A tecnologia desempenha um papel fundamental na moldagem da segurança nas estradas, e o smart radar é um exemplo vívido dessa transformação.

Por meio da inteligência artificial e da videovigilância, esse dispositivo não apenas monitora o tráfego, mas também o que ocorre dentro dos veículos.

Como o smart radar funciona?

O objetivo dessa nova tecnologia é claro: detectar e desencorajar infrações que ocorrem até mesmo dentro dos veículos, como uso de celular ao volante, falta de respeito ao uso do cinto de segurança e excesso de passageiros.

Embora a decisão final para a aplicação de multa recaia sobre um operador humano, o software é meticulosamente treinado para identificar comportamentos impróprios dos condutores.

Imagem: Leonidas Santana/Getty Images

O smart radar teve sua eficácia testada em solo britânico, resultando em aproximadamente 300 multas emitidas em um período de 72 horas. No entanto, a jornada para sua implementação em território brasileiro ainda é repleta de desafios.

Os altos custos, a necessidade de adaptação às leis de trânsito locais e as questões de privacidade representam barreiras a serem superadas.

Além disso, o cenário legal brasileiro é exigente no que se refere à privacidade, fato que se constitui como um obstáculo para a adoção do smart radar.

Por sua vez, a opinião pública também é uma variável crucial; alguns veem essa tecnologia como uma aliada para uma segurança viária aprimorada, enquanto outros a consideram intrusiva.

Mais sobre o smart radar

O smart radar é uma das primeiras tecnologias a integrar a computação de borda, o que significa que ele é capaz de processar dados no local, oferecendo monitoramento e gerenciamento de tráfego em tempo real com mais precisão e praticidade.

Com a tecnologia UHD, os sensores do smart radar alcançam um desempenho superior, permitindo a distinção de objetos por velocidade, alcance e ângulo de azimute, bem como a medição de ângulos de elevação. Essa característica possibilita uma monitorização de tráfego mais precisa e detalhada.

Além disso, o smart radar consegue lidar com uma ampla variedade de tarefas, como exibir velocidades em áreas de tráfego restrito, medir a distância em rodovias de múltiplas faixas, contar e classificar veículos, e monitorar o tráfego em tempo real em grandes interseções.

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Com toda certeza, você conhece o efeito Doppler. Mesmo que não saiba a teoria, já presenciou na prática. Isso ocorre com bastante regularidade quando há mudança na frequência de uma onda sonora ou eletromagnética devido ao movimento relativo entre o observador e a fonte emissora.

Agora, grandes cidades estão implantando essa ideia nos radares veiculares encontrados pelas ruas. Isso permite a fiscalização da velocidade antes e depois do local onde o equipamento está, em vez de apenas no local, como nos aparelhos antigos. A seguir, entenda como os novos objetos funcionam!

Qual a diferença dos novos radares?

Quando um veículo se aproxima e depois se afasta, é possível perceber uma mudança na tonalidade do som. Isso é conhecido como efeito Doppler, e sua aplicação se estende além do som, podendo ser aplicada a praticamente tudo.

O uso nos radares permite que pegue alguns condutores, aqueles que gostam de frear em cima do radar para não serem pegos nas multas. Dessa forma, não será mais possível frear quando estiver prestes a passar pelo radar e depois acelerar novamente, o que é uma prática bem comum.

Esses dispositivos já existem no Brasil, em cidades como Curitiba e São Paulo, e acredita-se que essa tecnologia se expanda e outras localidades adotem os sensores.

Apesar disso, em Curitiba, a fiscalização ainda é realizada em apenas um ponto, da mesma maneira como era feito no passado, mesmo tendo essa nova tecnologia!

Entretanto, parece ser uma nova e interessante forma de medir a velocidade dos veículos que passam pelas ruas. Assim, fica mais fácil identificar quem tem o costume de frear próximo ao radar. Até porque esse tipo de prática, mesmo parecendo inofensiva, pode causar transtornos e acidentes.

Por fim, ainda não há informações de quando essa nova tecnologia pode chegar, mas é bom ficar de olho. Principalmente para evitar multas desnecessárias e perigos no trânsito.

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