No mundo agitado e urbano em que vivemos, muitas vezes não prestamos a devida atenção aos impactos da poluição sonora em nossas vidas. Enquanto a poluição do ar e a da água são problemas amplamente discutidos, a poluição sonora permanece um problema negligenciado, embora tenha um impacto significativo em nossa saúde e bem-estar.

Desde o ruído constante do trânsito e da indústria até o barulho excessivo em ambientes de trabalho e residenciais, o excesso de ruído tem demonstrado efeitos adversos para a saúde humana. Alguns sons que habitam nosso cotidiano podem passar despercebidos devido a sua frequência, mas os riscos seguem presentes.

Entenda como a poluição sonora afeta a saúde a longo prazo

Imagem: G1/Reprodução

A exposição a longo prazo a altos níveis de ruído pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, doenças do coração e acidentes vasculares cerebrais.

O estresse causado pelo barulho constante pode aumentar a pressão arterial e desencadear respostas fisiológicas prejudiciais ao sistema cardiovascular.

Uma pesquisa realizada por cientistas que estudaram diversos pacientes do Hospital Geral de Massachusetts revelou que os voluntários da pesquisa os quais moravam próximos a áreas que tinham extremos barulhos relacionados a transporte urbano apresentaram maior probabilidade de terem um alto nível de inflamação arterial, ocorrências cardíacas e atividade na amígdala nos próximos cinco anos.

A exposição crônica ao ruído também pode ter efeitos negativos no sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a doenças e infecções. O estresse constante causado pela poluição sonora crônica pode enfraquecer o sistema imunológico, prejudicando sua capacidade de combater eficazmente doenças.

Para essa condição, existe uma complexidade para encontrar uma solução. No entanto, o avanço da tecnologia pode oferecer soluções inovadoras para reduzir o ruído urbano.  

Isso inclui o uso de pavimentos e materiais mais silenciosos, o desenvolvimento de veículos elétricos e silenciosos e a implementação de soluções de design urbano que ajudem a reduzir o ruído.

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Se você é uma pessoa que mora nas proximidades de aeroportos, trilhos ou avenidas movimentadas, então conhece muito bem o incômodo do barulho dessas vias.

Seja para uma pessoa que trabalha em home office ou para alguém que simplesmente quer aproveitar a tranquilidade de seu lar após um dia agitado, os sons estrondosos de aviões e trens são um verdadeiro inferno.

Em razão desse incômodo, diversas pessoas se juntaram, compondo 10 entidades de bairros e a associação Amigos Novo Mundo Associação (Anma). Então, foi levada à Prefeitura de São Paulo uma proposta de taxação para os voos do aeroporto de Congonhas.

O que acontece é que, devido ao fato do aeroporto ser um dos mais movimentados do país, os moradores do entorno possuem um grande problema com a poluição sonora e ambiental causada pelas aeronaves.

Sendo assim, foi apresentada uma proposta que agora está sendo analisada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Ela consiste na criação de uma taxa de R$ 30,00 para todos os passageiros que embarcarem ou desembarcarem no aeroporto, valor esse que seria direcionado para o fundo de mitigação à poluição sonora e ambiental.

O que diz esse projeto?

Conforme já dito, o projeto foi pensado em colaboração com a Anma e outras 10 entidades que representam bairros do entorno. Segundo o texto, a poluição sonora não estaria apenas causando transtornos para residentes, mas também para escolas, hospitais e parques, os quais compõem o raio de “impacto” do som.

No projeto, fica estabelecido que deve haver a cobrança de uma taxa, que será voltada para o Fundo Municipal de Mitigação de Danos Socioambientais de Ruído Aeronáutico.

Esse, por sua vez, será uma conta pública, que apenas poderá ser acessada para fins de redução dos impactos sonoros e ambientais causados pelas aeronaves.

De acordo com a Anma e entidades envolvidas, o número de pousos e decolagens aumentou nos últimos tempos. No entanto, nada foi feito com relação aos impactos causados.

Assim, foram propostos no texto alguns modelos de mitigação sonora que se baseiam em aeroportos da Espanha e Inglaterra.

A Prefeitura de São Paulo respondeu que as “sugestões foram acolhidas e serão avaliadas”, porém sem nenhuma previsão para resultado ou criação do plano.

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