Samoa, um pequeno arquipélago no Pacífico, atraiu atenção mundial em 2011 ao realizar uma alteração audaciosa em sua linha do tempo.

Uma mudança que não apenas afetou a rotina diária dos samoanos, mas também teve implicações significativas em suas relações comerciais e vínculos culturais com o resto do mundo.

A decisão de pular um dia inteiro no calendário, alterando o curso do tempo para sempre, foi um passo ousado que gerou surpresa e curiosidade em todo o globo.

O cenário era a Linha Internacional de Data, uma fronteira imaginária que percorre o Oceano Pacífico e divide o mundo em dois dias diferentes.

A linha imaginária de DATA – Imagem: Olhar Digital/Reprodução

Até aquele ponto, Samoa encontrava-se a oeste da linha, o que significava que estava 24 horas atrás de seus vizinhos mais próximos, como a Samoa Americana.

Efeitos da alteração no tempo

Essa diferença temporal, embora peculiar, não passou despercebida à liderança samoana, que vislumbrou oportunidades de fortalecer laços comerciais e aprimorar a conectividade global.

A decisão de ajustar a linha do tempo não se limitou a uma simples mudança de fuso horário; Samoa optou por uma medida drástica ao eliminar completamente o dia 30 de dezembro de 2011 de seu calendário.

O ano de 2011 ficará marcado na história samoana como aquele em que o tempo deu um salto ousado.

Em vez de seguir o habitual progresso linear dos dias, a nação insular optou por redefinir seu próprio ritmo, omitindo o dia 30 de dezembro de 2011 e pulando diretamente para a manhã de 31 de dezembro.

Entrando antes no ano novo

Essa decisão extraordinária de Samoa não apenas reescreveu seu calendário, mas a transformou do último país a dar as boas-vindas ao novo ano para o primeiro a testemunhar a virada.

Com a mudança de UTC -11 para UTC +13, Samoa literalmente deu um salto no tempo, passando de uma posição que a mantinha quase um dia atrás da maior parte do mundo para uma posição pioneira, marcando o início do ano antes de muitos outros lugares.

A decisão foi não apenas pragmática, mas também simbólica, refletindo a determinação de Samoa em alinhar-se ao curso do desenvolvimento econômico e tecnológico da região.

Essa alteração temporal teve consequências significativas para os samoanos, que tiveram de ajustar suas vidas diárias e rotinas, enquanto o resto do mundo observava com fascínio essa mudança única na marcha do tempo.

O gesto radical de Samoa não apenas redefiniu seu calendário, mas também desencadeou reflexões sobre como o tempo, em sua essência, é uma construção humana flexível, moldada pelas necessidades e aspirações de uma sociedade em constante evolução.

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O Ponto Nemo, situado no oceano Pacífico, ostenta o título de ponto mais inacessível e remoto da Terra.

Localizado a aproximadamente 2.688 quilômetros de distância de qualquer massa de terra, o ponto exato é coordenado em 48°52.6’S 123°23.6’W.

O ponto mais distante da civilização – Imagem: Google Maps/Reprodução

Além de sua singularidade geográfica, o Ponto Nemo desempenha um papel crucial na gestão de detritos espaciais, tornando-se um local estratégico para o descarte controlado de satélites e estações espaciais obsoletas.

Ponto Nemo e descarte de lixo espacial

A escolha do Ponto Nemo para a disposição de lixo espacial não é aleatória, mas sim resultado de uma série de fatores que o tornam ideal para essa finalidade.

O primeiro motivo crucial é a profundidade do oceano na região do Ponto Nemo. As águas que circundam essa área são extremamente profundas, atingindo até 10.926 metros, o que facilita a absorção e diluição dos resíduos, minimizando os impactos ambientais.

Além disso, o Ponto Nemo é marcado por condições climáticas severas, com ventos constantes e ondas turbulentas, o que dificulta a presença de navios na área.

