O clássico cinematográfico de James Cameron, ‘Titanic’, além de marcar uma geração e render cifras milionárias, esteve também no epicentro de uma polêmica envolvendo herdeiros de artistas renomados.

A história fictícia, baseada no naufrágio do RMS Titanic, trouxe à tona questões legais inesperadas.

Entenda a polêmica envolvendo ‘Titanic’ e Picasso

Imagem: GZH/Reprodução

No filme, Cameron retratou de maneira dramática a perda de obras de arte valiosas no naufrágio.

Uma cena chave envolve a obra “Les Demoiselles d’Avignon”, de Pablo Picasso, emprestando uma aura de tragédia à perda fictícia. Contudo, a inclusão dessa obra sem a devida autorização dos herdeiros de Picasso gerou controvérsias legais.

Os responsáveis pelo espólio de Picasso se manifestaram, alegando que a pintura nunca esteve a bordo do Titanic e, consequentemente, não poderia ter sido perdida no naufrágio.

A peça, na verdade, faz parte da coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) há décadas.

O debate legal iniciado pelos herdeiros de Picasso resultou em complicações para Cameron. Mesmo após a recusa do pedido para o uso da obra, o diretor optou por uma cópia da pintura nas gravações.

Esta cópia foi exibida em duas cenas: quando Rose decora sua cabine e durante a representação da perda das obras após o naufrágio.

A Sociedade dos Direitos dos Autores interveio, defendendo a propriedade intelectual dos artistas. O processo resultou em uma multa para Cameron por violação de direitos autorais.

Após o relançamento do filme em 3D, surgiram novas questões sobre a utilização das obras de arte.

Cameron teve de pagar novas taxas de licenciamento para usar a pintura em uma cena específica, optando por substituir a obra de Edgar Degas, já em domínio público, por outra no filme.

A saga jurídica em torno das obras de arte utilizadas no filme serve como um lembrete sobre a necessidade de obter permissões e licenças ao retratar obras protegidas pela lei de direitos autorais em produções cinematográficas.

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Uma pintura original de Pablo Picasso foi queimada por um grupo após transformá-la em NFT. O vídeo dessa ação absurda foi divulgado nas redes sociais.

O quadro Fumeur V, de 1964, foi transformada pelo grupo em um token não-fungível e, em seguida, queimada.

A destruição do quadro é parte do projeto The Burned Picasso. O grupo afirma em sua página que agora a obra viverá para sempre no blockchain.

O NFT (NFT é uma espécie de certificado digital, estabelecido via blockchain, que define originalidade e exclusividade a bens digitais) da obra queimada terá um leilão iniciado no dia 31 de julho via site Unique.One.

O portal Multiverso Notícias condena esse tipo de ação, que deveria até ser considerada crime contra o patrimônio artístico da humanidade.

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