Com menos de 3 miligramas, os mosquitos são os animais mais mortais do planeta. Eles são responsáveis por mais de 1 milhão de mortes por ano, transmitindo doenças como dengue, malária e zika.

Em países tropicais como o Brasil, a combinação de temperaturas elevadas e áreas urbanas densas cria um ambiente perfeito para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, um dos principais vetores dessas enfermidades.

O que torna os mosquitos tão perigosos?

Surpreendentemente, o que torna esse pequeno inseto tão perigoso não é sua picada em si, mas a capacidade de transmitir parasitas e vírus que causam doenças graves.

A cada ano, milhões de pessoas contraem essas enfermidades, especialmente em locais com saneamento inadequado e água parada, onde os mosquitos se reproduzem com facilidade.

Vale destacar também que o ciclo de vida rápido dos mosquitos permite que suas populações cresçam de maneira exponencial em pouco tempo.

Em questão de dias, uma pequena quantidade de água parada pode se transformar em um criadouro capaz de gerar centenas de novos mosquitos, cada um potencialmente infectado com parasitas ou vírus.

Isso torna o controle e a prevenção ainda mais desafiadores, especialmente em áreas densamente povoadas.

O impacto do clima na proliferação dos mosquitos

As mudanças climáticas têm um papel importante no aumento da reprodução dos mosquitos.

O aquecimento global, juntamente com períodos de chuvas mais longos, cria condições ideais para a proliferação dessas pragas. Como resultado, regiões afetadas por surtos de dengue e zika têm se expandido.

Entre 1979 e 2022, por exemplo, os dias favoráveis para a atividade dos mosquitos aumentaram em mais de duas semanas em várias partes do mundo.

Esse crescimento no número de dias quentes e úmidos reflete diretamente no aumento dos casos de doenças transmitidas por esses insetos.

O aumento de casos no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento preocupante no número de casos de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, conhecidas como arboviroses.

Em 2024, o país enfrenta o pior surto de dengue já registrado, com mais de 11 milhões de casos. Além disso, o vírus Oropouche, com sintomas semelhantes aos da dengue, também tem se espalhado de forma alarmante.

Esses surtos já causaram mais de 7 mil mortes somente neste ano, o dobro do número registrado em 2023.

Esses dados reforçam a urgência de intensificar medidas de prevenção e controle, com campanhas de conscientização e o desenvolvimento de inovações tecnológicas para combater os mosquitos.

Soluções para combater os mosquitos

Controlar a população de mosquitos é um desafio. Entre as estratégias mais usadas estão o uso de larvicidas e a eliminação de criadouros, como água parada em vasos e pneus.

Além disso, novas tecnologias estão ajudando nessa luta, como os mosquitos geneticamente modificados, que reduzem a capacidade reprodutiva do Aedes aegypti.

Essas medidas, somadas ao esforço coletivo da população para eliminar focos de água parada, são essenciais para conter o avanço das doenças transmitidas por mosquitos.

Combater essa ameaça exige um trabalho conjunto, mas com as ferramentas e atitudes certas, é possível diminuir significativamente o impacto dessas pragas.

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O Brasil ultrapassou a marca de 1,8 milhão de casos de dengue só este ano. Os índices de contaminação já indicam que o país está perto de viver a maior epidemia da doença de todos os tempos.

Uma das soluções para se proteger, além de adotar medidas para evitar a proliferação do mosquito, é usar repelente.

Nesse caso, existem tanto os repelentes aplicados diretamente na pele quanto os que são destinados ao ambiente.

Alguns aspectos, no entanto, precisam ser observados quando se trata de repelente. Especialmente no caso da dengue, os produtos precisam atender a critérios de eficácia e serem utilizados do modo correto.

Brasil se aproxima dos 2 milhões de casos de dengue em 2024 – Foto: Reprodução

O que diz a Anvisa?

Foi pensando nisso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou detalhes sobre quais seriam os repelentes ideais para evitar a picada do mosquito.

