A evolução da tecnologia possibilitou a migração de diversos serviços, produtos e até costumes e práticas para o meio virtual. Nas últimas décadas, temos observado uma revolução significativa em todas as áreas sociais e econômicas, especialmente no que diz respeito à circulação de capital e dinheiro, que passa atualmente pela digitalização das moedas.

Essa inovação é adotada em todo o mundo e reformula as interações financeiras, bem como a visão do que é dinheiro, substituindo a versão física pela digital.

Atualmente, o Brasil está lidando com uma transformação econômica e se preparando para receber o novo modelo digital de sua moeda: o Real Digital. Mas como isso impactará a vida dos brasileiros e quais são os benefícios trazidos pela proposta do Banco Central do Brasil?

Impacto do Real Digital na vida dos brasileiros

Foto: Dock Tech/Reprodução

Até o final de 2024, o Banco Central do Brasil planeja implementar sua moeda digital, levando a economia do país para uma nova era evolutiva de transações virtuais mais seguras, rápidas e acessíveis.

Segundo o órgão federal, as operações financeiras serão beneficiadas, pois permitirão maior praticidade em compras, transferências e até investimentos, sem a necessidade de um processo burocrático com diversos passos de conversão. A segurança dos brasileiros será garantida pelo uso de sistemas blockchain.

Além disso, a nova forma de utilizar o dinheiro aumenta a comodidade, evitando o estresse de andar com cédulas físicas e somando ou trocando valores para se adaptar aos preços de mercado.

Criptomoeda brasileira?

Vale destacar que o Real Digital não será uma criptomoeda, mas sim uma versão virtual de valor equivalente ao real. O fato é que as criptomoedas não são regulamentadas pelo Banco Central, ao contrário do que ocorre com a moeda digital.

Esta será a primeira CBDC (Central Bank Digital Currency) do Brasil e não poderá ser sacada em forma de dinheiro físico, isto é, notas de papel.

Portanto, além de trazer inovação tecnológica para os habitantes do país e se equiparar a outras nações que já implementaram suas respectivas versões digitais, a novidade representa um passo adiante para a sustentabilidade, reduzindo ainda mais a produção de cédulas.

De acordo com o Banco Central, apenas 3% do dinheiro usado em operações no Brasil é composto por cédulas de papel. Isso significa que o processo de digitalização já começou, e essa ação apenas regulamenta um método mais eficiente de utilização do dinheiro.

Diante dos próximos passos da economia do país e o rumo para mais uma era digital, é importante manter-se informado sobre as perspectivas econômicas e o futuro das transações nacionais. Sendo assim, prepare-se para uma nova evolução da vida financeira.

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Houve um tempo em que moedas digitais eram o terror de muitas pessoas. Um conteúdo totalmente desconhecido e inseguro. Porém agora isso não é mais uma realidade para muitas pessoas ao redor do mundo e nem mesmo para brasileiros.

Recentemente, houve uma notificação de que o Brasil está desenvolvendo o Real Digital, uma moeda que pretende ser muito mais utilizada do que a função Pix, que fornece um pagamento instantâneo.

Ao menos essa é a visão que os especialistas estão tendo, principalmente, o diretor de Banking, Financial Services & Insurance (BFSI), Luiz Fernando Maluf.

Esse será o primeiro passo rumo a uma tendência digital que está sendo seguida por milhares de instituições bancárias ao redor do globo. Segundo Maluf:

“Há fortes indícios de que a adoção do Real Digital ocorrerá numa velocidade ainda maior que aquela verificada quando da implementação do Pix, e resultará em novos modelos de negócios para as instituições financeiras e para os consumidores em vários segmentos da economia”.

A aceitação do Pix

Não é nenhuma novidade que a função Pix foi muito amada pelos brasileiros. Hoje, é quase impossível ir a um local e não encontrar um QR Code exposto na bancada ou até mesmo um CPF ou CNPJ para realizar uma transação instantânea.

Com um pouco mais de dois anos, já em uso geral, o Pix conta com um total próximo a 25 bilhões de transações. Segundo Maluf, essa é uma fase incrível, na qual inúmeros brasileiros entraram em uma nova era digital na vida financeira. Além de não conter taxa adicional na hora da transação, o Pix ainda é muito mais seguro.

Contribuindo com um novo projeto

Um bom número de instituições brasileiras toparam fazer parte dessa etapa inicial da criação do Real Digital a fim de experimentar como será o processo de implantação desse novo recurso.

