerciais dos planos antigos da Nomo serão preservadas na próxima renovação, pois serão aplicados novos preços somente a partir da segunda renovação.

Esse movimento na telefonia brasileira não é inédito. Empresas como a Oi Móvel, fatiada entre Vivo, TIM e Claro em 2022, além da Nextel, absorvida pela Claro em 2020, são exemplos de transformações significativas no mercado.

A história de outras operadoras, como a Aeiou, evidencia a dificuldade de se estabelecer no competitivo mercado de telecomunicações no país.

A transição iminente da Nomo para a Fluke destaca não apenas a dinâmica do setor de telefonia móvel, mas também a importância da adaptação dos clientes a mudanças repentinas nas opções de serviços e custos oferecidos pelas operadoras.

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Você também não aguenta mais ser incomodado por essas empresas que te ligam o dia todo? Além de ser cansativo, com telefonemas a cada cinco minutos, é uma dor de cabeça. Geralmente, quando você atende esse tipo de ligação e percebe que se trata de telemarketing, o que você faz?

Essa é uma prática geralmente bastante abusiva por parte das empresas de telemarketing e, a partir deste mês, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começará a anunciar um ranking das empresas que mais incomodam os clientes com esse tipo de ligação.

A empresa está avaliando como vai definir as piores empresas. Saiba mais a seguir.

Conheça o ranking a ser lançado pela Anatel

Apesar de ainda não saber como vai definir as piores empresas quanto à prática abusiva, o superintendente da Anatel, Gustavo Santana, disse que o índice de atendimentos das ligações será um dos parâmetros que vão ser observados para a criação desse ranking.

Atualmente, 50% das pessoas que atendem telefonemas de telemarketing acabam se transformando em clientes de determinada empresa. Ou seja, podemos observar que metade das ligações feitas pelas empresas é responsável por um efeito positivo para elas.

Em contrapartida, algumas empresas de telemarketing só conseguem falar com apenas 10% dos clientes, para quem elas efetuam as ligações. Ou seja, os outros 90% dos clientes não atendem o telefonema ou, então, quando percebem se tratar de telemarketing, desligam antes de o atendente começar a falar algo.

Ainda de acordo com o superintendente da Anatel, esse ranking servirá para que as pessoas consigam entender quais as empresas mais criam essa dor de cabeça, isto é, as empresas que mais praticam esse abuso. Por outro lado, algumas empresas estão buscando por melhorias, conseguindo reconhecer o incômodo causado.

Segundo Santana, o ranking deve ser divulgado pela Anatel no final do mês de janeiro. Ele ainda acredita que cerca de 30 a 40 empresas apareçam nessa listagem. Essa é mais uma das medidas da Anatel para acabar com essa prática abusiva dos telemarketings.

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