O detalhe básico é que produtos que possuem o ingrediente DEET não são permitidos para crianças abaixo de dois anos.

No caso daquelas que têm entre 2 e 12 anos, só é autorizado o uso de DEET, desde que a concentração não ultrapasse os 10%.

Além disso, a quantidade de aplicações deve ser limitada em, no máximo, três vezes ao dia e sem uso prolongado do produto.

Ou seja: é preciso muita atenção dos pais ou responsáveis sobre qual repelente é mais adequado para as crianças.

Outro detalhe importante é que, via de regra, os repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo.

O produto, segundo a Anvisa, só pode ser aplicado nas roupas, quando houver alguma indicação favorável no rótulo.

Repelentes contra a dengue: tipos e funções

Em relação aos tipos disponíveis no mercado hoje, há os inseticidas, geralmente indicados para matar mosquitos adultos, e os repelentes aplicados no ambiente.

Os inseticidas são vendidos em spray e aerossol e possuem substâncias que matam o inseto. Já o outro é vendido como espirais, pastilhas ou líquidos e ajuda a afastar mosquitos do local.

Quando utilizados em forma de pastilhas em aparelhos elétricos ou espirais, a dica da Anvisa é que eles não devem ser aplicados em locais com pouca ventilação, tampouco na presença de pessoas com asma ou alergias respiratórias.

A regra principal, nesse caso, é colocá-los a uma distância mínima de dois metros das pessoas. Eles podem ser empregados em qualquer ambiente da casa, desde que respeitam essas recomendações.

Sem eficácia contra a dengue

A Anvisa alerta ainda que os inseticidas “naturais”, feitos à base de citronela, andiroba, óleo de cravo e outros, não têm eficácia comprovada contra o mosquito-da-dengue.

Isso inclui, por exemplo, velas, odorizantes de ambiente e incensos que dizem possuir propriedades repelentes, mas eles não passaram por análise nem foram aprovados pela agência.

Um exemplo de produto aprovado é o óleo de neem, feito à base de azadiractina. Ele é indicado para uso em inseticidas, mas atenção: os produtos devem ser registrados pela Agência.

Com informações do site Catraca Livre.

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Os mosquitos, esses pequenos seres irritantes que habitam todos os cantos do mundo, apresentam mais do que apenas picadas que causam coceira.

Eles também têm suas preferências, desde a escolha do tipo sanguíneo até o aroma de cada pessoa.

Vamos explorar o intrigante universo desses insetos, entender por que eles são atraídos por alguns mais do que outros e como podemos nos proteger de tais vampiros alados.

Qual o tipo sanguíneo favorito desses insetos?

Você pode até não acreditar, mas mosquitos têm preferências alimentares – Imagem: Prefeitura de Cachoeiro/Reprodução

Esses insetos, membros da família Culicidae, são conhecidos por diversos nomes, como muriçocas, pernilongos ou simplesmente mosquitos.

Um fato curioso sobre eles é que são probóscides, isso significa que possuem um longo canal bucal que utilizam para penetrar tanto a pele quanto as plantas.

No entanto, apenas as fêmeas são as sugadoras de sangue, utilizando-o para nutrir seus ovos com proteínas.

Um estudo realizado em 2004, focando a espécie Aedes albopictus, revelou que esses mosquitos demonstram uma preferência notável por pessoas com sangue tipo O.

Os resultados apontaram que indivíduos desse tipo sanguíneo tinham o dobro de chances de serem picados em comparação aos do tipo A. Curiosamente, para os tipos B e AB, os resultados não apresentaram significância.

Outros estudos indicam que cerca de 85% das pessoas emitem sinais químicos pela pele que os mosquitos conseguem detectar.

Esse sinal não apenas revela o tipo sanguíneo da pessoa, mas também influencia se ela será ou não uma vítima dos insetos sugadores de sangue.

Não é apenas o tipo sanguíneo que atrai os mosquitos

Entretanto, a preferência dos mosquitos vai além do tipo sanguíneo. Diferentes espécies têm gostos distintos.

