Na era digital, em que a presença online é quase uma extensão da nossa identidade física, salvaguardar informações pessoais tornou-se uma necessidade imprescindível.

A exposição de dados pessoais pode ocorrer por diversos meios, colocando em risco a segurança e a privacidade dos indivíduos.

Diante deste cenário, compartilhamos dicas sobre como acessar e gerenciar de forma eficaz os próprios rastros digitais.

Segurança cibernética é algo indispensável hoje em dia – Imagem: Impreza Host/Reprodução

Vulnerabilidades comuns e suas consequências

Anualmente, aproximadamente 300 milhões de pessoas são impactadas por violações de dados, o que expõe desde informações financeiras, como detalhes bancários e números de cartões de crédito, até dados sensíveis, como números de Seguro Social, endereços residenciais e registros médicos.

Tais violações não só comprometem a privacidade do indivíduo, mas também oferecem a cibercriminosos a oportunidade de construir perfis detalhados de potenciais vítimas, aumentando o risco de ataques direcionados.

Como saber se seus dados foram vazados

Infelizmente, ainda não existe uma solução universal, porém, há alguns recursos disponíveis para descobrir quais informações pessoais estão acessíveis e se um cibercriminoso está as usando contra você; confira!

Confira se há vazamentos de seus dados

Uma medida inicial recomendada é a verificação de possíveis exposições de e-mail e senha. Serviços online como ‘Have I Been Pwned?’ e ‘Have I Been Zuckered’ permitem aos usuários rastrear se suas informações já foram comprometidas.

Verifique se suas senhas são íntegras

A Kaspersky, famosa pela sua proteção contra vírus em computadores e dispositivos móveis, possui um site dedicado a medir quão segura uma senha é, além de verificar se já foi exposta em algum vazamento. A ferramenta é gratuita e está disponível neste site.

Como se proteger de vazamentos de dados

Se você emprega as mesmas ou senhas semelhantes para todos os aplicativos e sites, elas podem ser comparadas para ver se há um padrão. Portanto, agora mais do que nunca, é importante fazer isto.

Utilizar senhas únicas e fortes

A repetição de senhas aumenta exponencialmente o risco de ataques cibernéticos. Por isso, evite repeti-las em diferentes serviços.

Cada conta deve ter uma senha única e complexa, o que minimiza o risco de acesso não autorizado caso uma delas seja comprometida.

Adotar gerenciadores de senhas

Aplique um gerenciador de senhas confiável para criar e armazenar senhas fortes para todas as suas contas.

Esses aplicativos também podem gerar senhas aleatórias e difíceis de adivinhar, aumentando a segurança das suas contas online.

Habilitar a Autenticação de Dois Fatores (2FA)

Sempre que disponível, ative a autenticação de dois fatores para suas contas online. Isso adiciona uma camada extra de segurança, exigindo não apenas a senha, mas também um código único enviado ao seu telefone ou gerado por um app.

Revisar suas configurações de privacidade regularmente

Reveja as configurações de privacidade em todas as suas contas de mídia social e outros serviços online regularmente.

Isso inclui quem pode ver suas postagens, suas informações de contato e outros conteúdos pessoais.

Educar-se sobre segurança cibernética

Mantenha-se informado sobre as melhores práticas de segurança cibernética e as últimas ameaças online.

Participar de treinamentos e webinars sobre segurança digital pode fornecer conhecimentos valiosos para proteger suas informações pessoais.

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No momento em que um novo filme do universo de ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’ é lançado nos cinemas, surge uma realidade desconfortável para aqueles que não residem em áreas metropolitanas com acesso fácil às salas de cinema.

Incapazes de comparecer ao local mais próximo, muitos, ansiosos para assistir à produção, recorrem a métodos ilícitos, como a pirataria.

No entanto, esse anseio pelo entretenimento abre brechas para que criminosos aproveitem a situação. Isso porque, ao buscarem alternativas para assistir ao filme de forma online, os usuários desavisados tornam-se alvos vulneráveis.

Nesse cenário, os golpistas aproveitam para aplicar seus truques, comprometendo a segurança digital dos internautas e roubando seus dados.

