A ideia de que possuímos apenas cinco sentidos está enraizada em nossa sociedade há séculos, desde os tempos de Aristóteles, visto que são evidentes para nós.

No entanto, uma pesquisadora, chamada Jackie Higgins, nos convida a repensar essa concepção e reconhecer a diversidade e complexidade dos sentidos que possuímos.

Nova teoria sobre sentidos humanos surpreende

Em seu livro ‘Sentient’, Higgins defende a ideia de que temos 12 sentidos, além dos cinco tradicionalmente conhecidos: visão, audição, olfato, paladar e tato.

Esses novos sentidos incluem a capacidade de perceber cor, prazer e dor, desejo, equilíbrio, tempo, direção e corpo/propriocepção.

Cada um desses sentidos desempenha um papel fundamental em nossa forma de perceber e interagir com o mundo ao nosso redor.

Livro de Higgins, ‘Sentient’, onde aborda com mais detalhes o assunto. – Imagem: Washington Post/Reprodução

O sentido da cor nos permite ver e apreciar, por exemplo, a vasta gama de tonalidades presentes em nosso ambiente. O prazer e a dor nos alertam sobre os estímulos positivos e negativos que encontramos, enquanto o desejo, regido pelos feromônios, nos ajuda a atrair potenciais parceiros.

O equilíbrio nos permite manter uma postura estável e ereta, enquanto o sentido de tempo está relacionado ao nosso relógio biológico e ao ritmo cíclico de vigília e sono.

Além do mais, Higgins aborda a diversidade de percepções sensoriais existentes entre diferentes espécies. Ela destaca, assim, como os animais podem ver cores de maneiras distintas e como isso nos permite imaginar um mundo visualmente diverso do nosso.

Essa variedade de sentidos nos leva a refletir sobre a complexidade do mundo em que vivemos e a importância de valorizar e explorar todas as formas de percepção sensorial disponíveis.

Embora a lista de 12 sentidos proposta por Higgins possa não ser consensual entre todos os especialistas, ela nos convida a ampliar nossa compreensão e apreciação da diversidade sensorial presente em nós e no mundo ao nosso redor.

Ao reconhecer a existência de múltiplos sentidos, somos incentivados a explorar e valorizar as diferentes formas de percepção que nos ajudam a compreender e interagir com o ambiente em que vivemos.

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A realidade virtual é uma tecnologia aplicada a jogos e atividades, permitindo a experimentação dos usuários em situações que aparentam ser reais.

Ao longo dos anos, ela conseguiu conquistar diferentes atualizações, mas algo ainda não imaginado está próximo de se tornar acessível. Uma empresa japonesa desenvolveu uma tecnologia de sensibilidade para realidades virtuais.

Aproximação entre o real e o virtual

Quem nunca assistiu a um filme ou jogou um game e teve vontade de se sentir parte dele? A tecnologia atual permite a mistura da ficção com o real e possibilita aos usuários conhecer mais sobre esse mundo fantástico.

Ultrapassando todos os níveis até hoje alcançados, uma empresa japonesa desenvolveu uma tecnologia de sensibilidade para realidade virtual. A H2L Technologies é a responsável pela criação de um dispositivo que permite experimentar múltiplas sensações na realidade on-line.

Como funciona o dispositivo?

Por meio do aparelho, serão enviados sinais elétricos que induzirão o cérebro a gerar as sensações. Algumas delas são: prazer, dor, frio, entre outras. Essa iniciativa tem como uma das maiores incentivadoras a Sony.

O fundador da startup é Emi Tamaki e ele contou um pouco em entrevista sobre como surgiu a ideia para esse projeto. Tamaki possui algumas limitações devido a problemas cardíacos, por isso não consegue experimentar tudo o que deseja.

Nesse sentido, ele resolveu focar os estudos na criação de um produto que permitisse, não só a ele, mas a todos que se encontram em algum tipo de restrição, experimentar novas sensações.

O desenvolvedor compartilhou que essa tecnologia permitirá ainda mais imersão daqueles que a utilizarão. Quanto mais sensações disponíveis, maior será a proximidade com o real.

As relações virtuais de afeto podem ser importantes quando, por exemplo, um abraço a distância for necessário. Todos desejarão sentir-se o mais próximo possível do abraço presencial.

Esse é um caminho ainda não estudado ou desenvolvido justamente pela complexidade exigida. Mesmo com a ajuda de grandes empresas como a Sony, esse resultado pode ser apresentado ao consumidor final apenas daqui a alguns anos.

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