Por exemplo, o mosquito Anopheles stephensi, vetor principal da malária no Sudeste Asiático, Irã e Índia, mostra uma preferência pelo grupo sanguíneo AB. O inseto é duas vezes mais atraído por esse tipo em relação aos outros.

Mas não se desespere se você for do tipo O (o doador universal). Estudos destacam que não é apenas o tipo sanguíneo que atrai os insetos.

A combinação única de cheiros emitidos pela pele humana, totalizando até 340 odores diferentes, desempenha um papel significativo.

Alguns desses aromas repelem os mosquitos, e cada pessoa possui uma mistura única que pode afastar os pequenos intrusos.

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A convivência com mosquitos pode ser irritante e até mesmo representar riscos à saúde, mas a solução pode estar mais próxima do que se imagina. A presença desses insetos indesejados pode ser minimizada de forma natural e eficaz com a ajuda de plantas.

Dessa forma, fizemos uma seleção de plantas que não apenas embelezam o ambiente doméstico, mas também atuam como repelentes naturais, afastando os mosquitos e promovendo um espaço mais agradável e livre desses insetos incômodos.

5 plantas em casa para manter os mosquitos afastados

1. Manjericão

Geralmente usado na culinária, o manjericão é conhecido por emitir um aroma agradável e característico. Essa fragrância é resultado dos óleos essenciais presentes na planta, como o eugenol, que possui propriedades repelentes de insetos.

Ao cultivar manjericão em casa, não só se tem acesso a uma erva versátil na cozinha, mas também se cria um ambiente menos atrativo para mosquitos.

Imagem: wirestock/Freepik

2. Hortelã

A hortelã, com seu cheiro refrescante e mentolado, é um repelente natural para mosquitos. Seus óleos essenciais, principalmente o mentol, atuam como um dissuasor eficaz contra esses insetos.

Plantar hortelã em jardins ou vasos ao redor da casa não apenas oferece frescor e versatilidade na culinária, mas também auxilia na redução da presença de mosquitos.

Imagem: ArthurHidden/Freepik

3. Citronela

Reconhecida por suas propriedades repelentes de insetos, a citronela é frequentemente utilizada na fabricação de velas e óleos essenciais usados como repelentes.

A planta libera um aroma cítrico proveniente do citronelal, um óleo natural encontrado em suas folhas. Ter vasos de citronela próximos a áreas externas da casa pode ajudar a manter os mosquitos afastados durante atividades ao ar livre.

Imagem:minutoneuquen/Reprodução

4. Lavanda

Além de ser conhecida por suas propriedades relaxantes, a lavanda emite um aroma floral encantador que repele mosquitos. Seus óleos essenciais, como o linalol e o acetato de linalila, são eficazes como repelentes naturais.

Cultivar lavanda em jardins ou vasos não só acrescenta beleza e fragrância aos ambientes, mas também contribui para reduzir a presença desses insetos.

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5. Tomilho

O tomilho é uma erva aromática que contém o composto timol em seus óleos essenciais. Este componente é reconhecido por suas propriedades repelentes de insetos.

Plantar tomilho em áreas externas, como jardins ou varandas, pode ajudar a manter os mosquitos longe, criando assim uma atmosfera mais agradável para atividades ao ar livre.

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O verão, com seu sol radiante e longos dias quentes, é uma estação que a maioria das pessoas espera ansiosamente. É o momento perfeito para desfrutar de atividades ao ar livre, como churrascos, piqueniques e passeios na praia.

No entanto, não podemos negar que o verão também traz consigo um incômodo constante: os mosquitos. Esses insetos vorazes são conhecidos por arruinar nossos momentos de lazer e causar irritação na pele.

Felizmente, existem soluções para manter essas pragas longe. Algumas delas são naturais, amigáveis ao meio ambiente e podem ser facilmente cultivadas ao redor de sua casa.

5 repelentes naturais para ter em casa

Os mosquitos, com seus zumbidos irritantes e picadas que provocam coceira, são uma praga comum durante os meses mais quentes. Além da coceira desagradável, eles podem transmitir doenças sérias.

