Os idiomas são expressões vivas das culturas que os falam, constantemente moldados pela história e tradições.

Apesar de suas raízes comuns, eles se desenvolveram de maneiras singulares. No entanto, um recente estudo surpreendente liderado pela Universidade de East Anglia aponta para uma universalidade linguística inesperada.

O estudo, que contou com a colaboração de 32 instituições internacionais, investigou mais de mil falantes de 29 diferentes línguas.

O objetivo era entender o uso de pronomes demonstrativos, revelando que palavras como “isto” e “aquilo” são universais. Essa descoberta destaca uma similaridade essencial na forma como os humanos se comunicam.

A pesquisa e seus participantes

A investigação foi uma parceria entre a Universidade de East Anglia e outras instituições renomadas como a Friedrich-Schiller-Universität Jena na Alemanha, a Universidade de Aarhus na Dinamarca e a Universidade de Buffalo nos Estados Unidos.

Com a participação de 45 pesquisadores, o estudo analisou línguas como inglês, espanhol, norueguês, japonês, mandarim, tzeltal e telugu.

Objetivo do estudo

Conforme explicado por Kenny Coventry, o pesquisador principal, a equipe estava interessada em como os falantes usavam os pronomes demonstrativos, considerados as palavras mais antigas em qualquer língua.

A expectativa inicial era que cada idioma tivesse distinções espaciais únicas.

Resultados surpreendentes

Contrariamente às expectativas, ficou evidente que todas as línguas fazem referência a conceitos de “isto” e “aquilo”.

Essa constatação derruba a ideia de que cada idioma possui uma abordagem espacial distinta. A análise estatística revelou um padrão consistente no uso desses pronomes.

Implicações da descoberta

Em suma, essa revelação amplia nossa compreensão sobre a linguagem e sugere que, no fundo, todos compartilhamos uma base comum em nossa comunicação.

Essa universalidade destaca a conexão entre os povos, provando que a linguagem é um elo que transcende diferenças culturais.

Em paralelo, isso pode abrir novas vias para estudos sobre a cognição humana e a evolução das línguas como um todo, o que é empolgante para a comunidade científica.

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