Isso é o que está acontecendo com algumas pessoas que tentam assistir a ‘Wonka’, o novo filme da Warner Bros.

Timothée Chalamet interpretando o personagem Willy Wonka – Imagem: Jaap Buittendijk/Warner Bros./Reprodução

Golpe: como o roubo de dados ocorre?

Atualmente, a prática de roubo de dados ocorre por meio de um site aparentemente inofensivo chamado SurveyMonkey, conhecido por fornecer pesquisas e questionários online gratuitos.

Este site torna-se uma isca atraente para aqueles que desejam assistir a um filme recém-lançado. Ao clicar no link fornecido, o usuário é redirecionado para uma página na qual são solicitadas informações pessoais.

Aparentemente sem nenhum problema, essas solicitações são, na verdade, uma artimanha para a obtenção de dados pessoais.

Em vez de proporcionar acesso ao filme ‘Wonka‘, o link malicioso atua como uma porta aberta para o roubo de informações, expondo os usuários a riscos significativos de segurança online.

A ideia que o usuário tem é de que está criando uma conta para poder assistir ao filme, sendo solicitadas informações como nome, endereço e número de telefone.

Por meio desses dados, os criminosos conseguem criar contas bancárias em nome dos indivíduos para obter dinheiro, e contas como essas tendem a ser muito difíceis de encerrar.

Sem esquecer de mencionar que os dados pessoais podem ser vendidos em fóruns desconhecidos.

Mais sobre ‘Wonka’, novo filme da Warner

A história será baseada no livro ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’, escrito pelo autor britânico Roald Dahl. A obra é uma comédia musical.

Na trama, conheceremos as origens da história do jovem Willy Wonka, interpretado por Timothée Chalamet.

O primeiro filme inspirado no livro foi lançado em 1971 e, mais tarde, ganhou um novo remake com Johnny Depp em 2005. Entretanto, a nova produção apresentará uma versão inédita do personagem.

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Flipper Zero é um dos aparelhos mais comentados e famosos no TikTok atualmente. Por isso, não é incomum estar deslizando a timeline do aplicativo e se deparar com algum vídeo ensinando um truque que pode ser feito com o Flipper Zero.

Para quem ainda não viu um vídeo sobre ele, ou não sabe do que estamos falando, trata-se de um aparelho considerado multifuncional. Inclusive, ele é capaz de acessar redes de internet sem fio.

O aparelho pode emitir radiofrequência, parece um brinquedo e pode copiar informações de quase qualquer lugar, e é aí que mora o perigo. Por ser usado de forma ilícita por algumas pessoas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o proibiu no Brasil.

A proibição

O aparelho não poderá ter comercialização no País, isso porque, conforme a Anatel esclareceu, muitos usam o aparelho ilicitamente, e isso pode contribuir para crimes como roubo de informações importantes e pessoais.

A apresentação do produto no mercado e sua descrição soa como tendenciosa e apoia em parte as alegações feitas pela Anatel. A descrição do produto diz:

“Ele adora hackear coisas digitais, como protocolos de rádio, sistemas de controle de acesso, hardware e muito mais. É totalmente de código aberto e personalizável, para que você possa usá-lo da maneira que desejar.”

Um exemplo do que o aplicativo pode fazer está em um vídeo no TikTok. Na publicação, há o relato de como um usuário do aparelho pegou um cartão que recebeu para abrir a porta do condomínio onde mora e conseguiu copiar o código em chaveiros RFID comprados na internet.

Nos Estados Unidos, o aparelho custa US$ 200, e no Brasil, R$ 1.700. Desde 2019, houve a venda de 150 mil cópias do aparelho.

Até o momento, a Anatel mantém sua decisão a respeito do aparelho, alegando que, por ser capaz de clonar sinais de NFC, RFID e outras radiofrequências, o Flipper Zero oferece um perigo aos cidadãos, colocando-os em situação de risco.

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De acordo com dados do X-Force Threat Intelligence Index 2023, da IBM Security, o índice do roubo de dados no Brasil cresceu 32% no ano passado em relação a 2021. Seguido de vazamento e destruição de dados, com 22%. De todas as regiões que a equipe de segurança da IBM atende, o Brasil foi responsável por 67% dos casos de ciberataques.