Para se protegerem e evitarem o desconforto, muitas pessoas recorrem a repelentes de insetos. Esses produtos químicos podem ser eficazes, mas frequentemente vêm acompanhados de preocupações de saúde e ambientais.

Uma alternativa mais saudável e natural é aproveitar as propriedades repelentes de algumas plantas. A natureza nos presenteou com uma variedade de plantas com o poder de afastar mosquitos e outros insetos.

Aqui estão cinco plantas que você pode cultivar ao redor de sua casa para manter os mosquitos à distância.

1. Alecrim

Imagem: João Bidu/ Reprodução

O alecrim é uma erva com um aroma agradável para as pessoas, mas que os mosquitos detestam. Você pode cultivá-lo em vasos ou no jardim e, ao mesmo tempo, desfrutar de suas folhas perfumadas em suas refeições.

2. Hortelã-pimenta

Imagem: Mirojak75 / Getty Images

A hortelã-pimenta é conhecida por seu sabor refrescante e seu cheiro penetrante. Os mosquitos têm aversão a esse aroma, tornando-a uma excelente escolha para manter em áreas ao ar livre.

3. Lavanda

Imagem: No Name13, PixAbay/ Reprodução

As flores de lavanda emitem um perfume doce e calmante para os humanos, mas um aroma repelente para os mosquitos. Além de proteger contra esses insetos, a lavanda pode adicionar beleza e tranquilidade ao seu jardim.

4. Citronela

Imagem: Edital Concursos Brasil/Reprodução

A citronela é amplamente utilizada na fabricação de velas e repelentes de insetos, graças ao seu forte aroma cítrico que mascara o cheiro humano, tornando-o menos atraente para os mosquitos.

5. Calêndula

Imagem: Myriams-Fotos/Pixabay

A calêndula, ou “maravilha”, não apenas adiciona cores vibrantes ao seu jardim, mas também possui propriedades repelentes de insetos. Suas flores atraentes ajudam a manter os mosquitos afastados.

Cultivar essas plantas em seu jardim, varanda ou mesmo dentro de casa não apenas contribuirá para a beleza do ambiente, como também proporcionará uma defesa natural contra mosquitos.

Lembre-se de que essas plantas podem não ser a solução completa em áreas de alta infestação, mas certamente podem ajudar a reduzir a irritação causada por esses insetos durante os meses de verão. Portanto, aproveite ao máximo o que a natureza pode dar e mantenha os mosquitos afastados de maneira ecologicamente segura.

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A chegada de uma espécie prima do mosquito da dengue, o Aedes albopictus, a cidades é motivo de crescente preocupação para a saúde pública em diversas regiões do mundo.

Essa expansão global do mosquito-tigre-asiático, como é popularmente conhecido, tem desencadeado alarmes entre especialistas e autoridades de saúde devido ao seu potencial para transmitir não apenas o vírus da dengue, mas também outras doenças virais graves.

Espécie de mosquito preocupa autoridades brasileiras

Imagem: AFPMB/Domínio Público

O Aedes albopictus, conhecido popularmente como mosquito-tigre-asiático, é um inseto pertencente à família Culicidae. Ele é nativo do sudeste asiático, mas, ao longo das últimas décadas, expandiu sua distribuição para diversas partes do mundo, incluindo a América do Sul.

Essa expansão ocorreu devido a fatores como o comércio internacional e o aumento das viagens globais, permitindo que ovos e larvas desse mosquito fossem transportados para novas áreas.

Trata-se de uma espécie de grande preocupação para a saúde pública devido ao seu papel na transmissão de diversas doenças, em especial o vírus Zika, o vírus da dengue e o vírus chikungunya.

A fêmea do Aedes albopictus é a responsável pela transmissão desses vírus, pois se alimenta de sangue humano para desenvolver seus ovos e, nesse processo, pode transmitir os vírus que adquiriu de uma pessoa infectada para outra.

