Mesmo com o grande aumento de divulgações científicas, as previsões astrológicas, baseadas nas posições planetárias e sua influência em nossa vida, ainda atraem diversos olhares. Isso pode estar relacionado à incessante busca do ser humano por um significado em sua vida e à ação de uma espécie de força maior sobre seus destinos.

Por outro lado, uma área do conhecimento frequentemente confundida com a astrologia é a astronomia, que prevê fenômenos por meio de observações e cálculos comprovados. Por isso, embora haja um forte engajamento, é importante separar os conteúdos tidos como científicos das famosas pseudociências.

Astronomia e astrologia: o motivo de apenas uma ser ciência

Créditos da imagem: Meteorologia en Red/Reprodução

Primeiramente, é importante saber que essas duas áreas de estudo já atuaram juntas, como uma só. Grandes nomes as representaram nos séculos XVII e XVIII, como o próprio Galileu Galilei e até mesmo o físico Johannes Kepler.

Embora fossem praticadas juntas, a astrologia e a astronomia se diferenciam claramente. Os astrólogos buscam compreender os fenômenos ocorrentes na vida humana a partir da influência de astros cósmicos, enquanto os astrônomos decifram enigmas do universo e fazem previsões de eventos espaciais cientificamente comprovados, utilizando parâmetros físicos como medida.

As características científicas de um estudo tornam-se evidentes, especialmente devido à perda de posição da astrologia nos tempos recentes. Apesar disso, ainda é necessário fazer a distinção entre o que é falso e o que não é científico.

Astrologia é mentira ou ciência?

Um ponto importante a ser destacado é que a ciência se configura no teste experimental de afirmações factuais, isto é, baseadas em fatos plausíveis para análise.

A maior confusão está exatamente nesta questão, pois os levantamentos de astrólogos podem, sim, ser considerados factíveis.

Contudo, quando colocadas à prova, as afirmações parecem ser meras suposições. Isso ocorre porque a física já conseguiu revelar que objetos próximos possuem forças de atração gravitacional superiores às sofridas por outros planetas do sistema solar.

Por outro lado, há inconsistências entre os dados relacionados aos signos do zodíaco e as verdadeiras identidades das pessoas. As revelações são generalizadas, justamente para servirem de lição em diversos contextos.

No entanto, mesmo sendo falsas, as afirmações dos astrólogos conseguem configurar uma relação com a ciência, pois é a partir dela que podemos provar os erros dessa área de estudo. Por outro lado, a astronomia continua a evoluir com o avanço de tecnologias como o telescópio James Webb, que capta informações exclusivas do universo.

Portanto, apesar das diferenças e da separação de percepções entre a astrologia e a astronomia, é válido entender que toda a popularidade das previsões astrológicas pode estar relacionada à busca pelo autoconhecimento e ao estímulo da reflexão humana, que tenta se encaixar nos padrões estabelecidos.

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Na época da pandemia da covid-19, inúmeras práticas sem evidência científica foram realizadas e indicadas, como foi o caso da hidroxicloroquina e da ivermectina, até mesmo por profissionais da saúde mal-informados.

Existe uma denominação para esse tipo de tratamento baseado em achismo e em uma ciência “malfeita”, que pode acarretar inúmeros problemas de saúde para quem a pratica. Acompanhe a leitura e descubra o que é pseudociência.

Uma ciência baseada em achismo

A pseudociência é basicamente uma prática “científica” realizada sem nenhuma evidência. Isso vale para a saúde ou qualquer outra área relacionada com a ciência. A partir disso, é possível exemplificar o termo “pseudociência” da seguinte forma: existem a astronomia (observação e estudo dos astros) e a astrologia (estudo dos signos), ou seja, enquanto uma área aborda fatos existentes e comprovados, enquanto a outra é baseada em supostas teorias e “achismo” que alguém lá nos primórdios do planeta repassou para seus sucessores e a ideia chegou até os dias atuais.

Ademais, o que é mais assustador em tudo isso é que a pseudociência existe há muito tempo, e esta foi aprovada pelo Ministério da Saúde em 2006 e atualmente integra o SUS, ainda que não haja nenhum apoio da comunidade científica.

A ciência não aprova essa prática, uma vez que elas apenas tentam parecer com a verdadeira ciência e não possuem nenhuma base para comprovar o que prega. Em um comentário, a doutora em microbiologia e presidente do instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, afirmou que:

“São iniciativas que usam a linguagem da ciência, querem mostrar publicações científicas, jargões científicos, especialistas. Se fantasiam de ciência, querendo usar a credibilidade que a ciência tem como instituição para vender um produto, serviço ou ideologia.”

Mas o que é mais preocupante é que a pseudociência pode fazer mal à saúde das pessoas, isso porque os indivíduos desinformados acabam por utilizar as técnicas como modo de prevenção de doenças e também, no caso dos enfermos, acreditando na cura delas, quando na verdade somente a medicina pode realizar essas “mágicas”.

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