O documento também acompanha tendências e padrões de ataques virtuais. De acordo com os dados da IBM, o varejo tem sido o setor mais afetado por ciberataques no Brasil, fazendo do País a quarta região mais atacada do mundo.

Em 2022, roubos de dados como phishing e coleta de credenciais foram os mais comuns. Essa parece ser uma nova tendência dos hackers, que parecem ter mais interesse em informações pessoais para venderem a preços altos na deep web.

Tipos de roubos de dados

Conversas de e-mail têm sido muito usadas por hackers para aplicar golpes, com índice dobrando no mundo todo. Somente na América Latina, o sequestro de e-mails representa 11% dos ciberataques do mundo.

Como grandes empresas possuem sistemas de cibersegurança robustos, os golpistas focam em setores, empresas e regiões mais vulneráveis. Eles lançam mão de extorsão e pressão psicológica para forçar as vítimas a pagarem para ter seus dados de volta. No total, 27% dos ciberataques estavam relacionados à extorsão.

No entanto, roubos de dados do tipo ransomware caíram a 4% em nível global no ano de 2022 em relação ao ano anterior. Essa redução se deve à maior taxa de sucesso na identificação e prevenção desses ataques. Desse total, 12% dos casos aconteceram no Brasil.

Só para especificar, em um golpe do tipo rasonware, um vírus “sequestra” os dados no computador da vítima, por meio de criptografia. Os hackers bloqueiam o acesso do usuário a esses dados e cobram o resgate em criptomoedas, o que torna praticamente impossível rastrear a origem do golpe.

No entanto, os golpistas estão sempre inovando. Por exemplo os hackers têm agentes que conseguem roubar os dados de acesso a backdoors – brechas de segurança que permitem o acesso remoto a sistemas. O relatório da X-Force diz que esses dados são vendidos na dark web a US$ 10 mil.

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Invasores cibernéticos invadiram o sistema do jogo “LOL” ou “League of Legends“, do game “Teamfight Tactics” e roubaram o código-fonte de ambos.

Através das redes sociais, a empresa responsável pelo jogo, Riot Games, anunciou que tinha passado por um ataque e que, pasme, este não era desconhecido, porque reconheceu que os invasores utilizavam o mesmo método que foi usado da última vez, conhecido como material GTA 6.

Get #TheUnlock by starting your next game with #XboxGamePass. Play any Agent, champion, 100+ Little Legends, and all Foundations cards on day one. The rest is in your hands.

More info https://t.co/kqY6QY7did pic.twitter.com/OnAPil1DpN

— Riot Games (@riotgames) January 19, 2023

A empresa afirma também que nenhum dado dos usuários foi roubado, no entanto, alega que isso pode, sim, interferir no jogo.

Quais serão as consequências do roubo?

A Riot Games continua procurando os responsáveis e afirma que, nos jogos, os jogadores podem encontrar novas armadilhas e cheats. A empresa também alerta que podem ocorrer alterações no ciclo de “LOL” ou “Teamfight Tactics”.

A empresa terminam sua nota dizendo que esperam resolver a questão em breve e, assim que possível, informarão aos jogadores os próximos passos.

Quem é o responsável pelos ataques?

Algumas informações sobre a identidade do possível hacker já circulam na internet.

Segundo as descobertas mais recentes, se trata de um jovem de 16 anos que tem outros codinomes. Além do golpe GTA 6, ele é chamado também de Teapot tuber hacker e White.

Há também suspeitas de que ele seja integrante de um dos grupos mais perigosos de cibercriminosos atualmente, o Lapsos Group.

O caso teve repercussão global e, segundo alguns anônimos que fazem parte de um fórum na internet, o jovem teria compartilhado no Telegram que era o responsável pelo ataque, mas apagou tudo quando viu que isso poderia levá-lo a ficar exposto para o mundo.

Jornais internacionais já divulgaram que ele pode fazer parte de um grupo de jovens entre 16 a 21 que haviam sido presos no Reino Unido. Mas foram soltos por se tratar de menores.

Eles foram liberados, mas continuam sob investigação, suspeita-se que o ataque feito à Uber em 19 de setembro de 2022 também tenha sido ocasionado por White.

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