Durante o 23º Congresso Brasileiro de Infectologia, o coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia, Kleber Luz, discutiu a preocupação com a proliferação do Aedes albopictus e sua relação com o aumento das arboviroses no Brasil.

Por sua vez, o calor promove a reprodução e a disseminação desses mosquitos, contribuindo para o surgimento de doenças como a dengue.

O aquecimento global tem levado essas espécies a regiões onde não eram comuns e intensificado sua presença nas áreas onde já existiam. Há uma crescente preocupação com a dengue, incluindo estimativas de uma epidemia do sorotipo 3 em 2024 devido à presença de dois mosquitos transmissores.

Kleber Luz enfatizou a importância da prevenção da dengue, destacando a necessidade de eliminar criadouros de mosquitos em casa, educar as crianças sobre medidas preventivas e seguir as recomendações médicas em caso de infecção.

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Os mosquitos são pequenos detalhes que podem se tornar uma grande fonte de incômodo para as pessoas. Sua presença constante, especialmente durante as noites quentes de verão, pode perturbar o sono e causar desconforto.

O som irritante do zumbido dos mosquitos enquanto voam ao redor pode ser suficiente para deixar qualquer um à beira da loucura. Além dos incômodos auditivos, os mosquitos também são conhecidos por suas picadas dolorosas e experiências insuportáveis.

Além disso, alguns mosquitos são transmissores de doenças graves, como malária, dengue, zika e febre amarela. Suas picadas podem transmitir essas enfermidades, representando uma ameaça à saúde pública em muitas partes do mundo.

No entanto, recentemente, um estudo mostrou que existe uma razão pela qual os mosquitos são atraídos. Isso mesmo! Ao que parece, eles não picam uma pessoa apenas por hábito, mas existe algo que chama a sua atenção.

É exatamente isso o que vamos descobrir a seguir.

Imagem: Freepik/Reprodução

Afinal, o que atrai os mosquitos?

Os mosquitos são criaturas notoriamente atraídas pela pele humana e, segundo uma pesquisa feita pela Universidade John Hopkins, essa atração está intimamente ligada a uma série de substâncias presentes em nossa pele.

Uma das principais razões pelas quais esses insetos nos perseguem com tanto afinco é a presença de secreções oleosas. Essas secreções, conhecidas popularmente como “sebo”, têm um papel importante na proteção da pele contra micróbios e na manutenção de sua saúde.

O sebo é uma substância rica em lipídios que serve como uma barreira natural contra a desidratação da pele e ajuda a evitar a proliferação de microrganismos nocivos. No entanto, para os mosquitos, esse sebo é um verdadeiro banquete.

Eles são atraídos pela combinação de substâncias químicas encontradas nele, como ácidos graxos e compostos voláteis que emitem odores específicos e sinalizam aos mosquitos a presença de uma fonte de alimento.

Portanto, quando os mosquitos são atraídos pela pele humana, estão, na verdade, buscando essas substâncias que indicam uma rica fonte de nutrientes.

Essa é uma das razões pelas quais algumas pessoas são mais atraentes para os mosquitos do que outras, ou seja, devido à variação nas características individuais da pele e na composição do sebo presente na pele de cada indivíduo.

Há pessoas que atraem menos mosquitos?

Sim. Pessoas com altos níveis de carboxílicos e eucaliptol em sua composição corporal podem ser menos atrativas para os mosquitos devido a algumas propriedades químicas desses compostos.

Primeiramente, temos o grupo carboxílico, que é um conjunto de compostos orgânicos e possui um cheiro ácido ou avinagrado. Como os mosquitos são sensíveis a odores, esse cheiro ácido não é atraente para eles.

O mesmo acontece com altos níveis de eucaliptol, um composto presente em várias plantas. Ele possui um aroma fresco e mentolado, sendo frequentemente utilizado em produtos como loções e repelentes de insetos.

No entanto, é importante ressaltar que a atração ou repulsão de mosquitos por substâncias químicas corporais pode variar de pessoa para pessoa devido a uma série de fatores, incluindo genética, dieta, níveis de atividade física e até mesmo o ambiente em que uma pessoa se encontra.