Isso, por sua vez, reduz as chances de interferência humana e de atividades não autorizadas no processo de descarte de detritos espaciais.

Ninguém passa por ali

A falta de tráfego de aviões e barcos é, de fato, uma característica notável do Ponto Nemo.

As companhias aéreas evitam deliberadamente sobrevoar a área devido à sua distância dos centros populacionais e à necessidade de conservar combustível.

Da mesma forma, as rotas marítimas, como já mencionamos, não incluem o Ponto Nemo, uma vez que não representa um caminho eficiente ou seguro para as embarcações. Além disso, essa inacessibilidade contribui para a preservação da natureza intocada do local.

Além da escassez de presença humana, o Ponto Nemo é notável pela limitada biodiversidade em suas águas. A profundeza extrema e as condições climáticas adversas criam um ambiente desafiador para a vida marinha.

Poucos peixes e organismos aquáticos conseguem subsistir nessas condições extremas, resultando em uma área com vida biológica naturalmente restrita.

Fim da ISS

Com o término de sua vida útil, programada para 2030, a ISS (Estação Espacial Internacional) enfrentará o destino comum de muitos componentes espaciais obsoletos: será direcionada ao Ponto Nemo para seu descarte controlado.

Este movimento estratégico representa não apenas o encerramento de uma era de exploração espacial, mas ressalta a importância do Ponto Nemo como local seguro e remoto para a disposição de equipamentos fora de serviço, minimizando os riscos de colisões no espaço e preservando as zonas habitadas e os ecossistemas marinhos.

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Em um mundo onde a superfície da Terra parece amplamente mapeada e explorada, surpresas geográficas ainda podem emergir das profundezas dos oceanos. Entre esses achados intrigantes está a Zelândia, um continente submerso situado nas águas remotas do Oceano Pacífico.

Embora grande parte de sua vastidão permaneça oculta sob as ondas, avanços na tecnologia nos permitem agora vislumbrar esse continente oculto de uma maneira fascinante: por meio de uma animação em 3D.

Veja como é o continente submerso da Zelândia

Imagem: Kostack Studio/Reprodução

A Zelândia é um continente submerso localizado no sudoeste do Oceano Pacífico. Ele foi oficialmente identificado como um continente em 2017 por geólogos. Embora grande parte de sua massa terrestre esteja submersa, a Zelândia é significativa devido à sua origem geológica e ao seu papel na compreensão da dinâmica das placas tectônicas.

Esse continente submerso é uma parte remanescente do supercontinente Gondwana, que começou a se dividir há cerca de 85 milhões de anos. A Zelândia é composta principalmente de crosta continental e está separada da Austrália e da Antártica.

A maior parte da Zelândia permanece inexplorada devido à sua profundidade e inacessibilidade, mas sua descoberta é crucial para os cientistas que buscam entender a dinâmica das placas tectônicas, a evolução dos continentes e os processos de formação de bacias oceânicas.

Além disso, essa região submersa abriga ecossistemas marinhos únicos e desempenha um papel na circulação oceânica global.

Embora a maior parte da Zelândia permaneça inexplorada devido à sua profundidade e inacessibilidade, os cientistas estão cada vez mais interessados em estudar essa região para entender melhor a geologia da Terra e a história de seu desenvolvimento.

Um vídeo produzido pelo estúdio de animação Kostack revela a topografia da Terra em torno do oitavo continente, a Zelândia.

Ele mostra as partes mais altas do continente submerso, que se assemelham às ilhas da Nova Zelândia, cercadas por plataformas continentais, contrastando com as profundas bacias oceânicas próximas.

Esse modelo 3D se baseia na Carta Batimétrica Geral dos Oceanos (GEBCO). Assista à animação a seguir:

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Quem nunca pensou em se isolar do mundo, nem que seja por alguns dias? Os problemas do dia a dia, as contas para pagar, crianças gritando, o estresse da cidade e muitas outras coisas podem levar você a pensar isso. Nem que seja por apenas cinco minutos.

