Arquivos SUS - Multiverso Notícias - Diariamente o melhor do mundo POP, GEEK e NERD! https://multiversonoticias.com.br/assunto/sus/ Diariamente notícias sobre filmes, séries, quadrinhos, games, animes, ciência, tecnologia e humor! Wed, 28 Jun 2023 13:21:16 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.2 Aplicativo criado por estudantes brasileiros conquista prêmio internacional em Harvard https://multiversonoticias.com.br/aplicativo-criado-por-estudantes-brasileiros-conquista-premio-internacional-em-harvard/ Wed, 28 Jun 2023 13:21:03 +0000 https://multiversonoticias.com.br/aplicativo-criado-por-estudantes-brasileiros-conquista-premio-internacional-em-harvard/

Durante o Hackathon Internacional de 2023, promovido pela Universidade Harvard, cinco estudantes de medicina brasileiros apresentaram uma proposta inovadora que não apenas pode economizar milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas também aprimorar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardiovasculares. O evento, que teve com tema “Soluções Digitais para a Construção de Sistemas […]

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Durante o Hackathon Internacional de 2023, promovido pela Universidade Harvard, cinco estudantes de medicina brasileiros apresentaram uma proposta inovadora que não apenas pode economizar milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas também aprimorar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardiovasculares.

O evento, que teve com tema “Soluções Digitais para a Construção de Sistemas de Saúde de Alto Valor na América Latina e no Caribe”, recebeu mais de mil inscrições de 37 países, mas o aplicativo idealizado pelos brasileiros garantiu o primeiro lugar.

A equipe vencedora, composta por estudantes do primeiro ou segundo ano de graduação em Medicina, propôs o desenvolvimento do PulSUS, um aplicativo de celular  voltado para a otimização da rotina dos profissionais de cardiologia, especialmente aqueles que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O grupo é formado por Karen Ribeiro, Laís Reis, Pedro Henrique Gunha Basilio, Marina Bassi e Victória Morbach Siebel.

Imagem: Blog Jaleko/Reprodução

Cabe na palma da mão

Uma das principais funcionalidades do aplicativo é fornecer aos médicos um relatório sobre o perfil da população atendida pela UBS. Por exemplo: se a maioria dos usuários do PulSUS em uma determinada área for fumante, o aplicativo indicará esse padrão à unidade de saúde.

Além disso, os pacientes podem registrar seus sintomas e a frequência com que tomam medicamentos, permitindo um acompanhamento mais preciso.

Essa funcionalidade é especialmente importante quando há um longo intervalo entre as consultas, pois evita que os pacientes esqueçam detalhes relevantes para o tratamento.

Outro aspecto fundamental do PulSUS é fornecer aos médicos dados atualizados sobre o estado de saúde de cada paciente, evitando que o profissional dependa apenas de informações de exames realizados há meses ou até mesmo anos antes.

Com isso, busca-se evitar o agravamento de condições de saúde que poderiam ser prevenidas por meio de um acompanhamento adequado.

Economia nos serviços do SUS

A equipe brasileira identificou uma prática  preocupante  dos  pacientes, que procuram as UBS apenas em situações de emergência, deixando de comparecer às consultas periódicas. Isso resulta em estados críticos de saúde que demandam internações e geram custos elevados para o sistema de saúde.

Revisando estimativas de gastos do SUS, os estudantes constataram que R$ 37,1 bilhões são destinados ao tratamento de doenças cardiovasculares anualmente.

A maior parte desse valor está relacionada às internações e tratamentos de emergência, enquanto apenas R$ 11 bilhões vão para as hospitalizações.

Eles calcularam que entre 15% e 20% dessas internações poderiam ser evitadas com um tratamento e acompanhamento adequados na atenção primária à saúde, representando uma economia significativa.

Incentivo para uma vida mais saudável

Para incentivar hábitos saudáveis e a adesão ao tratamento, o PulSUS utiliza estratégias de gamificação e recompensas imediatas. Os usuários acumulam “cardicoins”, uma espécie de pontuação que lhes dá acesso a cupons de desconto em academias, sacolões e outros serviços.

