Narrativas absurdas e inesperadas tem tomado conta da grande maioria das produções cinematográficas, tendo isto em vista, longas que não possuem tais características, dificilmente conseguem vir a público.

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Normalmente, algumas produções são baseadas em um eixo de construir um mundo melhor, sem ter o menor conhecimento sobre o que, de fato, isso seria. De certa forma, aqueles que conferem tais produções possuem uma parte na responsabilidade.

Além disso, há obras que abordam a predatória natureza que, quando menos espera-se, acaba agindo “contra a humanidade”. Sem mencionar nos diversos esquemas fraudulentos de arrecadação de dinheiro, que evoluíram para pragas mundiais e destruíram toda a economia dos países consideravelmente prósperos, resultando diretamente em um cenário miserável e faminto.

Ou, até mesmo, acontecimentos catastróficos que nunca conseguirão representar de forma nítida a grandeza real da natureza.

Sob a ótica de Spiderhead

Em Spiderhead (2022) não há nenhuma diferença. A obra de Joseph Kosinski, diretor responsável por produzir Top Gun: Maverick (2022), também decide abordar o centro da vontade destrutiva, inclusive, a autodestrutiva do ser humano em modificar o mundo e transformá-lo em um lugar melhor.

Nesse sentido, uma sociedade na qual a própria biologia, incluindo o modo de pensar e visualizar as coisas ao redor, são afetadas. Já que o ser humano, muita das vezes, é incapaz de tomar decisões certas, uma vez que, quase sempre, acaba seguindo os seus próprios desejos e impulsos. Os quais são dominados diretamente pela sua própria vontade.

Spiderhead é baseado na narrativa de The New Yorker, produzida por George Saunders. Mesmo que a produção venha recebendo críticas polarizadas, muitos dos espectadores, em geral, tem apreciado a obra, não é à toa que ela conseguiu conquistar o primeiro lugar no Top 10 da plataforma de streaming da Netflix.

Confira a sinopse oficial de Spiderhead

“Em Spiderhead, em um futuro próximo, os condenados terão a chance de se voluntariarem como cobaias em experimentos médicos com finalidade de diminuir sua pena. Quando um dos condenados se submete para o teste de uma nova droga capaz de gerar sentimentos, ele começa a questionar a realidade de suas emoções.”

Destarte, Spiderhead encontra-se disponibilizado na plataforma de streaming Netflix.

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A Netflix pode até tentar fazer de Spiderhead um grande lançamento, mas não se deixe enganar, a produção é um filme pequeno e mais simples.

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Pode parecer fantástico devido ao diretor Joseph Kosinski, que também comandou o grande sucesso Top Gun: Maverick, e pelo elenco formado por Chris Hemsworth, Miles Teller e Jurnee Smollett, mas não é tudo isso.

Na trama, prisioneiros são convidados a participar de testes em um laboratório, onde tem mais liberdade e conforto, em troca de ter a pena reduzida. Estes testes acabam provocando alterações de consciência, como medo irracional ou paixão excessiva por qualquer pessoa que cruze seu caminho.

Quem comanda os testes é o cientista Steve Abnesti, que é vivido por Chris Hemsworth, papel que foge das tramas mais bobas que ele costuma atuar. O ator consegue desempenhar o papel de megalomaníaco muito bem, dando emoções reais ao personagem, que parece muito machucado e humano, tornando-o muito assustador.

E essa é a melhor parte da produção: suas atuações. Pois o filme pode até se considerar uma ficção científica, porém, esta parte da trama é muito simples. O maior acerto de Spiderhead está no drama das atuações e nas explosões de emoções feitas por eles.

O diretor consegue captar muito bem isso, com um ótimo enquadramento de câmera nos diálogos, criando até um efeito mais adequado para os diálogos brincalhões escritos por Paul Wernick e Rhett Reese.

Kosinski e o elenco de qualidade conseguem dar ao filme uma narrativa boa de ser assistida, apesar de insistirem em se colocar como uma narrativa profunda. Mas, o roteiro é interessante ao mostrar a superioridade e emoção impecável, mesmo que fabricada.

O filme é bom, permite algumas reflexões interessantes, mas, por se achar mais do que realmente é, torna-se frustrante. Entretanto, serve muito bem como um testemunho da humanidade com boas atuações.

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Chris Hemsworth se tornou um dos queridinhos dos filmes originais da Netflix. Em 2020, ele participou de Resgate – que é um dos filmes originais mais assistidos da plataforma, agora protagoniza mais um filme original do streaming, que traz o nome de Spiderhead.

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A trama se passará em um futuro próximo, o experimento em questão utilizará uma droga capaz de controlar emoções e sentimentos. Mas um dos voluntários passa a questionar sobre a realidade daquelas sensações, quando está lutando contra seu passado e passa a sentir uma conexão por outro.

O filme é baseado em um conto de George Saunders, que se chama Escape from Spiderhead, que foi lançado em 2010. Em 2019, foi anunciada a adaptação do livro, já em 2020 passou a ser filmada.

Entre os locais de gravação, estão Queensland, na Austrália, Gold Coast, Darlington e Whitsundays, que é um popular destino turístico.

Considerado um thriller de ficção cientifica, Spiderhead foi dirigido por Joseph Kosinski, com roteiro de Rhett Resse e Paul Wernick. No elenco, além de Chris Hemsworth, temos nomes como Miles Teller, Tess Haubrich, Jurnee Smollett, Bebe Bettencourt, Mark Paguio e Ashley Lawrence.

Como todos os filmes originais Netflix, este também não teve uma estreia no cinema, entrando diretamente no catálogo do streaming. O filme já está disponível desde o dia 17 de junto, hoje está em primeiro lugar dos filmes mais assistidos da Netflix.

Se ainda não assistiu, corre que vale muito a pena!

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