Mas você sabia que existe um lugar completamente remoto na Terra, ideal para se isolar (caso você tenha coragem)? Se não quiser ir até lá, vamos contar um pouco mais para curiosidade do momento. Está preparado(a) para conhecer um lugar distante, com suas particularidades? Então, continue lendo!

Qual é o lugar mais remoto e isolado da Terra?

Muitas vezes, quando queremos nos isolar, a gente pensa nisso, não é mesmo? Qual é o lugar mais remoto para que você possa passar alguns dias, apenas você e a natureza? E para sanar sua curiosidade, a seguir está a resposta.

Existem dois locais com esse título, que fazem jus a esse isolamento todo. O primeiro fica a 2,7 mil quilômetros da África do Sul; é uma ilha cujo nome é Tristão da Cunha.

O lugar conta com apenas 297 pessoas morando por ali e é tão isolado que os moradores recebem um pedaço de terra para morar e plantar. E é passado de geração para geração, não há como alguém se mudar para lá.

Agora, se você ainda pensa que isso seja badalado demais para você, existe um ponto ainda mais isolado na Terra. Esse já não terá ninguém para atormentá-lo(a) porque só tem água. Chamado de Point Nemo, uma referência a Julio Verne, o local fica no oceano Pacífico.

Ele fica a 2.689 quilômetros do local mais próximo a ser povoado, o que o torna um lugar extremamente remoto. Para se ter uma ideia, as pessoas mais próximas que estariam de você seriam os astronautas da Estação Espacial. Assim, você pode ter uma noção do quão isolado é o lugar.

E aí, você faria uma visita a algum desses lugares? Conta pra gente nos comentários!

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Você já conseguiu encontrar uma moeda no chão enquanto estava caminhando em uma rua qualquer?

Bom, se isso já aconteceu com você, é bem provável que você tenha passado por uma experiência similar ao que ocorreu em uma expedição em uma cordilheira no fundo do Oceano Pacífico, mais especificamente ao norte de algumas ilhas havaianas.

De forma inusitada, foi possível encontrar alguns resquícios de uma estrada pavimentada com alguns tijolos amarelos, mas, segundo os pesquisadores, isso é resultado do momento em que a rocha vulcânica se partiu devido ao aquecimento e resfriamento de erupções no local.

Sendo assim, isso comprova que, embora possa parecer um caminho no mar, ele não é.  Mas isso não desvaloriza a enorme descoberta, pois isso tudo apenas foi encontrado devido a um navio de exploração, chamado Nautilus, no começo do ano de 2022.

A busca realizada pelo navio tentava encontrar maiores informações sobre o cume, intitulado “Liliʻuokalani”, que se localizava dentro do Monumento Nacional Marinho de Papahānaumokuākea (PMNM).

Alguns dos pesquisadores, durante a gravação do local encontrado, ao mesmo tempo em que outro questionava a cor dos tijolos, afirma:

“É o caminho para a Atlântida.”

Todos os pesquisadores que se encontravam naquele momento, juntos, ficaram, consideravelmente, espantados com a descoberta.

O que é PMNM?

Aos que nunca ouviram falar da PMNM, ela é uma das maiores áreas de preservação da marinha ao redor do mundo, ultrapassando o tamanho de diversos parques nacionais, localizados dentro dos Estados Unidos.

Entretanto, acredite você ou não, apenas o fundo do mar foi pouquíssimo explorado, o equivalente, apenas a 3%. Confira o vídeo do momento em que registraram tamanha descoberta:

Muitos esperam que, finalmente, chegue o momento em que pesquisadores consigam expandir esse território aquático. E é exatamente isso que o Ocean Exploration Trust, em parceria com seus pesquisadores, estão fazendo, abaixo de 3.000 metros.

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