Maluf ainda ressaltou que, nesse projeto, o Banco Central buscou realizar o acréscimo da nuvem computacional, sem mencionar empresas que prestam serviço envolvendo criptomoedas, como o caso da Hyperledger. Essas novidades permitirão que o processo de uso do Real Digital seja muito mais seguro.

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O Real Digital, a versão virtual da moeda brasileira, está previsto para entrar em circulação em todo o país no final de 2024 ou no início de 2025.

De acordo com informações do Branco Central do Brasil (BCB), a moeda começa a sua fase de testes agora, nas primeiras semanas de março, antes de ser disponibilizada para o público.

Os testes com a moeda serão realizados num ambiente simulado, então não vão envolver movimentações e transações com valores reais. A intenção dos testes é verificar a qualidade do programa que será usado pela população para gerenciar o dinheiro.

O sistema virtual vai funcionar com ativos tokenizados (chave eletrônica de acesso seguro). Esses ativos vão operar de acordo com os contornos legais de sigilo, proteção de dados e medidas de prevenção à lavagem de dinheiro.

O projeto de teste com o Real Digital terá a participação de usuários finais por meio de depósitos tokenizados que serão gerenciados por instituições financeiras, chamadas de IFs ou instituições de pagamento, as IPs.

Declarações do presidente do Banco Central

O presidente do BCB, Roberto Campos Neto, confirmou que as bases para o projeto-piloto do Real Digital estão prontas. A confirmação aconteceu numa conferência realizada em Brasília, no Distrito Federal. Nas palavras dele:

“Em termos de próximos passos, no mês que vem, a gente vai ter o piloto funcionando, então no mês que vem a gente já vai ter um piloto da moeda digital, o Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo a fazer isso.”

Neto também declarou que a meta é que a moeda virtual esteja disponível até o final de 2024. Os testes práticos são para garantir a segurança da plataforma para que então ela seja disponibilizada aos usuários.

Vantagens do Real Digital

Além de dar mais detalhes sobre os testes-piloto com o Real Digital, o presidente do Banco Central detalhou os diversos benefícios da nova modalidade da moeda nacional, como:

• Inclusão digital;
• Mais eficiência;
• Custo reduzido de intermediação; e
• Maior facilidade de monetização.

Essa mudança não vai alterar o valor real do papel-moeda, por isso ele poderá ser trocado sem problema algum. Não vai acontecer remuneração para correção automática dos valores.

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Na última terça-feira, 14, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comunicou que o início dos testes do projeto-piloto com o real digital ocorrerá em breve. O anúncio aconteceu na BTG Pactual CEO Conference 2023.

De acordo com o presidente do BC, o real digital é uma das primeiras iniciativas no processo de digitalização do balanço dos bancos nacionais. Dado que serão as primeiras beneficiadas, as instituições financeiras estão participando ativamente na elaboração do projeto.

A próxima etapa de digitalização dos bancos, de acordo com declarações de Campos Neto para o programa Roda Viva, é a união do real digital com o Pix e o Open Finance. Essa etapa está prevista ainda para 2023.

Cronograma de lançamento do real digital

As primeiras considerações para a criação do real digital começaram em agosto de 2020, com a formação de um grupo de estudos pelo Banco Central.

Em maio de 2021, além de desafios propostos para empresas, também foram publicadas as primeiras diretrizes para a moeda. Ainda naquele ano, o grupo de estudos estipulou a previsão do lançamento do real digital para 2023.

No ano passado, 2022, as primeiras “unidades” da moeda foram criadas, e ao que tudo indica, o projeto está no ritmo esperado para que se cumpra o cronograma de lançamento para este ano.

Mas, o que é o real digital?

Quando usamos a palavra “digital”, logo vem à mente a noção das criptomoedas, mas não é disso que se trata o real digital.

Primeiro, é importante entender que as criptomoedas, como o Bitcoin, são uma unidade monetária que é emitida e distribuída de forma descentralizada. Ou seja, as regras de autogestão são criadas pelos usuários sem a intermediação ou interferência de uma instituição, como o Banco Central.

Já no caso da moeda digital, se trata da versão virtual da unidade monetária oficial do Brasil. Elas terão os mesmos valores que as cédulas físicas de dinheiro, mas serão usadas somente em ambiente digital, como aplicativos.

E, diferente das criptomoedas, o real digital será regulado pelo Banco Central, de acordo com as regras que já existem para a política monetária brasileira. O BC também será responsável pela emissão e distribuição da moeda para a população, por meio das instituições financeiras como Nubank, Caixa, Bradesco, entre outras.

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