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A diversidade da vida animal é abundante em nosso planeta, desde as profundezas dos oceanos até as copas das árvores mais altas. A natureza abriga uma incrível variedade de criaturas, cada uma delas habilmente adaptada ao seu ambiente específico.

A extraordinária diversidade biológica é um testemunho da maravilha da evolução. Desde os imponentes elefantes africanos até os delicados ecossistemas de colibris nas Américas, os animais ocupam uma ampla gama de nichos ecológicos, desempenhando papéis vitais nos ecossistemas.

Além de sua importância ecológica, eles também têm um lugar especial na cultura humana, sendo fonte de inspiração para histórias, mitos, arte e até mesmo estudos científicos.

Contudo, embora muitos sejam admirados por sua beleza e comportamento interessante, também existem aqueles que despertam temor devido à sua capacidade de representar perigo.

Dentre os candidatos frequentemente mencionados, encontram-se predadores como leões, tubarões e crocodilos, além de insetos venenosos, como aranhas, escorpiões e cobras.

No entanto, a revelação do animal verdadeiramente mais perigoso para os seres humanos pode ser surpreendente.

Este é o animal mais perigoso do mundo para os humanos

Apesar de sua aparência frágil e inofensiva, os mosquitos são portadores de doenças mortais, como malária, dengue e febre amarela. Anualmente, milhões de pessoas são infectadas por essas doenças, resultando em mortes, condições debilitantes e efeitos ​​trágicos na saúde.

Essa peculiaridade biológica torna os mosquitos responsáveis ​​por uma parcela significativa da carga global de doenças.

Foto: FreePik/Jcomp/Reprodução

Dengue no Brasil

A crise de saúde no Brasil relacionada aos mosquitos tem sido uma preocupação persistente ao longo dos anos. Um exemplo é a dengue, uma doença transmitida pelo Aedes aegypti, que se manifesta com sintomas como febre elevada e dores no corpo, e pode apresentar sintomas mais graves em casos severos, como a dengue hemorrágica.

O Brasil, sendo um país com clima tropical e subtropical, oferece um ambiente propício para a proliferação desse mosquito, que não apenas transmite a dengue, mas também o zika vírus, a chikungunya e, mais recentemente, o vírus da febre amarela.

Portanto, quando consideramos o animal mais perigoso do mundo, é essencial ampliar nossa perspectiva além das criaturas comumente associadas à força física.

O combate a essas doenças envolve esforços conjuntos de saúde pública, educação e pesquisa científica, destacando a importância de uma abordagem holística para proteger tanto os seres humanos quanto a diversidade biológica do planeta.

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Ao passear pela praia, é comum sentir um calafrio ao pensar nos tubarões ocultos nas ondas. O mesmo acontece ao explorar um deserto, onde o medo de cobras venenosas e escorpiões é inevitável.

Entretanto, por mais ameaçadores que esses animais possam parecer, eles não ocupam o topo da lista quando se trata de perigo. Surpreendentemente, um agente patogênico reina supremo: o mosquito.

Apesar de considerarmos os mosquitos apenas como um incômodo, devido aos seus zumbidos e picadas irritantes, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos os designaram como os animais mais letais do planeta.

Entenda o perigo envolvendo mosquitos

Foto: Pixabay/ Hans

Os mosquitos representam um perigo que vai além das picadas, pois são portadores de doenças mortais. O risco se origina de sua função como vetores de inúmeras doenças letais.

De acordo com dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700.000 mortes ocorreram devido a doenças transmitidas por mosquitos.

A malária é, possivelmente, a doença mais conhecida e letal dentre as transmitidas por mosquitos, causando mais de 400.000 óbitos anualmente.

Essa enfermidade prevalece principalmente em regiões tropicais e subtropicais, colocando milhões de vidas em risco a cada ano. Além da malária, outras doenças graves, como a dengue, a febre amarela e o vírus do Nilo, também são preocupantes.

