Assistir a um filme que tenha um cachorro quase sempre é uma experiência agridoce. Afinal, desde o momento em que apertamos o play, somos envolvidos por uma mistura de emoções ao embarcar em uma jornada cheia de alegria e, possivelmente, tristezas também.

Logo nos primeiros minutos de um filme, vemos um lindo cahorrinho, que provavelmente é o protagonista, muitas vezes um animal adorável e bem simpático.

A partir disso, encantamo-nos com suas travessuras, lealdade e capacidade de amar incondicionalmente seus tutores. É como se nos tornássemos parte de sua matilha e tivéssemos a oportunidade de ver de perto cada momento feliz da vida do bichinho.

À medida que a trama se desenvolve, começamos a perceber que a vida desse cachorro está longe de ser um mar de rosas. E é nesse ponto que a criatividade rola solta e as pessoas choram nos mais diversos tipos de produções.

É comum que as partes emocionantes mexam muito com nosso emocional. Afinal, nos vemos tendo que lidar com nossos próprios sentimentos de tristeza, que acabam servindo como gatilhos para algum acontecimento triste em nossa vida.

Um site já foi criado para ajudar os sofredores

Pensando em todo esse contexto, um site chamado Does the Dog Die? foi desenvolvido para alertar se o filme que você está pensando em assistir tem ou não a morte de algum doguinho ao longo da produção.

Para experimentar, basta entrar no site e colocar o nome do filme desejado na caixa de pesquisa. Se ele estiver listado no site, irá mostrar se o filme contém ou não momentos dolorosos com animais.

Fácil, não é? Agora, se você está pensando em assistir a algum filme, mas não sabe se tem ou não alguma cena triste envolvendo cachorros, é só pesquisar.

Lembrando que o site ainda informa se o filme contém ou não cenas muito pesadas emocionalmente.

Os filmes mais tristes com cachorros

Cena do filme ‘Sempre ao Seu Lado’ – Imagem: Reprodução

Quanto aos filmes que, todos nós sabemos que nos farão chorar litros, temos ‘Sempre ao Seu Lado’, que é uma montanha-russa de emoções do começo ao fim.

Você se apega tanto ao Hachiko e ao vínculo com o tutor que, quando chega o desfecho, é difícil segurar as lágrimas.

Outro que é de partir o coração é ‘Quatro Vidas de um Cachorro’. Ver a história se repetir várias vezes com o Bailey, sempre reencarnando e encontrando seus tutores de novo, é de acabar com qualquer um.

Afinal, nos apegamos a cada nova vida que ele vive, e quando chega ao final, é como se a gente tivesse passado por todas essas jornadas juntos.

E claro, não dá para esquecer de ‘Marley e Eu’. Esse filme é um misto de emoções, já que você ri e se diverte no começo, mas, no fundo, sabe que o inevitável está chegando.

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A sétima arte tem o poder único de despertar nossas emoções, transportando-nos para mundos fictícios e, por vezes, revelando histórias reais que nos comovem profundamente. “Sempre ao Seu Lado“, um filme que conquistou audiências em todo o mundo, é um exemplo perfeito dessa capacidade.

No entanto, por trás dessa obra cinematográfica de grande sucesso, esconde-se uma história real, repleta de tristeza e lealdade, que merece ser eternizada.

A história real que inspirou o filme ‘Sempre ao Seu Lado’

Imagens: ‘Sempre ao Seu Lado’/Reprodução (esq.); Domínio Público/Wikimedia Commons (dir.)

A história real que inspirou o filme “Sempre ao Seu Lado” é um relato comovente de lealdade e amor incondicional entre um homem e seu fiel cão. A produção foi inspirada na vida de Hachiko, um Akita japonês, e seu dono, o professor universitário Hidesaburo Ueno, que viviam em Tóquio, Japão, na década de 1920.

A história começa quando o professor Ueno adota Hachiko ainda filhote. Os dois rapidamente desenvolvem um vínculo profundo e inseparável.

Todos os dias, Hachiko acompanhava o professor até a estação de trem de Shibuya, onde ele embarcava para ir ao trabalho. Todas as tardes, o cão leal estava lá novamente, esperando ansiosamente o retorno de seu amado dono.

No entanto, a tristeza e a tragédia se instauraram na história quando o professor Ueno faleceu inesperadamente durante uma de suas aulas, deixando Hachiko esperando em vão na estação de trem por anos. Apesar da ausência de seu mestre, o cão continuou a esperar fielmente no mesmo local, dia após dia, por quase uma década.

O comovente drama de Hachiko tocou o coração de muitos na comunidade de Shibuya. Assim, todos começaram a cuidar do cão enquanto ele aguardava seu dono. Finalmente, em 1935, Hachiko também partiu, reunindo-se com seu amado professor.

A história de Hachiko, com sua dedicação inabalável ao seu dono, tornou-se um símbolo de lealdade, amor e perseverança no Japão e em todo o mundo.

