O rápido avanço da Inteligências Artificial (IA) tem impactado a sociedade nas mais diversas áreas do conhecimento, até mesmo na política e na economia. Essa migração de processos, anteriormente realizados por humanos, para a reprodução em máquinas, recentemente encontrou espaço no ramo da arte.

Atualmente, o uso de IAs intensificou-se e gerou inúmeras preocupações. Na sétima arte, por exemplo, a troca de trabalhadores pela tecnologia foi um dos motivos que resultou nas greves de atores e roteiristas de Hollywood.

Mas não é só a indústria cinematográfica que tem sido impactada. O segmento das artes que recria imagens e pinturas também presencia uma revolução. Uma nova inteligência artificial deu luz a um debate caloroso sobre a autenticidade de uma obra que teria sido reconhecida pela máquina como sendo do famoso renascentista Rafael.

IA gera polêmica no mundo da arte

Foto: De Brécy Tondo e Madona Sistina/Universidade de Nottingham/Reprodução

Recentemente, uma galeria de arte localizada na cidade de Bradford, na Inglaterra, exibiu uma pintura conhecida como “De Brécy Tondo”. O autor é desconhecido, mas a obra gera controvérsias por ser muito semelhante à imagem pintada por Rafael Sanzio, a Madona Sistina.

A questão é que uma IA que usa métodos de reconhecimento facial foi utilizada pela Universidade de Nottingham para verificar a obra. A ferramenta apontou u a semelhança de 97% entre as pinturas de Rafael e a obra.

Muitos especialistas em arte questionaram e rebateram a autenticidade atribuída pelo robô, especialmente devido ao local que exibiu a pintura, a Cartwright Hall Art Gallery, uma galeria pequena se comparada a museus famosos que guardam grandes obras, como o Museu do Louvre de Paris. Mas o criador do modelo explica:

“Os especialistas quase não usam evidências científicas. Os pesquisadores utilizaram marcos de dimensões que o olho humano não consegue captar”, defende Hassan Ugail, professor de Computação.

Que impacto essa comparação pode gerar?

Atribuir uma pintura a um renascentista tão vangloriado implica também atribuir um alto valor à peça. Isso ocorre porque muitos artistas não possuem um catálogo definido de obras, o que pode resultar no surgimento de pinturas desconhecidas.

O impacto econômico pode sugerir um viés de certos especialistas ao atestar ou não a veracidade da assinatura de um artista famoso, dada às nuances e particularidades que cada autor possui.

Assim sendo, os métodos de reconhecimento se tornariam um pouco mais justos, embora ainda sejam questionados por muitos profissionais do ramo.

Mas, afinal, a obra é ou não de Rafael?

A pintura De Brécy Tondo foi adquirida por um colecionador na década de 80 e, desde então, é estudada para certificar a autenticidade. Especialistas, como Richard Polsky, são céticos quanto à possibilidade de a Inteligência Artificial ser capaz de identificar e aprender todos os aspectos de um artista, superando o olhar profundo de um ser humano que passa a vida estudando a arte.

Mesmo assim, a obra continua sem uma confirmação de autoria definida, embora o sistema de identificação já tenha se mostrado promissor em resultados anteriores. Ele foi utilizado, por exemplo, para revelar falsificações famosas feitas pelo criminoso Wolfgang Beltracchi.

Além disso, a atual situação nos leva a questionar se há necessidade de uma intervenção não humana para garantir a ausência de vieses, ou se as máquinas não deveriam ser colocadas em um ramo tão particular do homem.

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Obras históricas percorrem museus em todo o mundo, e aquelas feitas por pintores famosos costumam atrair a atenção das pessoas. Mas um raro incidente no museu em Amsterdã chamou a atenção dos apreciadores de arte. Saiba como um chef de cozinha renomeou a obra de Van Gogh.

Mudança na obra de Van Gogh

As pinturas normalmente retratam um momento real, e para isso podem apresentar elementos usados no dia a dia. O quadro “Repolhos Vermelhos e Cebola”, de Van Gogh, está exposto em um museu de Amsterdã, e um detalhe chamou a atenção de um dos visitantes.

A obra em questão é datada de 1887, mas recebeu o nome atual após a morte do artista, em 1928. Os responsáveis pela nomeação apontaram os elementos da pintura como repolho e cebola.

No entanto, um chef de cozinha renomeou a obra de Van Gogh. Ernst Dewitte visitou o museu e notou um erro no título da obra. Segundo ele, a pintura deveria se chamar “Repolhos Vermelhos e Alho”, porque ao lado do repolho havia alho em vez de cebola.

Além de chef, Dewitte começou a pintar há cerca de quatro anos. Ele teve que apresentar evidências às autoridades competentes para comprovar o erro. Combinando seus dois talentos, ele conseguiu mostrar a diferença entre alho e cebola em outras representações de Van Gogh.

Para corroborar com as descobertas de Ernst, a instituição solicitou o estudo de um biólogo, que confirmou a teoria do rapaz. Após um processo analítico, a instituição mudou o nome da obra em novembro de 2022.

Graças à cuidadosa visita do chef de cozinha ao museu, velhos erros puderam ser corrigidos. Ernst Devitte certamente não esperava mudar o título da obra de um artista tão famoso quanto Van Gogh.

Vincent van Gogh foi um importante pintor holandês e um dos maiores artistas do movimento pós-impressionismo. E ele só teve reconhecimento das obras após a sua morte, em 1890.

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A Astrologia é uma pseudociência que foi criada aproximadamente 3 mil antes de Cristo, no berço das civilizações dos vales dos Rios Eufrates e Tigre. Na época, ela era um pouco diferente daquilo que interpretamos hoje, pois acreditava-se que a posição dos astros regia a vida coletiva dos povos e civilizações.

No entanto, pinturas descobertas recentemente apontam que, por volta de 2.200 anos atrás, os egípcios já faziam uso dos 12 signos do zodíaco. Para saber mais, continue lendo!

Conjunto de pinturas encontradas no Egito 

Nos últimos dias, foram encontrados conjuntos de pinturas em alto relevo nas paredes do Templo de Khnum, na clássica cidade de Esna. De acordo com os arqueólogos do Ministério de Antiguidades do Egito, as inscrições se assemelham a desenhos dos signos nativos do zodíaco.

O pesquisador da Universidade de Tübingen, Daniel von Recklinghausen, afirmou:

“O zodíaco era usado para decorar túmulos particulares e sarcófagos, sendo de grande importância em textos astrológicos, como horóscopos encontrados inscritos em cacos de cerâmica.

No entanto, é raro em decorações de templos: além de Esna, restam apenas duas versões completamente preservadas, ambas em Dendera (um dos templos mais preservados da cidade do Egito)”, acrescentou o pesquisador.

Além das pinturas, também foram encontrados registros de constelações e de animais com formatos diferentes e um tanto excêntricos, tal como um pássaro que possuía a cabeça de um crocodilo. Confira abaixo:

Ao que tudo indica, as inscrições possuem ao menos 2.200 anos, e todas elas passaram por um minucioso processo de restauração, para que fosse possível identificar o que estava registrado.

Crença egípcia dos signos

Os arqueólogos indicam que os signos foram trazidos para a cultura egípcia através dos povos gregos. A princípio, os signos eram uma representação de doze deuses e aquelas pessoas que nasciam no período de um determinado deus, receberiam sua influência direta na sua trajetória e caráter.

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