A Warner Bros. Unscripted Television, em colaboração com a DC e This Machine, anunciou a produção de um documentário sobre a Revista MAD, uma das publicações mais influentes no mundo do humor.

Sob direção de Jessica Yu, o filme promete mergulhar na origem, no desenvolvimento e no impacto cultural da revista nos Estados Unidos e além.

Mais sobre o documentário sobre a Revista MAD

Lançada em 1952, a MAD foi idealizada por William Gaines e Harvey Kurtzman. Sua abordagem única e mordaz de satirizar eventos culturais e sociais a colocou em uma posição de destaque no jornalismo humorístico.

A revista não apenas entreteve gerações, mas desafiou seus leitores a encarar a realidade com um olhar crítico, especialmente em relação às autoridades e convenções sociais.

A MAD é notável também por ter servido de plataforma para diversos artistas talentosos. Nomes como Aragonés, Don Martin, Dave Berg, Antonio Prohías, Peter Kuper e Wally Wood contribuíram significativamente para o sucesso e a estética da revista.

No Brasil, a MAD chegou nas décadas seguintes ao seu lançamento, passando pelas mãos de editoras como Vecchi, Record, Mythos e Panini.

Este documentário surge em um momento em que o humor e a sátira são reconhecidos como ferramentas poderosas de comentário social.

Através da lente de Jessica Yu, os espectadores terão a oportunidade de entender melhor como a MAD moldou a percepção e a crítica social ao longo das décadas.

Imagem: DC/Reprodução

Um fato notável sobre a MAD é sua controversa história, incluindo a proibição pelo governo dos Estados Unidos e investigações do FBI, que a acusaram de incitar comportamentos delinquentes entre os jovens.

No Brasil, sua publicação começou no início dos anos 1970, passando por várias editoras como Vecchi, Record, Mythos e Panini, antes de ser cancelada.

O documentário promete oferecer uma visão detalhada da influência e evolução da revista MAD, um marco no jornalismo humorístico e na crítica cultural.

A produção ainda não tem uma data de lançamento definida, mas é aguardada com expectativa pelos fãs da revista e entusiastas da cultura pop.

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Em Nova Iorque, na última segunda-feira (10), Al Jaffee, influente cartunista da revista estadunidense Mad, faleceu aos 102 anos de idade. Segundo informações repassadas para a imprensa, o artista morreu de causas naturais, devido à falência de múltiplos órgãos.

No ano de 2016, o cartunista foi reconhecido pelo Guinness World Records como o artista com a carreira mais longa nas HQs. Ao todo, ele trabalhou durante 76 anos.

Neste vídeo para a Gothamist, Jaffee faz uma breve memória de sua carreira, confira (o vídeo está disponível somente com legendas automáticas em inglês):

Sobre Al Jaffee

Abraham Jaffee nasceu na Geórgia, Estados Unidos, no dia 13 de março de 1921. Jaffee era filho de imigrantes judeus vindos da Lituânia. Ele receberia o apelido de Al anos depois, quando mudou seu nome durante o serviço militar.

Antes disso, no final dos anos de 1930, Jaffee foi para a High School of Music & Art. Mas seu primeiro trabalho no mundo das HQs só veio em 1941, na sétima edição de Military Comics, com a publicação de uma paródia do Super-Homem, chamado InferiorMan.

Depois de uma longa carreira – deveras 76 anos –, Al Jaffee anunciou sua aposentadoria em 2020. Na ocasião, a revista Mad realizou a publicação de uma edição especial em sua homenagem.

Informação curiosa, ele nunca trabalhou como contratado efetivo do time de publicação da Mad. Ele atuou sempre como freelancer ao longo dos anos de contribuição com a revista.

Revista Mad

A participação de Al Jaffee na Mad faz muito sentido quando entendemos que ela é uma revista de humor satírico. As contribuições do artista foram como cartunista, usando o tom satírico desse estilo para abordar questões político-econômico-sociais ao longo dos anos.

A revista foi fundada em 1952 pelo empresário William Gaines e pelo editor Harvey Kurtzman – com quem Jaffee estudou na década de 1930. O objetivo da revista era abordar de forma satírica todos os aspectos da cultura popular americana.

Mad se tornou uma revista muito imitada e influente na paisagem cultural do século XX, impactando a mídia satírica. Ao longo dos seus 64 anos de atuação intensa – e impressa –, entre 1952 e 2018, a revista publicou 550 edições regulares, bem como centenas de reimpressões e outros projetos de impressão.

A partir de 3 de julho de 2019, a revista anunciou que não seria mais vendida nas bancas até ao final do ano. Agora, a revista conta com um número especial de fim de ano e as edições futuras não mais trariam novos conteúdos. As próximas edições serão focadas no conteúdo clássico da história de 67 anos da publicação.

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