O filme “Sempre ao Seu Lado”, estrelado por Richard Gere e lançado em 2009, imortalizou essa história tocante. O longa recorda o profundo vínculo que pode existir entre humanos e seus animais de estimação, mostrando como o amor transcende a vida e a morte.

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O filme “Sempre ao Seu Lado” é um sucesso no cinema e protagonizado por Richard Gere. A história apresentada no filme mostra um professor universitário que, um dia, voltando de seu expediente, encontra um filhotinho de Akita e decide adotá-lo.

O cachorro cresce e continua sempre sendo seu melhor amigo, o esperando todos os dias voltar do trabalho, até depois que Wilson morre.

O filme é baseado em uma história real que aconteceu no Japão entre 1925 e 1935. O dono de Hachiko tinha o nome de Hidesaburo Ueno na vida real.

História real dos bons amigos

O Akita nasceu em uma fazenda em 1923, no dia 10 de novembro, e só foi no ano seguinte que o cãozinho conheceu seu dono, Hidesaburo.

Hidesaburo era professor universitário na Universidade Imperial de Tóquio e morava na capital japonesa. O bairro de Ueno se chamava Shibuya e, todos os dias, Ueno tinha de ir até a estação de Shibuya. Mesmo sendo pequenino, Hachiko já acompanhava seu dono.

Ueno saía pela manhã e Hachiko o esperava até o horário que ele chegava à tarde. Assim, depois de se encontrarem, iam juntos para casa. Essa era a rotina diária dos dois melhores amigos!

Até que um dia, em 1925, as coisas mudaram tragicamente, para infelicidade de Hachiko. Seu dono Ueno, em um dia comum de trabalho, durante uma aula, teve uma hemorragia cerebral e não resistiu.

No dia em que Ueno faleceu, havia um amigo o esperando sem saber de nada do que tinha acontecido. Esse amigo era Hachiko, que estava atento na estação esperando pelo seu dono que descia todos os dias às três horas da tarde.

Todos os dias e ‘Sempre ao Seu Lado’

Um pouco depois que Ueno já havia falecido, Hachiko foi doado para outra família. Não é como se a nova família não o amasse, mas Hachiko fugia todos os dias.

E para quem está se perguntando para onde o cãozinho ia, não é muito difícil de imaginar. Basta se lembrar da estação de Shibuya, pois era lá que Hachiko estava. Era para lá que ele ia todos os dias ao fugir no mesmo horário. Esperando por Ueno que não podia mais voltar, não tinha como voltar!

O cachorro, embora com um propósito único e muito inocente, não era bem interpretado pelas pessoas que trabalhavam na estação de trem, que, por sua vez, ficavam tentando impedi-lo de entrar na estação, procurando formas de retirar Hachiko dali.

Mesmo assim, o amigo leal não se intimidava e continuava retornando, todos os dias. Foi só depois de algum tempo que os funcionários conheceram o propósito de Hachiko.

Isso se deu, pois os funcionários ficaram curiosos acerca do porquê o cachorro ia todos os dias para o mesmo lugar, ficar solitário olhando para os trilhos. Após conhecerem a história de Hachiko, eles conseguiram entender.

Assim, pegos de surpresa e se compadecendo da história de Hachiko, eles passaram a dar comida, água e, às vezes, um olhar caloroso e consolador para o cão.

Hachiko já tinha um destino marcado em sua programação todos os dias, por semanas, meses e anos. Logo, a história dele se espalhou e foi assim que se tornou amplamente conhecida por todos.

Hachiko chamou tanta atenção que um dos alunos de Ueno ficou sabendo da história e precisou ir até a estação de trem de Shibuya para comprovar tudo por si mesmo. Quando ele desceu, quem estava lá? Hachiko, sentado e observando!

Saito, o aluno que havia ido até a estação e encontrado Hachiko, publicou a história na mídia. Assim que a narrativa saiu em um jornal, se espalhou por todo Japão, tornando-se uma espécie de amuleto para os japoneses, um amuleto que representa a lealdade.

Foi em 8 de março de 1935 que Hachiko se foi, depois de nove anos e nove meses indo todos os dias esperar por seu dono que não voltava. Hachiko morreu de câncer, com 11 anos de idade, mas podemos dizer que ele ainda vive na memória de cada um que conhece sua história!

Até mesmo depois da morte, os dois continuaram juntos, já que o cachorro foi cremado e teve suas cinzas colocadas ao lado do túmulo de Ueno. Quando morreu, Hachiko ganhou diversas manchetes dentro e fora do Japão, uma vez que sua vida era tão conhecida.

Logo, o mundo ficou sabendo da história de uma das amizades mais sinceras que pudemos conhecer.

Anos depois, em 1987 que a história foi adaptada pelo cinema pela primeira vez, mas foi só em 2009 que o filme com Richard Gere foi lançado. A adaptação de 2009 seguiu muito mais a história original do que a versão antiga, por isso, foi também a mais famosa.

Hachiko ganhou uma estátua no cruzamento mais famoso de Tóquio, o cruzamento Shibuya, e pode ser observado pelos muitos turistas que vão ao encontro da estátua para admirar a braveza do fiel e leal amigo de Ueno.

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