O modo como as doenças são propagadas pelos mosquitos é engenhoso e altamente eficaz. Quando uma fêmea de mosquito se alimenta de sangue humano ou animal, ela injeta saliva contendo enzimas anticoagulantes, permitindo que o sangue flua mais livremente.

No entanto, se o mosquito estiver infectado com um patógeno, como o parasita da malária ou o vírus da dengue, esses microrganismos também são transmitidos ao hospedeiro durante a picada. Isso inicia um ciclo infeccioso que pode resultar em sintomas graves e, em casos extremos, até em morte.

A luta contra os mosquitos e as doenças que eles disseminam é uma batalha contínua de escala global. Estratégias preventivas, como o uso de repelentes, mosquiteiros tratados com inseticidas e controle de vetores, são essenciais para minimizar o impacto mortal desses insetos.

Em um mundo onde os perigos frequentemente vêm de fontes pequenas e aparentemente inofensivas, os mosquitos destacam-se como um exemplo vívido de que o tamanho não define a ameaça. Enquanto tubarões e outros predadores imponentes podem evocar medo e respeito, é o zumbido modesto do mosquito que deveria nos alertar mais.

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Um dos seres mais irritantes para os seres humanos com certeza são os mosquitos. Também conhecidos por diversos outros nomes devido ao seu gênero, como muriçocas e pernilongos, esses pequenos insetos voadores costumam incomodar bastante por suas picadas sugadoras de sangue que nos deixam com coceiras por horas ou até dias.

Principalmente no verão, conseguimos notar a infeliz presença desses pequenos animais, e algumas pessoas são especialmente atrativas para esses hematófagos (animais com dieta à base de sangue).

Nesse contexto, os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Filipe Dantas-Torres e Reginaldo Peçanha Brazil explicam o motivo para essa diferença de atratividade.

Então, se você vive tendo que matar esses animais na sua pele enquanto as pessoas ao seu redor estão tranquilas e expostas, saiba que existem motivos para isso.

Por que algumas pessoas parecem ser ‘ímãs’ de mosquitos?

Os principais motivos de atração são os odores que exalamos devido aos nossos processos biológicos. No entanto, esses fatores podem ser um pouco diferentes de acordo com cada organismo e são influenciados por determinadas características. Listamos algumas delas a seguir.

1. Suor

Durante o processo de transpiração, o ser humano expele alguns aromas provenientes de compostos químicos que temos no corpo. A amônia, o ácido úrico e o lático são alguns dos fatores de atração para esses bichinhos.

2. Temperatura e CO2

O CO2 ou dióxido de carbono é um produto resultante da nossa respiração e é muito atrativo aos animais sugadores de sangue. Porém, não há evidências que comprovem que uma pessoa possa expelir mais CO2 que outra, por isso, esse fator não é exclusivo.

Além disso, pernilongos são animais de sangue frio, logo, são atraídos pelo calor, por isso ficam mais ativos no verão. Então, pessoas mais “quentes” atraem mais mosquitos que pessoas com temperatura corporal mais baixa.

3. Gestantes

Devido aos fatores referidos acima, as gestantes são grandes alvos de mosquitos. Pois possuem uma temperatura um pouco mais elevada e produzem um pouco mais de CO2.

4. Já está no DNA

Alguns pesquisadores concordam que a atratividade para mosquitos pode ser um fator hereditário, mas, até o momento, não se sabe qual seria o cromossomo responsável pela transmissão dessa informação.

5. Bactérias

A quantidade de bactérias presentes na pele pode também ser um fator relevante para atrair esses insetos. Além disso, a diversidade nas espécies de microrganismos também entra na conta.

6. Genética

Um estudo feito com pares de gêmeos univitelinos e bivitelinos, ou seja, com gene idêntico e diferente, respectivamente, provou que a genética é responsável pela capacidade “magnética” de chamar pernilongos.

Eles notaram que os mosquitos se dividiram igualmente entre os univitelinos enquanto focavam mais em um entre os bivitelinos.

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