A capacidade humana de distinguir cores é surpreendente, embora limitada. Recentemente, estudos da Universidade da Califórnia, publicados na revista Science, revelaram a criação de uma cor inédita, denominada “olo”.

Esta tonalidade, no entanto, permanece invisível ao olho humano sob condições normais, exigindo manipulações especiais para ser percebida.

Como enxergamos as cores?

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Oftalmologistas enfatizam o papel essencial da luz e da retina na percepção visual. A luz branca, composta por múltiplas cores, incide sobre objetos, que absorvem algumas tonalidades e refletem outras.

As cores refletidas são as que vemos, enquanto as absorvidas permanecem invisíveis.

Diferentes partes do olho, como a retina e os cones, contribuem para esse processo. Quando a luz atinge a retina, ativa células fotorreceptoras que enviam sinais ao cérebro, permitindo a percepção de uma ampla gama de cores.

A importância dos cones

Os cones, essenciais para a visão colorida, reagem a diferentes comprimentos de onda de luz. Eles se dividem em três tipos:

1. Cone S: detecta comprimentos de onda curtos, permitindo a visualização de tons azuis.
2. Cone M: reage a comprimentos médios, destacando tonalidades verdes.
3. Cone L: sensível a comprimentos longos, possibilitando a percepção de vermelhos.

Na ausência de iluminação suficiente, os cones necessitam do suporte dos bastonetes, células altamente sensíveis que garantem a visão em condições de pouca luz e a percepção de movimentos.

Descoberta da cor ‘Olo’

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O olho humano distingue milhões de cores, mas a “olo” permanece fora do alcance visual natural. O experimento responsável por essa descoberta utilizou feixes de laser para alterar a percepção ocular.

Cinco participantes conseguiram visualizar a cor “olo” ao terem células específicas da retina estimuladas de forma seletiva. Essa técnica destaca as complexidades da interação entre luz, olhos e cérebro na percepção das cores.

Nesse mesmo experimento, apenas os cones M foram estimulados, excluindo os cones L e S, o que permitiu a indução da percepção dessa nova cor. Esse método de estímulo seletivo é exclusivo de ambientes controlados e não ocorre naturalmente.

A pesquisa abre portas para novos estudos, especialmente no campo do daltonismo, oferecendo insights sobre como indivíduos com essa condição percebem cores.

Compreender como o cérebro processa essas informações visuais pode conduzir a avanços significativos na área médica e científica.

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A curiosidade sobre como os gatos enxergam sempre intrigou os amantes desses felinos. De qualquer forma, sabe-se que a ideia comum de que eles veem tudo em preto e branco está equivocada. Eles têm sim uma percepção de cores, mas de maneira única.

Conforme a médica-veterinária Dra. Aline Ambrogi, os gatos possuem uma estrutura ocular diferente da humana. Enquanto temos três tipos de cones que captam cores, eles possuem apenas dois. Essa diferença afeta a forma como eles percebem as cores no ambiente.

Os felinos, portanto, enxergam um espectro de cores limitado. Eles reagem às tonalidades de violeta, azul, verde e amarelo, mas de forma menos vibrante.

A fotossensibilidade é outra característica marcante, influenciando a clareza visual sob luz intensa.

Você alguma vez já se perguntou como e o que o seu gato vê quando olha para você? – Imagem: Freepik/reprodução

Comparação entre a visão de cães e humanos

Os gatos possuem semelhanças visuais com os cães, mas diferem significativamente de nós, humanos. Nosso espectro de cores é mais amplo e detalhado. Em contraste, os animais veem de forma semelhante a uma pessoa míope.

Apesar dessas limitações visuais, tanto gatos quanto cães têm sentidos como audição e olfato mais desenvolvidos. Isso compensa a visão menos precisa, permitindo-lhes interagir bem com o ambiente.

Uma vantagem notável na visão dos gatos é a sua capacidade noturna. Com muitos bastonetes nos olhos, eles veem melhor no escuro. Para melhorar a convivência, é recomendado não expor gatos à luz intensa por longos períodos.

Entendendo a visão canina

Os cães, assim como os gatos, não enxergam apenas em preto e branco. Eles têm uma visão colorida, mas com um espectro mais restrito. Isso se assemelha a algumas formas de daltonismo humano.

Dr. Victor Tavares, veterinário e adestrador, ressalta que os cães têm uma excelente visão em ambientes com pouca luz e percebem bem o movimento. Esses fatores, aliados ao seu olfato e audição aguçados, tornam-nos bem adaptados ao seu modo de vida.

Portanto, fica claro que tanto gatos quanto cães possuem um sistema visual adaptado às suas necessidades naturais. Embora enxerguem de maneira diferente de nós, humanos, essas diferenças não impedem seu bem-estar.

Compreender essa visão única nos ajuda a proporcionar um ambiente mais adequado para os nossos companheiros de quatro patas.

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