Além disso, o aplicativo promove competições amigáveis entre os usuários, estimulando a adesão correta aos medicamentos e hábitos saudáveis. Essa abordagem visa superar a falta de motivação, muitas vezes associada à terapia medicamentosa, oferecendo incentivos tangíveis.

Os estudantes reconhecem que a acessibilidade é um desafio importante para a implementação do aplicativo. Embora a maioria dos brasileiros já possua acesso à internet e smartphones, é necessário considerar a parcela da população que ainda não possui esses recursos.

No entanto, a equipe acredita que o foco principal são os cidadãos com certos hábitos de vida que os tornam propensos a doenças cardiovasculares, e a maioria deles provavelmente possui um celular.

Após vencer a competição e receber o prêmio de US$ 5 mil, a equipe está dedicada à etapa de incubação do projeto, visando colocá-lo em prática. Testes serão realizados e resultados serão colhidos para futura implementação do programa no país.

Com o PulSUS, espera-se melhorar significativamente o acompanhamento médico, reduzir os custos relacionados às doenças cardiovasculares e promover uma vida mais saudável para a população brasileira.

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Refugiados no Brasil: 8 a cada 10 imigrantes dependem do SUS https://multiversonoticias.com.br/refugiados-no-brasil-8-a-cada-10-imigrantes-dependem-do-sus/ Sun, 19 Feb 2023 16:41:51 +0000 https://multiversonoticias.com.br/?p=103711
Migrantes e refugiados no Brasil

As pesquisadoras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Sonia Vivian de Jezus e Ethel Leonor Noia Maciel, fizeram um estudo a respeito da saúde de migrantes refugiados no Brasil. Junto com colaboradores nacionais e internacionais, a pesquisa aponta que 8 entre dez refugiados dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnósticos e tratamentos […]

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Migrantes e refugiados no Brasil

As pesquisadoras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Sonia Vivian de Jezus e Ethel Leonor Noia Maciel, fizeram um estudo a respeito da saúde de migrantes refugiados no Brasil.

Junto com colaboradores nacionais e internacionais, a pesquisa aponta que 8 entre dez refugiados dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnósticos e tratamentos de saúde. Os dados dessa pesquisa foram publicados na Revista Latino-Americana de Enfermagem no dia 10 de fevereiro, sexta-feira.

Além disso, o estudo também identificou que algumas doenças crônicas e infecciosas ocorrem mais com a população de refugiados que em brasileiros. Algumas dessas doenças são hipertensão e diabetes, covid-19 e tuberculose. O estudo teve o apoio financeiro da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa

Ao todo, a pesquisa coletou dados de 553 migrantes e refugiados no Brasil, entre as datas de 17 de agosto e 30 de outubro de 2020. Os dados são o resultado de um questionário composto por perguntas em português e espanhol.

Os aspectos analisados pelo questionário foram: dados pessoais, dados sobre migração, populações vulneráveis, dados socioeconômicos, tuberculose, histórico de saúde, covid-19 e seguro e sistema de saúde.

O perfil dos participantes era de estrangeiros, residentes no Brasil e maiores de 18 anos. Os dados sobre a recorrência de doenças registraram a prevalência de 28% de hipertensão, 21% de diabetes, 7% de Covid-19 e 3% de tuberculose.

Esses dados fortalecem a hipótese de que existe uma ocorrência maior destas doenças entre refugiados e migrantes do que na população em geral.

De acordo com as respostas dos participantes, o estudo identificou, entre as vulnerabilidades, que 33,6% dos refugiados no Brasil residem em asilo ou abrigo, 37,6% migraram por causa da situação social de seu país e 32% mencionaram desemprego. Sobre a covid-19, a maior parte dos participantes relataram ter sofrido algum tipo de impacto na renda familiar.

Sobre os refugiados no Brasil

Ainda hoje, não existem políticas específicas para o amparo de migrantes e refugiados no Brasil, apenas iniciativas de direcionamento feitas em parceria com o governo federal. Sonia Vivian destacou a necessidade de as cidades receptoras assegurarem, por meio do SUS, acesso ao serviço de saúde pública.

Apesar da amostragem da pesquisa contar com um número baixo de participantes, comparado ao número real de imigrantes no país, ela ainda pode servir de base para o desenvolvimento de políticas públicas do governo e direcionar ações de profissionais da área da saúde.

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